Capitulo 1 - livro 2

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Faz 7 dias desde que a Petra sumiu, eu estava apavorado. Tínhamos uma equipes trás dela, mas as pistas não levam a lugar nenhum.

Sem falar no meu filho, sentado na beira da escada, olhando para a porta principal. Esperando sua mãe. Quase que sentei ao seu lado e implorei para que ela entrasse por aquela porta.

— Ei, campeão, está na hora do almoço. Por que você não vai com a Barbara para a cozinha? — Barbara era sua nova babá, ele precisava de alguém para cuidar dele. Apesar que finalmente tinha aprendido ir ao banheiro sozinho, depois de tanto ensinar, finalmente.

Desde que Petra foi embora, estava sendo difícil lidar com ele, sentia muita falta de sua mãe.

— Não estou com fome. — agarrado no corrimão, Oliver me olhou com os olhos cheio de lágrimas.

— Nós já conversamos filho, ela vai voltar logo, eu prometo. — me abaixei para ficar na sua altura, afastei seu cabelo loiro dos olhos e sorri para meu menino.

— Mas papai...

— Vá almoçar e depois se troque para ir à escola, mais tarde nós podemos brincar. — beijei o topo da sua cabeça e o deixei com a babá.

Segui para o meu escritório, meu chefe de segurança Ben, estava me esperando.

— Arthur está atrás de você.

— Já saiu do hospital?

— Sim, está em casa, falou para encontrá-lo lá, as 13h. — passo por Ben e me sento numa das poltronas, encho meu copo de uísque e acrescento duas pedras de gelo.

— Não sei, estranho ele me chamar para conversar.

— Acho que antes estava muito debilitado, pelo tiro. Também não queria listar fragilidade para um dos oponentes dele. — tomo um gole do meus uísque e suspiro.

— Puderas, achariam mesmo que eu o atacaria quando o chefe deles estivesse doente? Não sou convarde e outra, ele ainda é meu sogro, mesmo que não tenha assumido a filha e nem o neto. — Ben sentou ao meu lado e encheu o próprio copo com uísque, porém sem as pedras de gelo.

— Ele estava na casa dela por algum motivo, agora os russos têm Petra e afeta tanto nós como eles. — término minha bebida, coloco o copo sobre a mesa de centro e me levanto.

— Eu preciso achar minha mulher, e quando eu o fizer, pode ter certeza que haverá uma guerra.

— Já estou me preparando para isso.

—-

PETRA

estava sentada nesta cadeira há muito tempo, não sabia ao quanto, já que não tinha noção de tempo. Podia ter passado dias, semanas e até meses e eu não saberia.

Aliás, eu não sei de nada, por isso estou aqui há tanto tempo.

Ouvi passos, meus olhos continuaram fechados, eu não tinha muita força, apesar da minha curiosidade.

— Petra? — era uma voz diferente do que eu tinha ouvido nos últimos tempos. Ela era calma e firme. Senti quando ele se abaixou, ficando da minha altura, seus dedos levantaram meu rosto. — Abra os olhos, querida.

Ao abrir meus olhos lentamente, reparei que a luz estava acesa, o que não acontecia muito. Em seguida vi seu rosto, olhos castanhos com algumas manchas verdes. Pisquei varias vezes até conseguir ver tudo sem embaçar.

— Eu não sei de nada.

— Eu acredito em você, mas aquele caras... — ela apontou para dois homens enormes atrás dele. — Não acredita.

— Eu não sei nada dos negócios de Valentim.

— Eu também sei disso.

— Então, por que me deixa aqui? — meus olhos encheram de lágrimas não derramadas, queria permanecer forte, mas não aguentava mais tudo isso.

— Porque você é uma pessoa importante.

— Eu não sou ninguém. — ele da um sorriso, mostrando seus dentes brancos e perfeitos.

— Ah, você é alguém, você é filha de Arthur e mulher de Valentim: — ele me desamarrou, com os pulsos soltos, tentei me apoiar na cadeira para levantar, mas meu corpo estava fraco demais para isso. — Logo você vai voltar para casa, eu prometo.

— Por favor... — desta vez não controlei as lágrimas, deixei o choro fluir. O homem em minha frente me pegou no colo e me tirou da sala.

— Fique calma, será muito em breve. — tentei permanecer acordada, mas, por algum motivo, não consegui.

Logo estava tudo escuro e eu não ouvia mais o que ele falava.

———

Eu estava no paraíso, ouvindo a voz de aplicar, enquanto ele brincava com o pai dele. Me aproximei deles e gritei seus nomes. Oliver correu em minha direção, me abaixei para pega-lo.

Ele corria e corria, mas nunca chega até mim, então estava vendo que eu era o motivo. Indo para trás, olhei por cima do meu ombro e notei uma mão me puxando, era ele. O homem que me mantinha refém todo esse tempo.

Acordei sobressaltada e assustada, estava num cama enorme, com muitas almofadas. Levantei a coberta e vi que estava usando um camisola, tinha tomado banho e não me lembrava nada disto.

Me levantei da cama, calcei um chinelo branco que estava ao lado da cama.  Dei alguns passos até a porta, quando reparei em uma figura sentada na poltrona, me observando.

— Enfim acordou.

— Quanto tempo eu dormi?

— Umas 15 horas, eu acho. — ele se levantou, arrumou o terno preto. — Bom, agora que está acordada, podemos ligar para Valentim.

— Você vai me devolver? — pergunto esperançosa.

— Só se ele me der o que quero. — caminhou em minha direção, mantendo seu olhar em mim. Me sentia nua sobre seu olhar, a forma como seus olhos escarravam casa parte do meu corpo. Senti vontade de me cobrir, mas ao mesmo tempo estava para, com medo de me mover. — Por que está com medo? Não vou te machucar.

— Você já me machucou. — me refiro, ao tempo que passei presa na sala escura, só com alguns raros de companhia e comendo pão e água.

— Eu não te machuquei, pode ter certeza. Poderia ser pior, mas eu fui bom com você e não me deu nada em troca. — ele pegou a alça da minha camisola e puxou para o lado, expondo meu ombro.

— Você  não merece nada em troca. — me afasto dele, dando alguns passos para trás.

— Eu mereço muita coisa, que Valentim tem. — ele pega seu celular, disca um número e coloca no viva voz.

— Alô.

— Valentim?

— Raphael?

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Futuro Incerto  - 1° temporada CONCLUÍDO - 2º Em andamento Onde histórias criam vida. Descubra agora