Um novo acordo, viver longe de casa.

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Pov: Park Chaeyoung.

Ela puxa uma respiração, fortalecendo seus pulmões e se inclina ligeiramente para mim. Eu sei que se ela me puxar para os seus braços e me beijar, eu seria incapaz de resistir, é muita tentação. Me encontro a olhando entre seus lábios e olhos, enquanto espero que ela fale.

Finalmente, ela faz.

- Eu lembro de você dizendo que gostaria de ter algo próprio,  de viver longe de casa e ser independente,  pela primeira vez. - Diz Lisa.

Eu me lembro dessa conversa também. Foi uma das primeiras vezes que nos sentamos para um jantar preparado pelo chef, na tranquila sala de jantar. Eu falava muito livremente, descobri muito de mim mesma. Mas algo em mim gostava que ela lembrasse todos os detalhes. Não que eu esteja surpresa, Lisa exerce tal autoridade sobre todas as facetas da sua vida, é claro que ela lembraria.

- Eu acho que você sabe que eu gostei de ter você aqui. - Ela admite.

Concordo com a cabeça em reconhecimento silencioso. O que ela está dizendo? Não podemos continuar namorando,  se era isso mesmo que estávamos fazendo. Ela é casada. E ela mentiu para mim sobre isso. Posso mesmo confiar nela?

- Eu sei que Hyunji adoraria que você voltasse a trabalhar com ela.

- Lisa? - pergunto finalmente,  minhas sobrancelhas juntas.

- Não há nenhuma razão, que não podemos continuar sendo amigas.

- Amigas? - minha voz sai muito alta, quando o choque de sua sugestão cai através de mim.

Seus olhos escuros vagam sobre meu rosto e ela dá um leve aceno de cabeça,  a boca insinuando um pequeno sorriso.

Eu não tenho ideia nenhuma de que jogo ela esta jogando,  mas " amigas"? Isso é impossível para duas pessoas tão atraídas uma pela outra?

Como se tivesse lendo minha mente, Lisa continua.

- Não há nenhuma razão para que isso tenha um fim, Chaeyoung. Eu desfruto da sua companhia e acho você que você sente o mesmo. Você pode continuar a viver aquí, podemos resolver as coisas entre nós,  lentamente,  enquanto eu finalizo meu passado e vejo onde isso vai dar.

- E o nosso acordo? - eu pergunto.

Seu sorriso travessa ilumina toda seu rosto.

- Amigas, com nenhum sexo. Nosso acordo está acabado.

Minha barriga torce quando eu percebo que eu não sou mais sua escrava sexual contratada e uma sensação desagradável de decepção me assusta.

- Estarei devolvendo o dinheiro, então.

- O dinheiro é seu. Eu nunca quis pagar por sexo, não com você, eu só não queria que você fosse embora com aquele cara nojento. Você é muito legal, muito pura e bonita para pertencer a ele. - Sua admissão tira o meu fôlego. Sinto-me impotente e fora de controle e quero chorar.

- Eu gostei uma boa parte do dinheiro no tratamento de Alice, e não tenho maneira de recompensá-la, mas o resto eu posso devolver a você.  - Eu gaguejo.

- Primeramente, eu nunca aceitaria reembolso. Se eu soubesse de Alice,  antes de tudo isso começar, eu teria prazer em pagar o tratamento experimental. E eu nunca esperaría que você devolvesse o dinheiro.

- Eu não me sinto bem mantendo o restante do dinheiro.

- É seu para fazer o que quiser.

Essa conversa é como um jogo de ping-pong e meu cérebro parece mais confuso.

Comprando uma virgem. G!P  2° temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora