são 6:20 AM quando o estridente som do despertador de Frisk toca. ela rapidamente o desliga para não acordar Asriel e Chara. a menor olha para Chara, a vendo dormir pacificamente. "se ao menos ELA fosse pacífica.." pensou Frisk.
ela se levanta da cama, pondo suas pantufas e dirigindo-se ao banheiro. ao olhar o espelho, ela se lembra da figura que havia visto. a mesma balança a cabeça, tentando afastar essas memórias e pensamentos, começando a fazer sua higiene matinal.
logo após, ela segue rumo as escadas, lembrando-se de que Toriel havia dito para ela, Asriel e Chara sobre estudar em uma escola. ela não tinha muito interesse em voltar para a escola, já que estava bem estudando em casa, mas queria dar tempo livre também para Toriel, já que cuidar dos três muito provavelmente dava uma certa dificuldade para a mais velha.enquanto Frisk aproximava-se da escada, ela podia ouvir vozes que ela já conhecia, e a fumaça de um cigarro ela conseguia ver por através de uma das janelas.
Toriel: o que é isso de tão importante que você e Sans queriam falar, Papyrus?
Papyrus: B-BOM, TORIEL... EU ESTAVA COM METTATON NO LABORATÓRIO DA DOUTORA ALPHYS JUNTO DE SANS, E ELES ACABARAM POR DESCOBRIR UMA CERTA... HMM... AMEAÇA. NOVA.
Papyrus dizia com uma expressão preocupada em sua face. o rosto de Toriel se tomou por preocupação e confusão.
Toriel: uma nova ameaça?... e eu achando que estaríamos em paz agora...
ela franze o cenho, ainda preocupada. ela termina de preparar o chá que estava fazendo, quando vê Frisk na escadaria.
Toriel: oh, olá, minha criança. acordou cedo hoje.
Papyrus: BOM DIA, HUMANA! COMO VÃO AS COISAS?
Frisk nada responde. ela apenas olha para o lado de fora da casa, vendo Sans com um cigarro aceso. quando o esqueleto percebe o olhar de Frisk, ele rapidamente apaga o cigarro em um cinzeiro e adentra a casa de Toriel.
Sans: e aí, pivete. acho que você ouviu a conversa que acabou de acontecer, né? não teria outra explic-ossão para essa sua expressão.
Toriel solta uma pequena risada, enquanto Papyrus faz uma expressão emburrada. Frisk apenas solta um largo suspiro, sentando-se a mesa.
Frisk: ... achei que isso tudo já tinha acabado. que conseguiríamos ficar em paz, sem ninguém para nos atrapalhar... mas é justamente quando as coisas ficam melhores que tudo começa a dar errado.
o silêncio tomou conta da cozinha. Sans se aproxima de Frisk para um abraço para confortar a mesma.
Sans: ei, pivete, não fica assim. a vida não é, nunca foi e nunca vai ser justa. mas, sentar aqui e reclamar dos problemas não vai fazer com que eles desapareçam. então... bora tentar fazer algo?
Sans sorri gentilmente para a humana, que sorri de volta. mas seu sorriso logo é tomado por medo quando ela vê a figura atrás de Sans, se parecendo idêntica a ele. de repente, tudo fica escuro por um momento, e então a casa de Toriel "aparece" novamente. mas coberta por... poeira. e não é a nova casa da família Dreemurr, é a Nova Casa do subsolo. coberta por poeira no chão e um pouco nas paredes.
as mãos de Frisk tremem e sua respiração passa a ficar descontrolada. em suas mãos há apenas poeira. poeira e uma faca de cozinha. seu moletom azul de listras rosas estava sujo também dessa mesma coisa. ela escuta risadas de uma garota e de um garoto vindas da escada. ela olha para onde veio as risadas, vendo Chara e Asriel quando ainda crianças. eles corriam pela casa, estavam vindo do jardim. brincando de "humano e monstro", Asriel corria atrás de Chara com um pequeno graveto em sua mão.
Frisk não deu muita atenção a isso, e voltou a olhar para a casa, que agora parecia normal. sem poeiras no chão e nas paredes, seu moletom também estava limpo, e a faca havia sumido. a sua frente, ela sentia olhares sobre ela. relutantemente, ela olha para sua frente, vendo Chara a encarando.
CHARA: o que foi? ah, você não se lembra, não é?
Frisk parecia confusa com a pergunta de Chara, mas logo memórias apareceram no fundo de sua mente.
os Froggits, Whimsums, Vegetoids, a poeira dos monstros que caíam em seu moletom...
a expressão de Frisk muda para desespero.CHARA: você se culpa?
Frisk: o... o quê?
CHARA: quantas vezes você resetou, Frisk? duzentas vezes? sabe, foi legal ver você os ajudando de novo e de novo no começo... mas, ainda era triste.
...
CHARA: você os fez passar pela mesma coisa tantas vezes. e para quê? a mesma história se repetia. a guerra aconteceu de novo, de novo, de novo, de novo e de novo. eu já morri tantas vezes, Frisk. Asriel já morreu tantas vezes. você os fez esquecer de tudo. você tirou a esperança dos monstros. trouxe eles para o limbo. você os destruiu. e, neste exato momento, continua os destruindo.
Frisk: isso... isso não é verdade! eu não destruí eles, eu... e-eu salvei... eles.
CHARA: ... nem você mesma acredita nisso. eu devo te lembrar que você os matou? diversas e diversas vezes?
os olhos de Frisk se arregalam. a casa coberta novamente pela poeira, assim como suas roupas. a faca em sua mão carregando a dor, tristeza e sofrimento dos monstros que morreram por ela. ela via seu reflexo na faca, mas era estranho. este reflexo possuía olhos vermelhos e um sorriso macabro, idêntico ao rosto de outra figura que ela havia visto.
Frisk: e-eu... eu não...
CHARA: você gostou de matá-los, Frisk? gostou de fazê-los sofrer de novo e de novo?
Frisk: n-não, eu...
CHARA: DIGA A VERDADE, FRISK. você repetiu isso de novo, de novo e de novo.
... heh, você só se esqueceu de uma coisa. e essa coisa agora te persegue, não persegue?antes que Frisk pudesse perguntar, a figura encapuzada aparece ao lado de Chara. olhando com mais atenção para ela, pode-se notar que é Sans. com um olhar de um maníaco, provavelmente traumatizado e fardo de ver o próprio irmão sendo morto inúmeras vezes.
Sans: .... você é uma desgraça para este mundo.
a alma de Frisk aparece em sua frente, quase que imediatamente ficando azul. ela sabia o que estava por vir, conhecia muito bem a cor deste coração, e o que o mesmo podia fazer. mas, sua alma voltou a cor vermelha, pois Chara impediu que Sans fizesse qualquer coisa.
CHARA: não pegue ela primeiro...
Sans: o que diabos você tá fazendo?! ELA MATOU O MEU IRMÃO.
CHARA: se quer realmente machucá-la... mate quem é mais importante para ela.
Frisk acorda no sofá, sendo abanada por Papyrus, enquanto Toriel traz algum remédio para a mesma. Sans está conversando com Alphys, e Chara e Asriel estão ambos ao lado de Frisk, preocupados.
a preocupação se intensifica quando ambos percebem que o rosto de Frisk está pálido e há lágrimas escorrendo de seus olhos, e os mesmos agora estão abertos, mostrando sua cor ambar, quase amarelos. ela olha apavorada para Chara e Asriel, e logo se vira para Sans, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.
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Amor Sem Resets
Fanfictiona barreira foi quebrada, os monstros foram libertos. o príncipe do subsolo retorna em sua normal forma. Frisk conta para Alphys sobre Chara, que se comove com a história e decide ajudar Chara a se tornar corpórea. o que os espera agora... é a superf...