Eu não aceito fracassos muito bem.

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POV: LALISA MANOBAN.

Uma vez que Chae e eu estamos sentadas à mesa da sala de jantar, com os nossos pratos de comida na nossa frente, eu sei que não posso evitar por mais tempo esta conversa. Eu não estou acostumado a trazer as pessoas para o meu mundo, tão completamente. Mesmo quando eu era casada, eu raramente discutia meu trabalho com Suzy. Eu acho que ela nem sabia o que eu fazia, com toda a honestidade. Mas eu também sabia que era hora de mudar.

— Primeiro, eu conheci Hyunji na faculdade. Ela e eu estávamos na mesma fraternidade de negócios. E há alguns anos atrás, quando eu estava a fundar minha Instituição de Caridade, ouvi de um amigo comum que ela tinha se mudado para cá e, estava procurando um emprego. Entrevistei-a, enquanto bebíamos café. Nós não tínhamos nos falado em um par de anos, até aquele momento. Achei que ela era mais do que qualificada. Ela deixou seu emprego em uma grande empresa de comercialização, no leste, para aproveitar o sol da Califórnia. Eu sabia que se não ficasse com ela, logo ela iria ter várias propostas, de empresas maiores.

Chae brincava com o garfo.

— Então, nunca houve nada romântico entre vocês duas?

— Não. — É a verdade absoluta, e eu nunca estive mais grata do que estou neste momento por ter mantido meu pau na minha calça. Eu não poderia suportar outro olhar de decepção cruzar o rosto da minha menina. — Ela é uma empregada, e isso é tudo.

— Tudo bem. Graças a Deus, porque o trabalho ia ser muito estranho se vocês dois tivessem um passado secreto. — Chae sorri e tira um grande bocado de comida de seu prato.

— Agora, em relação ao trabalho. Eu não sou bom em falar sobre os meus defeitos.

Ela olha para mim e sua expressão azeda.

— Tivemos um trimestre ruim e as ações da empresa caíram quinze por cento.

— O que isso significa?

— Isso significa que CNBC e vários meios de comunicação estão discutindo por que a empresa está a afundar e o que a CEO vai fazer sobre isso.

— Oh. Sinto muito, Lisa. Eu não sabia. Eu concordo com a cabeça.

— Eu não aceito fracassos muito bem.

— Isto não é um fracasso, Lisa. Você não é um fracasso. — Seu olhar azul brilhante queima no meu. — Você é uma CEO, aos vinte e oito anos de idade. Isso é incrível, porra. E que empresa não tem maus resultados ao longo do tempo? Ela está certa.

— É verdade.

— Você tem um plano de como vai corrigir esta situação? — Pergunta ela.

— Eu tenho. — Me encontrei com meu pessoal superior durante toda a tarde para elaborar um roteiro de seis meses, que iria nos tirar do vermelho. Daí porque eu estava em casa mais cedo e a beber o licor forte. Tinha sido um dia brutal, mas pelo menos tínhamos um plano. Eu estava assumindo esse fardo sozinha, não querendo preocupar Chae, mas quando ela chega do outro lado da mesa e pega a minha mão, entrelaçando os seus dedos entre os meus, eu vejo o quão errada eu estava. Dizendo-lhe - abrindo-me desta forma - não tornou a situação pior - de alguma forma tornou as coisas melhor. Pelo menos, colocou as coisas em perspectiva. O trabalho era trabalho. Ela sempre estaria lá. Haveria altos e baixos. Mas essa era a minha vida real. Esta mulher, que estava me levando com todos os meus defeitos, me amava, de qualquer maneira.

 — Você tem isto controlado. — Disse ela, dando um aperto na minha mão.

— De fato. — Aperto a dela de volta

Continuamos comendo, e depois levamos, juntos, nossos pratos para a cozinha.

— Por um segundo, eu estava preocupada que seu humor tivesse algo a ver com Suzy, ou seu acordo de divórcio.

Comprando uma virgem. G!P  2° temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora