Diário de um legado de Vulcano 4: O dia em que quis matar minha esposa

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Agora vem-se a conversa que minha esposa e eu tivemos sobre o dia em que nos conhecemos, já adianto que temos versões bem diferentes da mesma história

De acordo com minha mulher, aconteceu da seguinte forma.

Pov: Marina

Em um dia qualquer em nova Roma, mais expecificamente a 27 anos atrás, em 1997. Uma bela garota estava em seu quarto em uma casa comum em nova Roma, discutindo com sua irmã

- Mas eu não quero - eu reclamava fortemente

- Você precisa ir, é a sua formatura

- Isso tudo é um grande saco - me joguei na cama - Pessoas que eu não gosto, vestindo roupas que não gosto, e tocando músicas que eu definitivamente não gosto

Sempre usei um look Rock in roll, algo bem punk, porém, quando era uma jovem adulta, acredite em mim, era pior

- Ai eu desisto garota, ao menos vá comprar o pão - ela cedeu

Desci irritada, mas obedeci minha irmã

Quando por fim cheguei na padaria, já estava dando absolutamente tudo errado

- Como é possível em uma padaria não ter pão ??? - reclamava com o atendente de uma padaria de bairro em nova Roma que nem se quer existe mais, se não me engano o nome era "Pão do bom", o pão era realmente muito bom, porém, nesse momento estava quase saindo na porrada com o próprio bom (o dono)

- E me diga o que você acha que iria estar em falta em uma padaria, moça ? Maçãs??

- Aaaaaa - gritei frustrada

Aquele dia claramente não estava sendo o melhor para mim

Até que repentinamente quando se menos espera que vá acontecer algo de bom

- Opa, bom dia

Um jovem rapaz entrou no recinto. Ele era alto, e musculoso, usava roupas totalmente pretas iguais as minhas, entretanto, três coisas nele chamaram minha atenção, seu estiloso coturno preto, a estampa em sua camisa dos Thundercats e por fim, seu moicano verde musgo. Mas teve algo nele que me encantou mais do que qualquer coisa. Ele entrou no local lendo um livro

- Vim pegar meus pães, por favor - disse ele olhando fixamente nos olhos do atendente, em seguida baixou sua cabeça novamente para o livro

- Aqui estão - o atendente estendeu a mão e lhe entregou uma sacola cheia de pães - Obrigado pela preferência

- Ei, espere um pouco - segurei a camisa do rapaz - Você havia acabado de me dizer que não haviam mais pães, como ele que chegou depois conseguiu ? - questionei indignada

- Ele ligou e reservou antes de vir pegar, simples
Antigamente não tinha isso de mandar mensagem ou pedir coisas em aplicativo, a 20 anos atrás, se você quisesse algo tinha que fazer uma ligação, por isso muitas pessoas optavam por ter um telefone fixo

- Ma-ma-mas, AAAAAAA - gritei frustrada novamente

Ele se soltou e saiu da loja

Voltei para casa extremamente indignada
- Só o que faltava, uma padaria sem pães - Abri a porta - Cheguei

- Oi Mari, seu amigo entregou os pães - venha tomar café

- Meu amigo? - questionei sem entender - Entregou o que ?

Quando cheguei a cozinha, lá estava minha irmã com a mesa posta

- Pães ??? TINHA PÃO EM CASA??? - gritei com ela

- Não ué, o seu amigo do moicano deixou aqui agora pouco e saiu

Fiquei sem entender nada por alguns segundos, até que finalmente entendi o que havia acontecido

O Diário de um filho do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora