Bônus- Petra e Valentim

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Passado

Quatro anos atrás

Como toda manhã eu me arrumo rápido, prendo meu cabelo castanho em um rabo de cavalo, coloco meu salto e saiu do quarto toda desengonçada e atrasada. Dou bom dia a Luna que está assistindo TV e mexendo no celular, droga o meu celular.

—Você viu meu celular Luna? — Ela desvia a atenção do TV e olha pra mim, sua mão vai para de baixo da sua bunda e ela pega o meu celular na mão, me mostrando.

—Esse aqui que estava de baixo da minha bunda?

—Esse mesmo, se sabia que estava sensata em cima dele, por que não o tirou? — Ando em sua direção pego meu celular da sua mão, não espero uma resposta já saio, mas não antes de ouvir sua vaga resposta.

—Estava confortável. — Sorrio e bato a porta, desço as escadas correndo não muito rápido, mas o suficiente para não cair com meus saltos. Dou bom dia para o porteiro e ando apressada pelas ruas até o metro, como de costuro o metro está cheio de gente me espremo no meio das pessoas e em menos de 30 minutos estou do lado de fora da parte de trás do restaurante que trabalho. Passo pela cozinha e vou até meu armário guardo minhas coisas, passa um batom nude e vou para meu lugar. O restaurante Vicenzo Chef e uns dos mais badalados de Califórnia, São Francisco. Abro a recepção e não demora muito para lotar o restaurante, para consegui um reserva tem que ligar com dois meses de antecedência. Um casal esbanjador de dinheiro entra, a mulher loira mal olha para minha cara, já seu marido da um boa avaliada em mim de cima a baixo.

—Bem vindo ao Vicenzo Chef.—Falo formalmente.

—Temos uma reserva no nome de Sr. Pascolato.—Verifico o seu sobrenome na minha agenda.

—Claro Sr. e Srta. Pascolato. Acompanhe-me. Mostrarei sua mesa. —Pego dois cardápios e sigo pelo salão passando entre as mesas e mostro uma mesa para duas pessoa. Aceno e volto para meu posto.

Às horas voa como vento, já estou cansada de sorrir, de tratar bem quem me trata mal. Um novo cliente entra e minha boca quase fica aberta babando. Sapatos italianos e terno preto sob medida. Seus cabelos loiros estão arrumado com gel para trás e olhos azuis que me da até arrepios de tão lindo e intenso. Logo atrás dele tem um homem um pouco mais baixo do que o outro de cabelos castanhos e olhos cinza. 

—Bem vindo ao Vicenzo. —Comprimento 

—Não temos reserva mais sei que irão arranjar um mesa para mim e meu amigo.—Ele chega mais perto e fala com aquela voz rouca, maravilhosa.

—Infelizmente não temos vaga.

—Fala pro seu gerente arrumar, peça em nome de Sr. Huberman. — Merda , como não fui reconhece-lo.

—Desculpe Sr. Huberman , já vamos encaminha-lo para sua mesa. Em quanto a mesa fica pronto, fique a vontade em no bar e desfrute da nossa melhor linha de vinhos. — Pego dois cardápios de bebidas e levo os dois ao bar. Saio da li o mais rápido possível, aquele homem trocou meras palavras comigo e eu já estou sem palavras e me querendo perde em seus lindos olhos azuis.

Volto para porta e vejo um cartão encima da minha pequena mesa. Cartão preto com quando letras brancas.

Valentim Huberman.

Valentim? Que nome bonito, suspiro como uma adolescente excitada. Nenhum homem me deixou como estou agora do jeito que aquele homem loiro e olhos claros me deixou. Interessada, eu estava interessada nele. Porra tudo que não preciso é de um homem na minha vida. Jogo seu cartão no lixo e continuo meu trabalho.

Sabe quando seus pés  e cabeça doem? Horrível, enfim o restaurante fecha e é a hora em que vou embora. Graças a Deus, eu odeio trabalhar. Poderia nascer rico como muito por aí, em berço de ouro não de lata. A rua está escura ando por ela e a cada 15 segundos olho para trás. Meus saltos batem no asfalto cada vez mais rápido, quando ouço um barulho e viro bruscamente fazendo com que minha bolsa aberta caia no chão. 

Futuro Incerto  - 1° temporada CONCLUÍDO - 2º Em andamento Onde histórias criam vida. Descubra agora