Quando tudo se torna real (BuiaReis)

Tempo

Três dias depois

*Reis*

Hoje é o dia de partirmos para a mansão Valu e retomar as gravações, teremos muito trabalho pela frente, levantei, fiz minha higiene pessoal e fui tomar meu café de pijama mesmo já que estamos só minha mãe e eu em casa, quando cheguei na cozinha para minha surpresa Buiar estava lá, sentada no balcão da cozinha enquanto minha mãe preparava o café.

- Bom dia – ela fala quando me vê

- Bom dia, não estava esperando por você aqui hoje – vou até onde minha mãe está dando um beijo em sua cabeça e lhe desejando um bom dia também

- Bom dia filha

- Vim te pegar para irmos juntas

- Não precisa fazer isso, eu vou de Uber– vejo que ainda vai demorar um tempo para o café ficar pronto – Enquanto o café fica pronto é melhor eu ir me arrumar, licença – vou saindo

- Priscila, oque que está acontecendo? – Buiar pergunta e sinceramente não entendo o porquê de sua pergunta

- Como assim? – questiono

- Você está me afastando – afirma

- Eu.. – minha mãe faz um barulho no fogão, não quero conversar na frente dela– podemos conversar no meu quarto?

- Claro – ela vai indo na frente, conhece bem o caminho

- Priscila, eu não estou tentando afastar você – solto assim que adentramos o quarto

- Certo, só está me evitando nos últimos três dias, você só está fazendo isso – fala indignada

- Eu te disse que preciso de um tempo pra pensar

- Sobre o quê? – ela não entende que não dá simplesmente pra apagar todo o sofrimento que me causou com uma transa

- No dia que veio aqui em casa você só disse as coisas certas, mas na manhã seguinte eu senti que talvez só estivesse me dizendo o que eu queria ouvir e por isso te pedi um tempo

- Não, que isso? eu não estava, eu estava sendo sincera. Escuta uma coisa terminar com você foi um grande erro. Tudo bem que me preocupa a ideia de ter um bebê, mas o que eu sinto por você supera todo o resto

- Olha, digamos que a gente volte tá. Eu me preocupo muito que lá na frente quando estiver exausta tentando dar conta de tudo você vai acabar ficando ressentida

- Isso não vai acontecer

- Como é que você sabe disso?

- Eu sei porque eu me conheço

- Você acha que se conhece agora, mas quando um bebê chegar em nossas vidas você vai mudar, pergunta pra qualquer um que já teve um filho

- Eu não ligo para o que os outros vão dizer. Eu estou te falando como eu me sinto. Não foi o que você me pediu? Como é que eu vou provar qualquer coisa pra você se você não me der outra chance?

- Eu não sei. Tem razão

- Pois é. Vamos começar devagar, deixa eu te levar pra mansão?

- Não precisa fazer isso

- Mas vai ser melhor a gente chegar juntas, vão ser menos perguntas

- Tá bem, deixa só eu me arrumar, eu preciso só de um segundo.

*Buiar*

Voltei para a cozinha, dando privacidade para Reis se arrumar e agora estou a mais de uma hora aqui com a dona Fernanda e nada da Reis aparecer, já tomamos café, conversamos sobre como foi o casamento da minha sogra, tudo que enfrentaram para manter o casamento até o final, comecei olhar as horas no celular de cinco em cinco minutos, por conta da demora estou ficando ansiosa

- Porque você não vai lá ver o que está acontecendo? – ela fala percebendo o meu desconforto

- A senhora acha que devo? – fico receosa

- Claro, faz hora que ela não sai, daqui a pouco nem vai tomar café

Me levanto e vou em direção ao seu quarto, a porta está fechada então resolvi bater, ela abre

- Oi, não precisa bater

- Eu sinto que eu preciso sim

- Só está faltando um detalhe, tá?– ela fala enfrente ao espelho

- Tá, fica a vontade

- Você mandou umas roupas suas junto com as minhas na caixa, então eu lavei tá?

- Não precisava fazer isso, deve ter vindo por engano

- Não tem problema, eu deixei elas em um saco naquela cadeira ali perto da porta

- Tá bom, obrigada

- Tô pronta – ela vira pra mim e eu a encaro sem conseguir dizer nada

- Que foi? – pergunta assustada

- Você está estonteante

- Ahh

- Desculpa – peço vendo sua fisionomia sem graça

- Imagina. Obrigada, tá tudo bem. Você está legal também

- Só recebo um “legal”

- Não tem nada de errado com legal – ela sorri

- Eu tenho uma boa personalidade – brinquei e seu riso aumenta, o que me faz sorrir também

- Você tem mesmo uma boa personalidade

- Obrigada

- Tá legal, que tal assim? Você está impressionante senhorita Buiar– ela fala ajeitando a gola da minha camisa

- Muito obrigada, é muita gentileza sua – nos olhamos por alguns segundos

- Eu tô pronta pra ir quando quiser – ela sai do contato visual

- Aham, é... acho melhor levar um casaco

- Sim, eu vou pegar

Pegamos as malas dela e colocamos no carro

- Tô indo mãe – ela avisa a mãe dando um abraço

- Tá bom minha filha, se cuida, fiz um lanche pra você, sabia que não tomaria café, vê se come no caminho. - minha sogra entrega o lanche em suas mãos

- Pode deixar mãe eu vou comer – se desfazem do abraço

- Tchau sog.. dona Fernanda – dou um abraço nela

- Tchau, minha norinha – ela fala o norinha no meu ouvido e eu sorrio – juízo e cuida da minha filha

- Pode deixar

Entramos no carro e partimos para mais uma temporada de BBB Valu e pelo que li no roteiro teremos muitos momentos quentes, espero que eles me ajudem se reaproximar da minha  quase namorada

Estamos indo para a mansão e no caminho a Reis me pediu para parar no posto que estava à frente, parei e ela foi ao banheiro, aproveitei para abastecer

- Você está bem? – pergunto quando ela volta toda pálida e se senta no carona

- Tô, eu estou só um pouco enjoada

- Quer beber uma água? Eu pego uma ali pra você

- Quero, quero sim, obrigada

- Tá, eu já volto– vou na lojinha de conveniência do posto e compro uma água pra ela

-Pri – chamo mas ela parece estar distante – a água – estendo a mão entregando pra ela

- Ah! Tá, obrigada – ela pega e começa a beber

- Olha só a qualquer momento se você piorar é só falar que eu te levo em um hospital – ela concorda com a cabeça e me agradece, seguimos por um bom tempo em silêncio, ela foi perdida em seus pensamentos, alcancei o lanche que sua mãe tinha feito e entreguei pra ela

- Toma, come um pouco, você não comeu nada ainda – falei quebrando o silêncio

- Realmente não comi nada, obrigada. O cheiro tá bom

- Também foi dona Fernanda que fez

- É.. – ela come em silêncio e eu volto a falar com ela quando vejo que já estávamos chegando

- Pri, eu preciso me abrir com você sobre uma coisa

- Olha só Buiar, se é sobre a gente, eu acho.. – interrompi

- Sempre é sobre a gente, pelo menos pra mim é – dou uma pausa pra pegar fôlego e continuo – desde o dia que eu te reencontrei, quase todas as decisões que eu tomei teve haver com você. É sério. Até quando eu terminei com você, aquilo era uma forma de tentar não atrapalhar seus sonhos

- É, e eu aceitei o nosso término porque eu não quero que você seja infeliz

- Claro. Nós duas queremos que a outra seja feliz e isso... isso é amor – falo estacionando o carro, pois, enfim, tínhamos chegado na mansão

- Nossa Buiar, eu não quero falar sobre isso – ela tenta sair e eu impeço

- Pri, você tem que me escutar, hoje enquanto você estava se arrumando, sua mãe me contou tudo que ela e seu pai passaram e como o amor deles prevaleceu, me fez entender que isso é o que torna a vida bonita. E é isso que eu quero com você e eu quero que você saiba que eu não vou desistir da gente nunca, jamais e eu sei no fundo do meu coração que você não foi escolhida para essa série por acaso, você.. - sou interrompida por Lucas

- Meninas vocês chegaram, vem já está todo mundo lá dentro

- Oi, já estamos indo – falo pra ele – Pri? - tento continuar a conversa

- Buiar, estão esperando a gente – ela me olha e sai do carro, não consigo imaginar como será daqui pra frente, mas eu não vou desistir dela, ainda que precise reconquistar ela do zero novamente

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Oiê, acho que Buiar já percebeu que sexo não é tudo e agora vai ter que provar para Reis que realmente está disposta a tudo.

Bjos, até a próxima 😉