33- Lucia Noceda.

179 10 26
                                    

33

Sua visão estava turva, algo a impedia de olhar para os lados, olhando em linha reta se viu, mas aparentava ter 12 anos de idade.

Olhou confusa, indo em direção a criança que está sentada com cara feia, olhou para a sua mão e tinha uma faca, que por trás pegou a criança, estava em fúria e com raiva de si mesma pequena, mesmo que no sonho ela não seja mais ela mesma.

Então deslizou a faca pelo pescoço, vendo o sangue sair e o corpo sem vida cair no chão, jogou a faca no chão e observou como suas mãos estavam sujas pelo liquido metálico, como tudo ficou escuro, mesmo que já tenha matado quem estava lhe causando raiva (a criança) o sentimento não desaparece, apenas veio arrependimento e pena, junto com a raiva, raiva de si mesma.

Sua vida se tornou um fracasso completo, ontem a noite se perguntou brevemente o porquê tratou Amity daquela forma, no fundo Lucia queria que Amity revide.

E ela revidou, todos os golpes e chutes eram apenas para se soltar, não para machucar Lucia, o que deixou a adulta com raiva, saber que Amity nunca sentiu raiva dela para machucá-la. Não entendeu o motivo, apenas pensou que seria bom morrer nas mãos da Amity.

Chegou a essa conclusão quando estava sob efeito de entorpecentes, é claro. Não pensava bem mas mostrou um lado do seu interior, seus desejos ocultos que ela nem mesmo aceita quando está consciente.

A pequena era perfeita para tirá-la deste mundo, foi a única que fez mal suficiente para ter motivações e razões para traçar a ponta da faca ao redor do seu pescoço marrom.

A imaginação tentadora de Amity fazendo-o começou a tomar seu subconsciente enquanto brincava com ela.

Apenas era um desejo e fantasia profunda, Lucia consciente, se proíbe de cair nisso, todavía ela sempre se descontrola.

Acorda sentindo a máscara de venturi em seu rosto, o branco do quarto chamou sua atenção e o aparelho de batimentos cardíacos.

Há uma lembrança distante em sua cabeça de estar usando cocaína, olhou para a sua mão e viu o cabo do soro, ainda reparando em sua mão notou os cortes que havia feito costurados.

— Acordou? — Um homem alto de cabelos loiros perguntou para a mulher após ver sua cabeça mover-se de um lado para o outro.

— ¿Qué pasó? No recuerdo. — murmurou em meio a máscara, sentindo o ar leve.

O homem se virou para ela, reconheceu imediatamente que era Hunter, se assustou e se questionou o motivo dele estar com ela agora, pensava que havia perdido para sempre.

— Parece que você perdeu o controle de quantas drogas ingere, e ligaram — suspirou —, pensei que te perderia Lucia.

Olhou com dor para a castanha deitada na cama, ligaram para o contato familiar enquanto a adulta estava desmaiada e tinha vômito por sua roupa, o contato do Hunter está com "irmão".

— Por onde você esteve caralho? — Questionou, não tinha deixado de sentir na pele a falta do adulto de 28 anos.

— Isso não importa — desviou o olhar de Lucia, ele não estava abrindo possibilidades de conversa —, passei a noite com você, Camila vai chegar para te ajudar também.

— Claro que isso importa — aumentou o tom, mas sua voz estava abafada pelo aparelho de oxigênio e seu corpo doía. — Da última vez que me viu você me bateu!

— Não vamos falar sobre, ok? — cortou imediatamente. — Camila já está vindo, não quero que me liguem de novo se tiver mais uma overdose.

Lucia não respondeu, olhou com desprezo e fez uma pose desdenha para o loiro, se recordou do seu sonho.

Teacher's PetOnde histórias criam vida. Descubra agora