Décimo Sétimo Capítulo - O primeiro passo.

57 6 2
                                    

Athelstan teve a sensação de que o mundo ao seu redor havia parado, ele sentia os lábios de Ragnar se movendo sobre o seu, sentia o cheiro de menta, suave sob a pele do rosto dele, e conseguia sentir os batimentos do viking acelerados sob a mão que estava pousada no peito desnudo dele, ele novamente não conseguiu contar um gemido quando as mão de Ragnar apertaram sua cintura o puxando para mais perto dele, por um momento perdeu o equilíbrio e tentou recuperar o apoio, porém sem que percebesse segurou em no braço de Ragnar bem sem cima do ferimento no rosto do viking um rápido lampejo de dor ocorreu, mas para o homem não passou de um leve desconforto, mas  Athelstan sentiu como se a realizada de seu ato o atravessasse como raio, o mundo pareceu parar e começar a girar ao contra muito rápido, ele tentou se afastar novamente procurando apoio, teria caído ao chão quando tropeçou no par de botas de Ragnar que estava no chão a seus pés, mas o viking se moveu rapidamente levantando-se e segurando novamente pela cintura, quando seu olhos se encontraram novamente Athelstan sentiu como se o mundo parasse de girar rapidamente e agora estivesse normal, e sentiu o ar de seu pulmões lhe escapar, ele não conseguiu conter o sorriso ao sentir um dos braços do viking ao redor de seu corpo e corou levemente quando uma de suas mãos alcançou seu rosto.

- Não se afaste de mim querido padre.
- Não agora que finalmente teve coragem de fazer aquilo que sei que desejou por tanto tempo.

Athelstan sentiu seu fôlego sumir ao ouvir essas palavras, ele não conseguir dizer nada apenas conseguiu acenar positivamente com a cabeça, o que para o viking foi confirmação suficiente para que lhe beijasse novamente, tomou os lábios do padre dessa vez com mais desejo, sem tanto pudor, sua língua pediu passagem na boca do padre que prontamente a concedeu, ele sentia o corpo vibrar novamente, sentia seu membro comprimido contra o corpo do viking, se agarrou a cintura do outro como se isso o pudesse salvar da condenação eterna que havia de enfrentar um dia, mas não se importou, se importava apenas com o homem à sua frente, Ragnar se afastou pouco e viu nos olhos do padre, desejo, excitação e também um pouco de vergonha, seus lábios estavam vermelhos e um pouco inchados dos beijos.

- Gostaria de poder ficar aqui com você a noite toda, porém infelizmente tenho que um novo dever a cumprir, algo que fui tolo em não antecipar, eu só queria proteger minha família, meus amigos, queria proteger você, mas não pensei no que seria de mim caso ganhasse a luta quando desafiei o conde.

Athelstan viu no olhar de Ragnar certa tristeza, ele parecia atormentado, agora que parou novamente para olha-lo ele parecia cansado, um pouco abatido e febril, no momento que partilharam juntos o padre havia se esquecido de que ainda era um escravo, e que agora o seu senhor havia se tornado conde de Kattegat, havia se esquecido de Lagertha, havia se esquecido dos filhos dele e de todo o povo. Ragnar se virando para encarar o padre percebeu que ele estava tremendo, mesmo que o local estivesse abafado, ele se aproximou novamente,  o levantou o rosto do padre até que seus olhos se encontrassem novamente.

- Meu doce Athelstan consigo sentir sua apreensão no ar, digo para que não se preocupe, devemos dar um passo de cada vez, pedirei a Odin sabedoria para lidar com toda essa situação.
- Mas ainda preciso de sua ajuda com o banho e meus ferimentos.

Disse o viking sorrindo, o padre não conseguiu se controlar e enrubescer, mas e conseguiu dizer.

- O que fiz é errado, cometi um pecado mortal contra meu Deus, mas seguirei seu conselho, meu senhor, e darei um passo de cada vez, é só o que nos resta fazer.

Ambos se moveram novamente, Athelstan se virou para a mesa de ervas e começou a pegar os ingredientes que o curandeiro havia dado a ele para tratar os ferimentos de Ragnar, começou a prepará-los, pode ouvir o som do viking retirando o calção pois o ouviu praguejar de dor quando o tecido passou sob o ferimento, logo depois ouviu o som de seu corpo entrando na água ouviu também um gemido de prazer, a água quente começou a relaxar os músculos que o viking não havia percebido o quão tencionados estavam, ele sentiu dor em várias partes do corpo quando elas tocam a água quente, a sensação era tão boa que ele deixou submergir por completo dentro da água quente, e ficou alguns segundos dentro da água de olhos fechados, em sua mente uma batalha era travada, pensou em Lagertha, nos filhos, em seu amigo Floki, pensou em seu irmão Rolo, e no povo que fora das paredes do quarto preparavam uma grande comemoração pela sua vitória, pensou também na grande responsabilidade que agora tinha, ao voltar a superfície da água ele sente que a tensão de seu corpo diminuir e recosta a cabeça na beira da liteira e respira fundo tentando entender o que os Deuses haviam preparado para essa nova jornada, seus pensamentos são interrompidos quando ele ouve o som de Athelstan, ele abra os olhos e encontram o padre ao seu lado com algumas esponjas, óleos aromáticos e remédios para seus ferimentos, Ragnar logo encara o padre e sorri ao perceber o rubor em seu rosto, o padre o encara com olhos desejosos.

- Não fique aí parado Athelstan.

O padre se aproxima mais da liteira, ele não consegue desviar o olhar do corpo de Ragnar e sabia o que se passava na cabeça do viking, ele o via admirar seu corpo e por vezes parecia gostar de ser admirado, ele se aproxima do homem toca seus cabelos começando a desfazer a trança que prende seu cabelo, o viking pareceu gostar da atitude do padre, pois fechou os olhos e viu seu corpo relaxar ainda mais em quando o padre massageava seus cabelo, despejando o óleo que havia pego, o ar se encheu ainda mais com o perfume do óleo, Ragnar gemeu um pouco quando sentiu os dedos do padre lhe acariciarem os cabelo loiros e que agora limpos pareciam brilhar ainda mais sob a luz de velas, terminado de lavar os cabelos o padre percebeu que agora iria enfrentar um grande desafio, ele teria de esfregar o corpo nu de Ragnar que parecia ansioso por esse momento pois olhava para o padre com uma grande sorriso cheio de luxúria quando viu o padre com as esponjas e uma barra de sabão nas mãos. o padre levou os braços fortes do homem que não parou de sorrir nem por um momento, teve cuidado ao lavar os ferimentos, o ferimento da perna havia parado de sangrar e Athelstan mordeu os lábios com força quando viu o viking levar uma das pernas e a encostar na lateral da liteira para que fosse mais fácil para o padre esfregar sua perna, os movimentos dele eram suaves e sentiu seu membro pulsar quando sob a água, viu a fina camada de pelos loiros que salpicavam a região inferior do abdômen de Ragnar, ele via as ervas dançado entrem seu membro rígido e espuma do sabão que escorria pelos seus cabelos e se misturava aos pelos do peito do viking, o padre se sentiu abençoados por estar tendo essa visão e de forma envergonhada pediu a Deus que o perdoasse por estar tão feliz em admira-la.
Terminado o banho Athelstan se afastou e deixou que Ragnar saísse da liteira, com a desculpa de que tinha que preparar a última parte do que faltava para tratar os ferimentos do viking, essa era a parte que para o padre seria a pior, ele caminhou até a mesa onde um punhal reto sem fio de corte lamina estava posto sob algumas ataduras limpas, ele deveria colocá-lo no fogo para que assim pudesse usar para cauterizar os ferimentos, ele olhou a lâmina e pelo seu reflexo viu a silhueta meio borrada de Ragnar nu pegando um pedaço de tecido limpo e começando a se secar, ao se virar viu Ragnar com os cabelos dele ainda estavam um pouco molhados com gotas de água escorrendo do peito nu para seu abdômen, ele havia enrolado o tecido na cintura e olhava para o padre, Athelstan apertou o cabo do punhal para conter a excitação que essa visão lhe provou e caminhou em direção a lareira colocando a lâmina no fogo.

- Você sabe fazer uma trança padre?
- Quero que arrume meus cabelos, geralmente quem faz para mim e Lagertha, mas gostaria que você fizesse em mim dessa vez.

O padre ao ouvir o nome da esposa de Ragnar não conseguiu esconder um pouco da culpa que sentiu, e Ragnar logo percebeu e se aproximou.

- Um passo de cada vez Athelstan, não se preocupe com o que está por vir, iremos encontrar uma solução, juntos, todos nós juntos.

O padre olhou para o viking surpreso, o que ele queria dizer com juntos? Ele se referia aos dois, ou a Lagertha e ele? A dúvida cortou a ar, mas Athelstan logo a esqueceu quando o viking beijou novamente seus lábios de surpresa.

- Agora me diga, sabe fazer uma trança.

Perguntou ele novamente sorrindo para Athelstan.

- Lagertha me ensinou a fazer no cabelo de Gyda.
- Ótimo então faça uma em mim.

Ele se virou e sentou em uma das cadeiras do quarto próximo ao calor da lareira ficando de costas para o padre, que rapidamente se aproximou e fez o melhor que pode, quando Ragnar viu a trança que o padre fez gostou do resultado, ambos fitaram a lâmina do punhal em meio às brasas da lareira, ela estava vermelha, e ambos sabiam o que tinha de ser feito. Ragnar pareceu estar acostumado com aquilo, e Athelstan tremeu um pouco ao pegar o punhal, o viking olhou para ele.

- Não se preocupe padre, eu aguento.

O homem estendeu o braço virando o ferimento em sua direção, o padre segurou seu braço, ele tentou de alguma forma transmitir conforto ao viking quando tocou sua pele agora suave depois do banho, ele examinou o ferimento e colocou a lâmina quente sobre o corte, que sibilou ardente e um leve cheiro de carne queimada se misturado ao cheiro a menta e a lavanda que enchiam o quarto. Ragnar se limitou a encarar o padre e estava totalmente concentrado na tarefa. Ragnar notou a beleza de seu rosto, seus lábios e seus olhos, seu cabelo escuro e suave e um sorriso lhe veio aos lábios, Athelstan não percebeu, mas ao terminar se virou e pegou um pouco do bálsamo de ervas que havia preparado e colocou sob o ferimento cauterizado e o cobriu com uma bandagem limpa, ele fez o mesmo no ferimento da perna de Ragnar, ao terminar com a última atadura Ragnar olhou para o padre:

- Por que você não toma um banho também, creio que a água ainda deve estar quente e creio que você iria achar muito relaxante depois do dia que tivemos.

O padre olhava para o homem boquiaberto, não sabia o que dizer.

- Não se preocupe, eu posso me virar para o outro lado para que você possa se despir.

O padre acenou positivamente com a cabeça e se levantou, Ragnar sorriu e se virou fitando a parede com um sorriso zombeteiro nos lábios, Athelstan tirou a antiga túnica que usava que agora parecia mais um camisão pois tinha sido cortada por Lagertha para que fosse mais fácil para ele trabalhar na fazenda, tirou o calção de usava rapidamente e entrou na água que ainda estava morna ao entrar completamente na água sentiu realmente o corpo relaxar a tensão dos músculos ir embora, ele mergulhou a cabeça na água e começou a se esfregar com o sabão e a esponja, so parando quando percebeu que Ragnar não estava mais encarando a parede e ao encontrar seu olhar corou violentamente e o viking soltou uma gargalhada.

- Não tenha vergonha padre, você está seguro, nunca faria nada que você não pedisse.

Athelstan ficou boquiaberto, mas conseguiu sorrir, ele viu como homem olhava seu corpo, dessa distancia Ragnar conseguir ver apenas parte do seu tronco nu e molhado, ele lavou os braços e pernas ao terminar olhou para Ragnar como se pedisse para que ele se virasse novamente para que ele pudesse sair da liteira o que o viking entendeu e sorrindo, e antes de se virar tirou o tecido que estava encolado em sua cintura e jogou para ele, que chocou o padre mas não conseguiu desviar o olhar quando o homem se levantou e caminhou até um armário, ele parecia procurar alguma coisa para vestir, Athelstan não conseguiu parar de olhar as amplas costas do viking ofereciam uma presença impressionante, destacando sua força e vigor físico. Sua musculatura é evidente, proporcionando uma estrutura robusta que transmite confiança. A forma das suas costas se estende suavemente até a área dos glúteos que eram perfeitos, destacava-se e parecia firme e de proporções impecáveis uma combinação de força e sensualidade. Ragnar sabia que o padre o olhava e encontrou um calção do antigo conde um pouco largo mas nada que não fosse servir, encontrou também roupas para Athelstan que ao se virar estava enrolado no tecido e o encarava, ele caminhou até ele e o entregou as roupas e se virou para que o padre se vestisse, ao terminar olhou para o homem que ainda tinha os cabelos molhado, se aproximou dele o beijou segurando sua cintura e apertando seu corpo contra o dele, queria guarda esse momento em sua memória.

Venha e junte-se a nós, padre.Onde histórias criam vida. Descubra agora