Voltando a trabalhar.

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POV: LALISA MANOBAN.


Contra a minha vontade voltei a trabalhar. Chaeyoung me garantiu que era importante para nós duas, que retomássemos nossas obrigações cotidianas. Mas, como uma semana se transforma em duas, chae continuou deprimida, transformando-se em uma mulher que eu não reconhecia, sei que precisa de ajuda.

Havia alguns dias que me dava esperança de que ela estava melhorando, cada vez mais. Ela tinha ido correr, também foi na casa de Hyunji, para ver o bebê e conversou com o psicólogo que enviei à nossa casa. Mas, quando cheguei em casa hoje à noite depois do trabalho, o meu coração se estilhaçou com o que vi.

Chae estava sentada na varanda, que se estende desde o meu escritório. O vento batia em seu cabelo, descontroladamente ao redor do seu rosto. Me deu arrepios ao ver essa cena. Uma tempestade estava chegando, mas parece que ela não estava percebendo o que estava acontecendo.

Sua pele estava pálida e sua expressão vazia. Ela era apenas uma casca da garota pela qual eu me apaixonei. Os olhos azuis gigantes estão olhando fixamente para o mar, ela está tomando grandes goles de uísque, direto da boca da garrafa. O jeito que ela toma a bebida sem fazer uma careta ao sentir o gosto, me diz que isto, provavelmente, ocorre regularmente. Merda.

— Baby? — Eu pergunto, me aproximando dela com cautela.

Sua cabeça gira em minha direção e ela pisca várias vezes.

— Estou perdendo a cabeça, Lalisa.

Eu ajoelho em frente a ela, na varanda e seguro seu rosto em minhas mãos.

— Perdendo o quê, doçura?

— Tudo. O som de sua voz. O jeito que ela cheirava. 

Como era quando estávamos juntas...

Eu sento na varanda, sem palavras, segurando seu rosto e vendo seus olhos se encherem de lágrimas. Merda, Lalisa.

Porra, agora ela está completamente fudida. Estou preocupada, mais ainda porque a única pessoa que saberia como fazê-la sentir-se bem novamente era Alice, a irmã com quem ela dividiu o ventre por nove meses, a melhor amiga, aquela que ela amava, sem dúvida. Estou com medo de que eu não tenha capacidade suficiente para ajudá-la e que meu amor nunca vai ser suficiente.

— Eu tenho que fazer xixi. — Ela diz depois de alguns segundos, em seguida, subiu cambaleando sobre seus pés.

Eu a levei ao banheiro, ajudando-a a ficar em pé.

— Quantos litros de uísque você bebeu? — Essa merda é forte. Forte o suficiente para me derrubar, depois de um pequeno copo.

— Não o suficiente. — Diz ela, com os pés girando embaixo dela. Pego na sua cintura, mantendo o rosto levantado para não bater contra o chão. Merda!

Quando chegamos ao banheiro eu puxo seu short e calcinha até os tornozelos.

— Eu estarei no lado de fora.

Ela acena com a cabeça e fecho a porta.

Eu posso ouvir o som dela fazendo xixi e murmurando alguma coisa para si mesma. Algo sobre Starbursts cor de rosa. Que diabos?

De pé no corredor, eu pego o meu celular no bolso e ligo para o número do Jennie.

— Eu preciso da sua ajuda.

— Chae? — Pergunta ela.

— Sim. Ela está bebendo muito. Bebeu quase um litro todo de um uísque de cem anos. Estou com medo e não sei realmente o que fazer.

Comprando uma virgem. G!P  2° temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora