Nada é por acaso - VALU

Capítulo 15 - O que falta em você sou eu.

Hey, como estamos nessa segunda-feira? Vamos começar a semana com um cap novo? :) O cap está um pouquinho menor, pq eu tb fui de arrasta pra cima esse feriado igual a nossa menina Valentina kkkk. Mas é um cap que acho que vcs vão gostar!

Boa leitura, lindezas!

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POV Valentina

Depois da noite horrível que tive, acordei sem disposição alguma. Me arrastei até o banheiro para tomar banho. Ao me olhar no espelho, percebi que eu estava cheia de olheiras.

Além de dormir pouco, eu me sentia mal. Parecia que meu corpo estava pesado, e eu não tava aguentando meu próprio peso. Hoje seria um dia difícil para trabalhar.

Fazia um friozinho em Portugal. Devia estar fazendo uns 17 graus. Ao entrar no banho quente, eu repassei todo o acontecimento de ontem, e as coisas que a Luiza me disse. Eu me desdobrando pra estar com ela, e ela achando que eu sequer tinha cabeça pra pensar em ficar com outra mulher. Isso me deixava muito chateada.

Depois de me arrumar, fui me arrastando para o estúdio. Eu realmente não me sentia nada bem.

Quando cheguei fui direto pra minha sala e sentei no sofá que tinha por lá. Ao sentar, apoiei minha cabeça em meus joelhos, tentando buscar forças para começar o dia.

5 minutos depois me levantei, respirei fundo e peguei a câmera. Não tinha nem sinal da Luiza no meu celular, mas eu ainda estava muito chateada.

Quando fui saindo da minha sala, Alice entrou.

- Bom dia, chefinha. O que houve? – Ela disse enquanto me analisava.

- Bom dia, Alice. – Respondi. – Nada, por que? – Fiquei sem entender.

- Você não tá bem. – Ela concluiu. – Te conheço há anos, e nunca te vi assim. – Ela se aproximou de mim e colocou a mão em minha testa. – Estás febril, com toda certeza. Vamos a uma consulta, vou cancelar sua agenda.

- QUE? – Falei alto demais. – Não, eu tô bem, não precisa. – Respondi. – Só acordei cansada mesmo.

- Eu sei que você é a chefe, mas vou ter que te desobedecer. Você não tá bem, desculpa. – Alice foi saindo da sala e eu apertei os olhos, e esfreguei a mão no rosto. De repente toda a frustração, exaustão, fadiga, me atacaram.

Sentei na minha cadeira e a vontade que eu tinha nesse momento era de chorar. Por me sentir mal, fraca, pelo desentendimento com a Luiza, por me sentir fracassando em todos os meus planos.

Alice voltou à minha sala alguns minutos depois, dizendo que alguns projetos menores, ela conseguia manejar para outros fotógrafos da equipe pudessem fazer, e os projetos mais complexos e maiores, ela remarcou e explicou que eu não estava bem de saúde.

- Vamos ao médico. – Ela disse firme. – Você realmente não está nada bem.

- Tudo bem. – Me dei por vencida, pois me sentia exausta.

Alice me acompanhou até o hospital mais próximo do estúdio.

Não demorou muito para que eu fosse atendida.

- Oi Doutor. – Entrei meio tímida.

- Olá, senhora Valentina. Eu sou o Marcos. Vi no seu prontuário que você também é brasileira. – Ele sorriu - Como posso ajudar?