Décimo Oitavo Capítulo - O baquete.

77 5 6
                                    

Quando se afastaram ambos estavam ofegantes e excitados, Ragnar quase não conseguiu se aguentar e por pouco não despiu Athelstan que olhava para ele cheio de desejo, ele viu que a respiração do padre estava acelerada, viu seus lábios vermelhos e inchados e quis beija-lo novamente, mas teve de se lembrar de que os preparativos para a comemoração já deveriam estar quase prontos e em algum momento alguém viria procurar por eles caso demorassem ainda mais.

- Está na hora de irmos padre.

Ragnar estendeu a mão para ele e Athelstan a segurou, eles caminharam juntos, Ragnar encontrou uma vara de madeira em alguma parte do antigo quarto do conde e a pegou para usar como muleta, ele não queria usar Athelstan como apoio quando estivesse saindo dos aposentados, seu povo deveria ver que seu novo líder era forte e implacável, não poderia ser fraco não agora que teria de lidar com todas as mudanças, ele explicou isso rapidamente ao padre que entendeu o que ele queria dizer e não se importou quando saíram para os corredores ao entrarem no salão todos os olhos se voltaram para Ragnar, ele encontrou o olhar de Lagertha e seus filhos, Bjorn e Gyda, seu irmão Rolo e todo o povo, eles também haviam tomado banho seus familiares, sua mulher estava linda, com os cabelos loiros soltos e cheirosos, ela caminhou até ele, ela o abraçou e ele depositou um beijo em sua testa, caminhando juntos a frente de seu povo os viu olhando para ele, Ragnar viu o grande cadeirão do antigo Conde, que agora era dele, olhou para seu povo e os gritos começaram.
- Sente-se Ragnar Lothbrok.
Gritou um homem no meio da multidão sendo acompanhado por vários outros, atendendo ao desejo de seu povo ele se sentou e todos aplaudiram e gritaram vivar ao novo governante de Kattegat. Um grande homem caminhou pela multidão e se colocou de joelhos e sua frente estendendo o braço segurou em sua pulseira sagrada em formato de dragão e disse:

- Lorde Ragnar, venho perante jurar minha lealdade e obediência a você e sua família a partir desse dia.
- Leif, você e meu amigo, e você Tortein, e você Arne, vocês são meus amigos.

O homem se levantou e se juntou novamente a multidão, um homem velho, gordo e careca se aproxima de Ragnar e para a sua frente.

- E quem séria você?
- Tostig, lorde Ragnar.
- Você jura lealdade e obediência e mim e a minha família deste dia em diante?
- Não será por muito tempo assim.

Caçoou Rolo olhando para o homem velho e muitos no salão riram com ele.

- Pela minha pulseira sagrada eu juro, mas tenho também um pedido a fazer Lorde.
- Que favor e esse?
- Que da próxima vez que o senhor for saquear terra, me leve com você.
Mais homens no salão riram do homem velho.

- Eu não quero insultá-lo, mas a verdade é que você...
- Que sou velho demais?

Interrompeu o homem rindo olhando para todos.

- Sim, sim eu sou velho. Mas fui um guerreiro por toda a minha vida. Naveguei por muitos anos com lorde Haraldson e lutei contra os Eastlanders, e vi todos os companheiros da minha juventude morrerem. E embora eu tenha lutado com eles na muralha de escudos, nunca fui tocado por uma lâmina. Todos os amigos e companheiros da minha juventude estão mortos, festejando e bebendo com os Aesir nos salões dos Deuses!
- Enquanto eu fui deixado para trás, despojado.
- É por isso que peço lorde.

Disse o homem com lagrimas enchendo os olhos, e se ajoelhando aos pés de Ragnar.

- Me dê à chance de morrer com honra no campo de batalha e me juntar aos meus amigos em Valhalla.

Ragnar olhou para o homem e se moveu um pouco na cadeira, não estava acostumado a se sentar em uma cadeira tão conformável, olhou para Floki que sorria para ele, usando a muleta de madeira ficou de pé olhou para seu povo.

Venha e junte-se a nós, padre.Onde histórias criam vida. Descubra agora