004. "house party"

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SOFIA.

— Angel? O que tem errado com Sofia? — pergunta minha avó.

— Nada mãe, é que as modelos tem nome artístico. — diz minha mãe. — A dona da agência explicou.

— Eu curti Angel. Combina contigo. — Margot diz sorrindo.

— Me explica dessa dona da agência ai, Di. — minha avó fala.

— Sasha Campbell. Uma mulher, elegante, generosa, cuida das modelos como se fosse uma mãe. Sasha vai ajudar a Sof a vencer.

— Angeeeel. — digo como se estivesse chamando meu nome.

— Pra mim, você vai ser sempre a Sof. — minha mãe diz.

— E quando começa? — Margot pergunta.

— Amanhã mesmo. Já vou fazer meu book, já tenho cabeleireiro, maquiador, fotógrafo, tô muito ansiosa. — digo.

— Vai dar tudo certo, minha linda. — minha avó diz, estávamos todas muito felizes.

Eu estava escutando minha mãe e minha avó através da porta do quarto dela. Elas estavam conversando sobre a situação financeira. Estava péssima, podíamos perder o apartamento a qualquer momento.

— Sof? — Margot fala sussurrando ao me ver na porta.

— Silêncio. — faço 'shhh' pra ela. — Não quero que elas saibam que eu ouvi. Eu não fiz por mal, eu ia entrar mas elas tavam falando de dinheiro.

— A situação da vovó tá difícil, eu já sabia.

— Mas eu vou ganhar dinheiro como modelo. Eu sei que eu vou. — Margot dá uma pequena risada. — Você dúvida?

— Claro que não. É lindo você querer ajudar, Sof. Eu vou tentar ajudar também. Mas você não me contou como foi no colégio hoje, como foi com a turma, quero saber tudo! — ela diz ansiosa.

— Foi normal. — começo. — Sem problema nenhum. Eu vou ir dormir, Margot. Boa noite.

Assim que saio de perto da Margot vou direto pro meu quarto. E enquanto colocava meu pijama, parei em frente ao espelho e fiz poses, como estivesse em uma sessão de fotos.

— Eu vou conseguir. — digo pra mim mesma olhando pro espelho.

RAFE.

Acordar cedo da manhã já estava me matando, era totalmente difícil já que eu sempre fui acostumado a acordar tarde, nunca tinha nada pra fazer.

Por sorte, hoje meu pai me deu uma folga. Decidi ficar aqui em casa mesmo. Só queria me distrair de tanta papelada besta.

SARAH.

— Ai, cara, minha mãe é muito sem noção. — começo rindo. — Tipo, queria que eu viesse num carro zuado que ela usa pra dia de trabalho com os amigos. Nem sei pra que inventaram isso.

— Pro trânsito ficar suave. — diz meu amigo, Topper. — Tem carro demais.

— Ué, bastava obrigar aos pobres a andar só de ônibus, nisso liberava a rua pra quem tem carro decente. — respondo.

— Você deixou os neurônios em casa ou tá na mochila? — Topper, pergunta.

— Tá me chamando de burra? Tá fora da minha festa. — falo.

— Eu pulo o muro. Vou colar na balada de qualquer jeito. — diz ele me dando um beijo na bochecha.

A pobrete novata, Sofia, acaba de chegar e óbvio que não nos contemos em opinar seu outfit.

𝐈𝐋𝐋𝐈𝐂𝐈𝐓 𝐀𝐅𝐅𝐀𝐈𝐑𝐒 - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora