27- Obsessão.

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Lucia está em sua mesa, os alunos estão conversando; não é algo novo, pegou seu caderno. Suas noites haviam sido horríveis, hoje não foi diferente, o que deixava ela satisfeita é que verá Amity hoje.

Sonhou que estava com fúria e gritando contra uma criança, até mesmo deu um soco forte no rosto da criança, o quê deixou Lucia pensativa é que a criança que ela estava com raiva e bateu era ela, era Lucia aos 10 anos de idade.

O caderno que estava na sua mesa logo começou a ser preenchida por escrituras da castanha, quando pensava na pequena atualmente vinha sentimentos de paixão, amor, obsessão.

Não pretende ter algo leve, fofo, amoroso, quer ter algo violento, Lucia adora a violência, está em seu sangue, correndo por suas vias a vontade de matar e torturar outras pessoas.

Principalmente garotinhas bonitas, ela sempre mostra quem ela é quando quer, mostrou para Amity diversas vezes o quão má pode ser, mesmo assim a pequena ficou.

Talvez encontrou alguém tão louco como ela.

O pensamento é excitante, uma garota linda como Amity, ingênuo, inofensivo, delicado e apenas para ela.

Suas mãos se movimentaram no papel, fazendo uma frase, colocando todo seu desejo em uma linha.

"Eu quero usá-la e destruí-la, quero fazê-la lembrar de mim para sempre, e eu quero me destruir junto."

Riu pelo quão doente isso soou, mas a deixava dura, não tinha culpa se foi criada por um homem obsessivo, não é atoa que ela é sozinha nós dias de hoje.

Todavia, no fracasso ainda há uma luz, e a sua é Amity Blight.

Lucia já esteve no fracasso uma vez, aos seus dezenove anos quando foi rejeitada por sua mãe, quando a escutou sair da própria boca da mulher que a criou como se arrependia de tê-la.

Desde então, sua relação com sua mãe se tornou fria, eram completamente distantes na sua vida adulta, a dominicana não buscava contato, e sua raiva intensa por sua irmã mais nova apenas cresceu nesse meio tempo.

Quando fez vinte e sete anos, desapareceu seu carinho por sua irmã, era o aniversário dela e Luz recebeu toda a atenção da sua mãe, a adulta odiou a forma que se sentiu carente de amor naquele dia, nesses anos se tornou fria, ate conhecer Amity.

Ela se lembrou da sua promessa quando conseguiu alugar seu apartamento, o local era vazio e fazia eco o lugar, se aproveitou da sua vitória e disse em voz alta: Se eu voltar a fracassar, com as minhas próprias mãos irei me tirar deste mundo.

Não via razão para estar viva se fracassar, se voltar a ser uma adolescente começando sua vida, se falhar como ela mesma, e principalmente; deixar de fazer as coisas que era negado.

Sempre foi desta forma, seus desejos e vontades eram tirados a força pelos socos do seu pai. Quando ele morreu, Lucia chorou de felicidade, apesar de amá-lo.

Iria ter paz, teoricamente, mas nunca realmente conheceu a paz, seu peito sempre ardia em raiva e angústia, sua mente a matava todos os dias.

Nunca teve ninguém em sua vida para lhe ensinar a amar alguém, sua forma de amar era idêntica a forma de amor do seu pai, Camila após a morte do marido se afundou, estava gravida e sozinha.

Lucia tinha 15 anos de idade quando Luz veio ao mundo, não gostava da criança, sempre chorona e irritante, principalmente odiava a forma que sua mãe cuidou dela, afinal, ela sabia que quando era um bebê sua mãe nunca a carregou no colo de verdade.

Ate seus dezenove anos, nunca conseguiu culpar Camila por tudo, dizia que era culpa do desgraçado do Manny, fingiu por anos que não tinha raiva da sua própria mãe.

Agora, tinha Amity, a garota nunca teve ninguém como ela, a castanha sabia, eram semelhantes, sozinhos, quando soube da relação familiar da pequena seu peito se encheu de euforia.

Lucia sempre teve Hunter, um homem sereno que cresceu junta, considerava o homem como um irmão, ate ele dessaparecer da sua vida, por culpa de Amity.

Friamente enxergou aquilo como uma troca, ter a pequena por perto era perigoso, há colocava em perigo, mas ela não se importava, honestamente Lucia sente falta de correr perigo.

O sentimento sempre a deixava nostálgica, sobre o ambiente que cresceu, sua casa antiga, memórias dolorosas do seu passado, trouxe a tona toda a sua raiva que fingiu não ter na sua vida adulta.

Está farta de fingir que não é aquilo, que era uma mulher boa, mostrar para sua mãe e familia que era uma pessoa com estabilidade financeira e vencendo na vida como deveria ser.

Ela quer isso, mas ela sentia falta de correr perigo, Amity deixava em perigo todo seu esforço nesses últimos anos.

Pensar na pequena, lembrou-se da última vez que se viram em seu apartamento, a sensação de fazer pequenos cortes na bunda pálida e ver a garota completamente indefesa, parecia que estava dopada.

A castanha havia percebido, queria fingir que apenas não sabia, não é burra ao ponto de não saber distinguir quando uma pessoa estava sana ou não.

Suas calças apertaram em torno do seu pau, percebeu sua ereção pensando em Amity, era a terceira vez na semana, a pequena deixava louca.

Em seus pensamentos apenas havia Amity, o cheiro que sentia era o perfume da pequena, morango e doce, a deixava incrivelmente atraente o cheiro.

Seu pecado, seu erro, seu passado, seu presente, Amity era tudo isso para Lucia.

Logo o sinal bateu, sentiu-se aliviada, sentiu saudades de ter a pequena na escola, a castanha bateu na mesa, se não fosse pela maldita mãe da sua princesa não teria que lidar com a ereção sozinha.

Se imaginou chegando no ouvido da pequena, dizendo: vamos para o banheiro, cariño? Tenho uma coisinha pra você. E Amity iria olhá-la com vergonha e constrangimento, diria que não ia conseguir mas logo Lucia iria retrucar, dizendo: Você não escolhe aqui, e a levaria.

Sentiu seu membro latejando, queria ver seu pequeno morango hoje, sua delicada Amity Blight.

Assim, foi ao banheiro, deixando-se permitir ter um pouco de prazer e tirando uma foto ousada para a pequena, era a primeira vez que fazia algo assim, estava ansiosa para saber qual seria a reação de Amity.

Não trancou sua cabine, foi algo em meio a desespero e submersa ao seus pensamentos sujos, acabou entrando duas adolescentes no banheiro.






escrever a mente de Lucia é algo tão esquisito, faz meu coração bater forte.

-bel

Teacher's PetOnde histórias criam vida. Descubra agora