- Como assim recuperar minhas memórias ? Isso é realmente possível? - questionei a Jhon, totalmente incrédulo
Ele se sentou calmamente em sua cama, como se recuperar memórias de garotos carentes fosse algo comum em seu cotidiano
- Precisamos acessar o seu subconsciente - explicou ele - existem várias formas de fazê-lo
Olhei para os meus companheiros de quarto, esperando algum tipo de confirmação não verbal da parte deles, mas todos fizeram a mesma feição que indicava "Jhon é doido lek"
- Hipnose, ayahuasca, cogumelo, rapé... - ele falava sozinho nesse momento - qual forma eu uso nele ??
Não passava muita confiança ele estar falando sozinho
- Usar em mim? Bom dia ?
Por fim ele me olhou com extrema empolgação
- Está decido, vai ser o rapé
- O que cacete é rapé ? - questionei totalmente perdido
Já tinha ouvido falar em algo assim, pessoas pulavam de alturas extremas, com apenas uma corda amarrada no tornozelo, isso era o rapel, ou bung jump, sei lá
- Olha Jhon... - Lívia largou o Nintendo - Eu entendo e respeito essas suas brisas, mas você pode recomendar isso para um aluno da casa da vida ?
- Eu não hahaha - Jhon sorriu maléficamente - Por sorte, Erick não é um aluno da casa da vida
- Me lasquei
Jhon se levantou e foi buscar seus equipamentos de hipinose, abriu um armário que se encontrava em um canto escondido do quarto (eu não havia notado que existia um armário ali)
Ele tirou algo que parecia uma mistura de um bumerangue, chifre de boi e bambu; logo em seguida puxou um recipiente cheio de pó marrom e começou a caminhar até mim
- Isso aí tem haver com as magias da casa da vida e coisa e tal? - perguntei com uma pontada de medo
- Na verdade não, é um antigo costume indígena - respondeu ele em plenitude
Jhon até tentava disfarçar, mas era nítido o sua felicidade por poder me drogar, acredito que ele estava esperando para fazer aquilo com alguém a muito tempo. Ele se sentou no chão diante mim e me ordenou que saísse do puf e me acomodasse no chão junto a ele.
- Ham... A gente vai comer esse pózinho de prilimpimpim? - perguntei em total ignorância
- Comer rapé?? Se tá de brincadeira lek ? - me questionou incrédulo com minha pergunta anterior
- Ok, calma ai Jhon, o garoto até dois dias atrás nem sabia da casa da vida, como ele iria saber sobre rapé? - Nathan se intrometeu antes que o ele me jogasse pela janela
- Humm - ele me olhou com feição de julgamento - Tudo bem, vou deixar passar dessa vez...
Enquanto ele preparava o pózinho, ia me explicando para qual finalidade eu teria que fazer aquilo
- O rapé é soprado no nariz, a gente consagra o rapé para se concentrar em si, e tentar se reconhecer melhor, conhecer e entender o que se passa no subconsciente - ele parecia extremamente feliz com conversar com alguém sobre aquilo, provavelmente todas pessoas que viam aquilo corriam achando que Jhon era algum tipo de viciado - E dessa forma, acessando o seu subconsciente, vamos trazer sua memória e poderes de volta
- Entendi... - não havia entendido nada mas se aquilo iria me deixar mais forte para salvar a Calina e os outros, eu iria fazer.
Por fim Jhon terminou de preparar seu cachimbo da paz e me fitou com um olhar extremamente malicioso
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O Diário de um filho do Mar
FantasiOlá pessoal do fandom de Percy Jackson SP. Trago nessa fic uma história que supostamente irá se passar no mesmo universo de PJO, mas usando as pessoas da vida real como personagens. Tenho a intenção de mostrar nessa diversos acampamentos como o Acam...