19- Sem Esperança.

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Capítulo 19.

A viagem de carro foi silenciosa, chegando em casa Emira esfregou a mão em seu cabelo, dizendo a Amity que ela precisa dar uma repaginava no visual.

Ela aceitou, agora se olhava no espelho, em seu quarto sozinha - foi divertido seu tempo com seus irmãos, pintando o cabelo e fazendo um pouco de bagunça, após o cenário horrível que se viu, tinha medo de outros adultos perguntarem sobre seu corpo roxo em alguns lugares.

Moveu suas mãos em seus fios de cabelo roxo, se sentindo bonita depois de tanta luta, sorriu se olhando no espelho animada enquanto balançava seu cabelo lilás claro, estava lindo; Emira havia tido uma grande ideia em pintar de outra cor.

Preciso mostrar para Lucia! pensou.

Moveu seus pés pela casa animada, queria mostrar para a mulher que ela gosta o quão linda está em seu novo visual, particularmente teve um pequeno medo da adulta não gostar, mas não queria que seus pensamentos negativos tocassem em seu coração agora.

Ela quer mostrar também para seus amigos, ela precisava pegar seu telefone para tirar uma foto, antes que Odalia chegasse em casa, andou devagar até o quarto da adulta, seu pai estaria no escritório então, não ha nada com o que se preocupar.

Entrou devagar no ambiente, vendo o quão vazio estava, começou a abrir as gavetas de sua mãe, tinha medo de bagunçar suas roupas ou objetos e ser descoberta, na última gaveta no móvel morrom no canto direito do quarto está seu telefone, quando encontrou quase pulou de alegria.

Pensou que deveria mandar mensagem, seria tão doloroso dar uma despedida breve por mensagem, e seus amigos iriam atrás dela, conheciam o suficiente, ela decidiu não pensar nisso agora e focar em Lucia.

Ela não so mandou mensagem, a pequena ligou, estava com saudades da voz grave mas com um tom adocicado da mulher.

Se perguntou quando que começou a sentir saudades de alguém que a fez se sentiu tão mal.

Chamou por alguns segundos, finalmente foi atendida e timidamente comprimentou Lucia, a mulher parecia irritada, disse; você não me mandou mensagem por dias e nem se quer veio na escola hoje, está fugindo de mim?

Lucia continuou com uma ameaça.

— Me desculpa, foi apenas minha mãe. A garota cortou, ouvindo a mulher ficar em silêncio.

O celular erradiava a voz da adulta: Idiota, apague nossas conversas entendeu? Você vai me gerar mais problemas! respondeu fria.

— O-ok! Mas eu queria te contar uma coisa. Sorriu e deslizou a ponta do seu indicador por seu cabelo, envergonhada.

A dominicana não estava com tanta paciência e pediu para Amity lhe contar logo o que aconteceu, foi pega de surpresa quando escutou a menor dizer: Meu cabelo esta lilás agora.

A Blight sugeriu mandar uma foto para a morena, mas recebida com uma resposta com um tom de insatisfação: Amity não quero ver seu cabelo, mas eu quero sim fotos suas, estou ja um tempo sem te ver, pelo jeito não vou ver tão cedo, você sabe que eu preciso ver seu corpinho lindo, não sabe?

Ela congelou enquanto ouviu Lucia dizer com um tom sujo no final, carregado de malicia com uma risada frouxa, seu rosto ficou vermelho de imediato.

— Eu queria que você visse meu cabelo novo.

A resposta a machucou: Eu não ligo para seu cabelo sua estupida, não pode simplesmente me agradar depois de sumir?

— Eu não quero fazer isso! E-eu não gosto de tirar fotos assim.

— Por que? Ja tirou fotos assim pra alguém, zorra?

— Claro que não!

— Então eu serei a primeira.

O silêncio ficou presente na ligação, até Lucia falar novamente.

— Não vai ser mau, princesa, vamos começar devagar, ok? —  Ela iniciou não gostando, odiava quando as coisas eram lentas e devagar demais.

— Depois disso eu prometo que vou te tirar dessa casa de novo e te levar em uma sorveteira para comer comigo.

— Você promete? perguntou insegura.

—  Eu prometo, pequena. Afirmou com certeza na voz.

(...)

Seu quarto esta gelado, não está tão confortável o ambiente. Todavia queria se destrair, era complicado manter a cabeça fria - sente que tem muita coisa para processar, mas, quando tentou; lágrimas caíram por sua bochecha, incrédula se insultou internamente.

Tonta, tonta, tonta!

Apertou a unha no seu couro cabeludo, mais uma das suas crises, suas emoções aparentemente estão descontroladas desde o abuso, sua lógica burra e deprimente trouxe Amity para onde ela está agora.

Sentiu o gosto amargo, a sensação de "você fez, você paga", e sentia que fez realmente algo errado, aceita tudo que vem da Lucia, todos os desejos sujos e deturpados - porém, a raiva que sentia agora, não era direcionada para a adulta; era pra ela mesma.

Esta pagando na carne não ter colocado limites, se deixar levar, pagou com a própria língua coisas que deixou de fazer, deveria ter gritado, mas, por quê não fez? Sentia medo, isso é um fato, foi torturante a sensação do mármore gelado, foi horripilante ouvir a voz da adulta.

Ainda se perguntava, mesmo que havia chegado a uma conclusão que; melhor esta na dor com alguém do que sozinha. Ainda se perguntou como seria passar por está dor totalmente sozinha, não quer contar para ninguém, seria tão constrangedor dizer que alguém estava a tocando e ela nem fez nada para parar!

Limpou suas lágrimas, estava deitada na cama mas acabou de levantar, com o acontecimento nem teve vontade e nem estava alegre o suficiente para mandar mensagem para seus amigos, esta sozinha no quarto agora, se sentiu vazia.

Riu, apenas achou engraçado a forma que quando estava com Lucia nem tinha tempo para pensar no vazio que é seu quarto, e com seus amigos, ela sentiu esses sentimentos - o vazio.

Sempre que esta com a adulta, não tinha tempo para sentir o quão doloroso era o vazio, sempre está ocupada chorando ou sentindo dor e ate mesmo sensações esquisitas e fortes na sua parte de baixo.

Agora, vai mudar de escola; se viu totalmente sozinha agora.

Não deixou de sentir insegurança pelo que seus amigos iriam pensar, seria ruim a reação? Claro que seria, puta nojenta, quem vai te amar de verdade sua vagabunda, não sabe fazer nada neste puto mundo cheio de pessoas nojentas que so te prejudicaram, as unicas pessoas que te fizeram bem obviamente não te amavam, vadia.

-bel

Teacher's PetOnde histórias criam vida. Descubra agora