𝐈𝐋𝐋𝐈𝐂𝐈𝐓 𝐀𝐅𝐅𝐀𝐈𝐑𝐒 - Rafe Cameron

016. "wedding"

SOFIA.

Assim que o Rafe abre a porta pra eu entrar vou correndo e pulo nele abraçando-o.

— Meu Deus, como você tá linda. — ele diz me beijando.

— Fui fazer compras com a Sasha, vou vir com uma roupa nova a cada dia pra ficar mais linda pra você.

— Eu vou amar. E o celular, trocou?

— Troquei. Mas o chip do celular antigo não funciona, ai tô tendo que colocar um por um no chip novo. Mas o seu... foi o primeiro. — ele continua me dando beijos enquanto falo. — Eu tô tão feliz, eu adorei fazer compras.

— Sabe o que eu quero agora? — diz ele tirando minha jaqueta. — Sua roupa tá linda, mas tudo que eu quero é tirar ela todinha. — ele me dava um beijo a cada palavra.

— Então tira. — falo me deitando na cama e assim ele o faz.

☾

Depois de um tempo juntos na cama, ele me ajuda a vestir minhas roupas de volta.

A cada acessório que ele colocava em mim, ele me deva um beijo no pescoço.

— Eu quero você só pra mim. Pra sempre. — ele diz sussurrando no meu ouvido.

— Você tá dizendo que quer casar comigo no futuro? — pergunto ainda hipnotizada com ele.

— Casar com você? — ele me olha e pergunta.

— É, do jeito que você falou, parece que sim. — ele ri e se senta na cama. — Do que você tá rindo?

— É que... casar é uma coisa tão fora dos meus planos, que nem passa pela minha cabeça. — eu paro.

— Você não gosta de mim?

— É claro que eu gosto. Adoro ficar com você.

— Mas se um dia a gente ainda tiver junto, e você me amar... você ainda vai querer casar? — pergunto me sentando do lado dele e ele entrega um beijo na bochecha.

— Não. — ele para. — Nunca. Entende uma coisa, Angel. Eu não quero casar, nunca, com ninguém. Muito menos com você.

— Muito menos comigo?

— Com você eu não preciso me casar, você eu compro. — ele tenta me beijar mas eu desvio.

— Compra? — falo irritada. — Eu não tô á venda. — me levanto.

— Para com isso, Angel. Para de ser boba. — ele continua enquanto coloco minha jaqueta. — Eu te pago toda vez que você vem aqui. Você entra pela porta, a gente vem pra cama e você sai com um envelope.

— Presente. Você sempre disse que era presente.

— É um presente. — ele ri. — Mas é uma maneira simpática de dizer. Mas eu te pago, você ajuda sua família... e eu te dei roupa nova.

— Foi a Sasha que me deu. É verba de representação.

— É uma maneira simpática de dizer também. — ele diz tentando me beijar novamente. — Mas eu paguei tudo. Eu paguei pra você ter roupa nova, paguei pra te ver feliz. E tem mais, eu tô disposto a te assumir.

— Assumir?

— Você vai ter um apartamento seu pra morar, um carro pra dirigir e muito dinheiro. Você vai ter uma vida bem confortável.

— Nem a minha mãe e nem a minha família aceitariam isso.

— Por que se eu vou cuidar de você? Vou resolver a questão financeira da tua família. Todo mundo vai ficar feliz.

— Minha família tem moral e princípios e eu também. — falo olhando nos olhos dele.

— Você faz Book Rosa e quer dizer que tem moral.

— Eu só ia fazer por um tempo até ajudar minha avó.

— Por um tempo, garota? Dinheiro vicia rápido. — ele fala pegando outro envelope. — Eu quero você pra mim. Eu vou cuidar de você, vou cuidar da sua família, vou cuidar de tudo. Mas eu não vou morar nem me casar com você. Aqui tem bem mais do que o habitual. — e coloca o envelope no meu bolso do jeans. — Compra alguma coisa pra te fazer feliz... depois a gente pensa sobre o apartamento, não precisa ser pra morar. Pode ser só pra gente se encontrar.

— Eu já vou. — falando saindo mas ele me puxa de volta.

— Não sem antes me dá um beijo bem bom. — ele tenta me beijar mas eu me afasto de novo e saio.

Eu tava gostando dele de verdade. Eu não conseguia acreditar que ele disse que podia me comprar.

Essa foi a prova concreta de que dinheiro traz sim felicidade.

☾

Fui o caminho inteiro do hotel até meu apartamento chorando. Não pelo sentimento de amor, mas pelo o que eu significava pro Rafe.

Assim que eu chego em meu quarto, desabo totalmente.

Todas as palavras que ele dizia que me comprava ecoavam sobre minha mente.

Choro mais ainda ao lembrar do envelope no meu bolso.

Minha avó precisava tanto.

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