Capítulo 41 - Soldier

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Oiie! Vamos direto ao capítulo e conversamos nas notas finais. 

Ahh, Soldier é uma música bem lindinha do Gavin Degraw, e eu super indico. :)  

Boa leitura!

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POV Luiza

Não preguei o olho a noite inteira. No dia seguinte eu não era ninguém. No momento em que Valentina desligou, todas as minhas certezas caíram por terra. Comecei a me questionar se eu tinha feito certo ou se eu estava fazendo o melhor.

Agradeci mentalmente por ser Sábado, eu não teria condições nenhuma de pisar no meu estúdio hoje e muito menos de dar aulas. Até porque, tudo ali era repleto de Valentina.

Aproveitei que Léo estava na casa dos meus pais e fiquei deitada no escuro do quarto, encarando o teto, sem pressa de nada. Parecia que o tempo tinha parado.

Depois de um certo tempo, resolvi levantar. Sem forças pra tirar nem o pijama, apenas fiz minha higiene bucal, joguei uma água no rosto e fui em direção a cozinha atrás de um café.

Ao colocar à água no fogo, ouvi minha campainha tocar. Fui até a sala e me deparei com Duda super agitada.

- Ahh tá viva, né. – Duda disse ao entrar no apartamento furiosa.

- Bom dia? – Respondi sem entender.

- Bom dia? Luiza, cadê seu celular? Eu tô tentando falar com você desde ontem a noite. – Ela reclamou e eu me dei conta que simplesmente ignorei o celular depois da minha conversa com Valentina.

- Desculpa, amiga. Ontem eu acabei deixando o celular de lado, conversei com a Valent... – Fui respondendo até Duda me cortar.

- E terminou com ela. – Ela concluiu. – Luiza, quando você disse fazer algo difícil eu achei que era conversar e abrir o jogo e não jogar sua felicidade pela janela e magoar a Valentina. – Ela respondeu.

- Como você...Ah deixa pra lá! – Perguntei, tentando entender aqueles minutos de conversa, mas logo caindo a ficha.

- Ela é minha cunhada, claro que eu saberia, porque é óbvio que a primeira pessoa que ela procurou foi o Igor, que ficou sem entender o porquê disso tudo. – Ela respondeu e eu arregalei os olhos.

- Você não disse nada não, né? – Perguntei preocupada.

- Claro que não Luiza, até porque eu fiquei tão chocada quanto ele. E aí eu tentei te ligar, mas você não atendeu, eu já estava quase vindo na sua casa de madrugada. – Ela disse ainda agitada.

- Amiga, vamos ali na cozinha? Eu estou fazendo café e a gente conversa. – Pedi e ela acenou com a cabeça.

Fomos em direção a cozinha e Duda sentou-se à mesa, enquanto eu finalizava o café. Coloquei alguns pães, requeijão, geleia, frutas na mesa e as xícaras.

Sentei de frente para Duda e ela serviu minha xícara e a dela de café.

- Tudo bem, me explica. – Ela pediu agora mais calma.

- Amiga, eu sei que a relação da Valentina com a mãe é muito complicada, e acredite eu não estava cogitando terminar com ela. Eu a amo. – Beberiquei um pouco do meu café. – Mas toda vez que eu cogitava conversar com ela e abrir o jogo, eu me lembrava da Catarina dizendo que eu também sou mãe, e acho que por pior que seja, ela também tá pensando no bem da filha dela. – Encarei minha xícara e respirei fundo. – Eu não quero que a Valentina desista das coisas que ela ama por mim. Porque se a gente não der certo, o que vai sobrar? Ela se magoaria ainda mais, e eu teria que dar razão à Catarina. E todas as vezes que eu penso nisso, eu lembro de como eu também faria qualquer coisa para proteger meu filho. – Encarei Duda. – Eu não terminei com a Valentina porque eu quis. Eu terminei porque eu tenho medo dela desistir de tudo pra estar com a gente, e não ser feliz. Eu a amo demais, o suficiente pra querer que ela seja feliz em qualquer lugar do mundo. – Falei sincera e senti uma lágrima pesar.

Nada é por acaso - VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora