Nada é por acaso - VALU

Capítulo 51 - Home

Oh quem voltou?!

Boa leitura!

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POV Luiza

Valentina me olhava sem saber o que fazer.
Assim que me viu ela se levantou, ficando de frente pra mim, e pouquíssimos metros nos separavam. Aquele silêncio me causou um certo nervosismo. Respirei fundo, entendendo o choque dela ao me ver ali, mas eu não estava nem um pouco disposta a desistir.

- Lu... – Ela me encarava surpresa. – Desculpa, eu não sei nem o que dizer. – Ela abriu a boca tentando dizer algo, mas logo fechou, respirou fundo e em seguida deu um leve sorriso. – Desculpa, mas, você tá aqui, meu Deus. – Ela riu incrédula, a ficha parecia não ter caído.

Decidi tomar as rédeas e me aproximei dela, quebrando o restinho de distância que havia entre nós duas.

- Eu tô aqui. E provavelmente devem ter milhares de perguntas rondando sua cabecinha, e eu vou resumir pra você. – Falei quase como num sussurro, devido nossa proximidade. – Eu levei um tempinho pra entender onde eu errei. Eu quis preservar sua relação com sua mãe, e com isso, coloquei a nossa em jogo. E isso foi um erro. Porque eu magoei você, me magoei e até mesmo o nosso Léo.

Valentina sorriu ao ouvir a última frase. Fiz um carinho em seu rosto e continuei:

– E por um lado, eu precisei passar por isso, pra finalmente criar coragem de enfrentar meu passado e resgatar aquela Luiza corajosa de novo. A Luiza que enfrentou mais de 1500km, mas com a convicção de que não vai a lugar algum sem o amor da vida dela. Eu preciso que você me perdoe e me aceite, porque eu não consigo ficar nem mais um minuto sem você. – Encostei minha testa na de Valentina que fechou os olhos sem dizer nada – E se resta alguma dúvida ou pergunta, deixa que eu respondo assim. – Fechei o resto da distância que existia entre nós duas e selei os lábios de Valentina.

Nosso beijo se aprofundou mas sem pressa. Nossas línguas estavam em perfeita sincronia, se reconhecendo, matando a saudade. Minhas mãos suavam, como se fosse nosso primeiro beijo.

Não foi um beijo demorado, mas foi intenso. Finalizei com um selinho e olhei para Valentina.

- Que foi? – Perguntei já ansiosa. – Não gostou? – A tristeza era visível no meu tom.

- Eu tô muito surpresa que você tá aqui. – Ela disse sincera, sem tirar os olhos dos meus.

- Eu acredito, até eu tô. Mas eu não consigo ficar nem mais um segundo longe de você. – Falei convicta. – E eu vou provar isso pra você, que nosso amor vale muito a pena, e que nós somos melhores estando uma com a outra, sendo uma da outra. – Sussurrei.

- Sabe o que é? – Ela me encarou. – Temos um problema. Eu acho que vou precisar de outro desse, pra ter certeza. – Valentina sorriu, passou seus braços em minha cintura e diminuiu a distância novamente, tomando iniciativa do nosso beijo.

Enlacei meus braços em volta do seu pescoço e me permiti sentir todas aquelas sensações que nosso beijo me causava.

O que começou aos poucos, passou a se tornar mais urgente, a saudade pedia muito mais do que só aquilo. Mas, logo me lembrei aonde estávamos e suavizei nosso beijo, finalizando com selinho.

Nos olhamos, e Valentina abriu um sorriso que com certeza era capaz de iluminar o Rio Grande do Sul inteiro.

- Eu nem acredito que você tá aqui. – Ela disse surpresa.