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Se tens um coração de
ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de
carne, e sangra todo dia.
- José Saramago

|| Biatriz Lacerda ||

A semana passou voando, trabalhei igual corna e o tempo que sobrou fui ver meus pais. Desde que cheguei, essa era a segunda vez que fui visitar eles, já estavam até querendo me deserdar.

Hoje era sexta, e como todas as sextas estávamos saindo. O destino de hoje era o Mahal, uma casa de show.

Olhei no espelho pela milésima vez, me perguntando se estava bom.

– Me empresta aquele seu vestido vermelho?- Valentina falou entrando no meu quarto.

– Pega lá, nem sei de qual você tá falando. Mas deve estar lá.- Dei de ombros enquanto terminava a maquiagem. Valentina já estava maquiada e só faltava se vestir.

– Fecha aqui.- Pediu se virando de costas.– Já posso ir chamando o uber?

– Os meninos não vão de carro?- Perguntei estranhando, eles falaram que iriam hoje.

– Até vão. Mas como estamos atrasadas, eles já estão até lá. - Falou mexendo no celular, provavelmente chamando o uber.

– Eu só quero tirar foto antes.- Falei entregando o celular ela.

Valentina tirou minhas fotos, que foram até rápidas. E tirei algumas dela também. Descendo assim que o uber estava chegando.

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I N S T A G R A M
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Em alguns minutos chegamos na Mahal, que descobri ser da família do Thiago. Como sempre estava lotada.

– Pega aí.- O Rapha entregou uma garrafa de vodka pra Tina assim que chegamos. Que fez um copo para nós duas.

Ouvi a música alta e meu corpo já se mexia até sozinho no ritmo calmo da música. Enquanto cumprimentava os demais.

– Tá onde o resto?- Tina perguntou procurando ao redor.

– Duda e Marina estão conversando com uns amigos mas já vão subir. Thiago, Gabriel e Mateus estão negociando mais um balde.- Rapha respondeu pegando o gelo e whisky na mesa.

– Não trabalho com miséria.- Thiago diz colocando um combo de Old Parr 12 anos na mesa, me fazendo sorrir.

– Tá bem?- Ouvi assim que senti um abraço nas minhas costas. Reconheci o Gabriel pelo cheiro.

– Tô e tu?- Me virei abraçando ele direito.

Logo as meninas me tiraram dali pra dançar, saudade que eu tava de uma festinha.

Ficamos nessa de sempre mesmo. Dançando, bebendo e zoando até umas 2 horas, que foi quando decidimos ir embora.

– Bora cair todo mundo lá em casa, é aqui do lado!- Rapha falou e todos aceitaram, já que estava tarde e não tinha nenhuma pessoa sã para dirigir até em casa.

Como o esperado, não demoramos para chegar já que era a menos de 6 minutos da casa do Rapha. Agradeci a Deus por ter roupas lá, já que antes de ir pra São Paulo sempre dormíamos na casa de algum dos três.

– Vou dormir no meu quarto com a Duda, tem colchão em todos nos quartos de hóspedes e tem as camas lá. Se decidam aí. - Rapha falou já subindo as escadas com a Duda.

Só olhei pra Valentina que só concordou com a cabeça, me confirmando o que eu já sabia. O Rapha já se apegou.

– Vai subir com a Marina?- Perguntei pro Mateus que já estava com ela de novo. Desde o dia que ficaram não pararam mais. E isso me assusta, bastante.

Ele só concordou com a cabeça e puxou ela pela mão.

– Olha a palhaçada- Gabriel apontou choramingando.– Minha irmã cara.

Acabou que foi como o esperado mesmo, os casais lá em cima e nós quatro aqui embaixo. Conversando sobre coisas aleatórias até o sono bater. Valentina e Thiago já haviam subido para os quartos, e eu e o Gabriel ainda conversávamos.

– Se tiver com sono pode subir, só vou pegar coberta lá em cima.- Falou me fazendo ficar confusa.– Perdi no ímpar ou par, vou ter que dormir aqui embaixo.

– Olha, eu estou com 0 sono agora, mas se quiser dormir eu subo pra lá.- Falei me levantando.

– Vamos ver um filme então? Eu busco as coisas e a gente fica aqui.- Falou se levantando.

– Tá escrito na tua cara que tá cansado, pode ir dormir que eu fico em paz com minha insônia. - Falo me levantando também.

– Que porra de mulher complicada, já não disse que fico acordado com você?- Reviro os olhos.– Vou buscar as coisas, tô nem aí.

Me joga no sofá e sobe as escadas correndo, por ele estar descalço não faz barulho. O menino insistente viu?

Subi pra fazer minhas higienes e roubar um blusão do Rapha. Deus que me livre dormir com aquele vestido apertado. Desço encontrando o Gabriel já jogado no sofá procurando algo na tv.

– Não sei o que assistir, escolhe aí!- Me entregou o controle quando me joguei do outro lado do sofá.

Ficamos ali decidindo um filme, até colocarmos Doutor Estranho e nos ajeitarmos. Gabriel não parava de falar um minuto do filme, me fazendo rir a cada frase solta que ele jogava sobre o filme.

– Olha essa Wanda aí mano, mulher tá com capeta no corpo. Não tem condição ser outra coisa.- Falou apontando.

Até onde lembro do filme foi assim, ele discutindo cada cena enquanto eu ria. Mas logo o cansaço tomou posse, e acabou que nós dois dormimos ali mesmo.

Continua...

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