Cuidado

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*Reis*

A noite chegou e fomos gravar  na faculdade, hoje teria uma pequena participação de Juliana e outra de Júlia, Juliana apesar de parecer mais tímida que Júlia, é bem mais comunicativa. O tempo todo percebi ela observando tudo que acontecia em cena, me parece uma menina muito esforçada. Estamos entrando na mansão quando resolvi puxar assunto pra ela se enturmar mais com a gente

- Você viu a maneira que a Valentina olhou para a Luiza? – perguntei referente a cena que estávamos gravando, quando a Dani personagem de Juliana chega no estacionamento chamando a Luiza de amor

- Ela estava completamente enciumada – Juliana respondeu

- É, você é boa, soube ler bem a cena

- Estava na cara, mas obrigada pelo elogio – ela me olha toda empolgada – hoje foi demais, não acha?– olhei de volta e não disse nada, nunca vi tanta empolgação essa hora da noite

- Oque que foi? – perguntou sem entender meu olhar

- Você é sempre tão otimista assim? – perguntei

- É genética. Minha mãe planeja eventos e meu pai é a pessoa mais positiva que você pode conhecer, mistura os dois e vai ter isso – aponta para ela própria

- Entendi, faz todo o sentido

- E você é pessimista ou otimista? - ela pergunta dessa vez

- Eu diria meio a meio. Sou uma controladora esperançosa, tem muita discussão rolando aqui dentro – aponto para minha cabeça

- Gostei.Tenta isso. No final de cada dia de filmagens eu costumo perguntar para quem contracenei qual foi o ponto alto do seu dia

- Do dia ou só do período de filmagens?

- O dia todo, qual foi o ponto alto do seu dia? – reforça

- Bom, foi hoje pela manhã quando recebi uma notícia que me fez perder o fôlego  – falei lembrando da notícia de que estou grávida de gêmeos – e qual foi o seu? – devolvi a pergunta

- Quando você disse que eu era atraente, na hora do almoço

- Nossa! Você é... Eu não disse isso – falei tirando a má interpretação de sua cabeça

- Você disse que eu era de boa aparência, mas sabemos o que quer dizer – dá um sorriso sarcástico

- Você está delirando e precisa ir dormir

- Pode ser – ela se retira indo de encontro ao pessoal na sala

Buiar estava na varanda falando ao telefone, fui até a cozinha e peguei uma cerveja pra ela, indo ao seu encontro, tenho achado ela bastante estressada

- Oi, trouxe pra você – disse estendendo a cerveja em sua direção, assim que ela terminou a ligação

- Oi, obrigada. Como você está? Tudo bem com nossos bebês?

- Estamos bem, preciso te contar uma coisa – falei lembrando da minha ligação com a Pam

- Pode falar amor

- Então... Eu contei pra Pam da gravidez

- O que?

- Desculpa, eu estava falando no telefone e ela entrou em pânico, você sabe que ela consegue saber quando estou escondendo alguma coisa, aí eu não queria que ela se preocupasse. Eu não podia fazer isso com ela então sabe eu tive que contar

- Tudo bem – deu um gole em sua cerveja – eu entendo - completou

- Prometo que não vou contar pra mais ninguém até estarmos prontas

Quando tudo se torna real (BuiaReis)Onde histórias criam vida. Descubra agora