Tudo Que For Possível Fazer (Trilogia dos Desejos #2)

Objetivos realizados

Na hora do almoço, sem surpresa, Cristal e Marcela se sentaram com ele para comerem juntos, sempre falando mais que o normal, deixando espaço apenas para que ele risse de algumas coisas e resmungasse pouquíssimas concordâncias.

Ele estava se divertindo, mesmo que procurasse alguém com o olhar.

E assim se passou pelo resto do mês.

Welleson conseguiu se manter longe de confusão e mesmo que Rosa sempre tentasse de alguma forma pegar no seu pé, agora ele tinha duas amigas dispostas a depor a seu favor, porque na grande maioria das vezes, ele realmente não havia feito nada.

Tinha sido um grande esforço, claro, se manter arrumado, com o cabelo penteado e mantendo a cor, mas ele conseguia, sabendo que estava gostando até demais de tudo que estava acontecendo em sua vida adolescente.

Chegou da escola num fim de tarde de sexta e encontrou o lanche servido à mesa, um hábito que a mãe dele tinha começado na semana anterior, quando Wel chegou passando mal em casa por não ter almoçado.

Como ele tinha que estudar bastante para não ficar para trás, acabou pulando a refeição achando que não ia fazer mal.

No fim, acabou que a situação ruim criou uma boa.

-como foi hoje? – Eliana perguntou sentando à mesa com o filho e o marido.

-cansativo. Juro que não entendo como alguém consegue estudar tudo aquilo e não enlouquecer.

-estudar é muito bom – Edilson dissera passando margarina em um pão – ajuda a crescer e fortalecer a mente.

-bem, sim – o garoto tentava concordar – mas desde quando a escola ficou tão difícil? Achei que eu ia tirar de letra.

-agora não tem mais como voltar atrás. Pelo menos você está numa escola boa. Queria poder tirar foto sua fardado e postar no face.

-é, mãe. Eu também, não vou mentir. Como ficou com o pessoal?

Tirando a parte do trabalho e os poucos amigos da vida adulta que já tinha sido resolvido, Wel pediu ajuda dos pais para juntos, tentarem encontrar alguma desculpa ou algo parecido para o sumiço do filho mais novo do casal. Principalmente para as duas irmãs de Eliana.

Nunca conheceu a família de Edilson, o que foi bom na situação, pois assim seria menos gente para enrolar.

-disse que você se mudou. Está numa cidade mais perto do trabalho.

-acreditaram?

-não muito, mas não pareceram se importar também. Sabe como esse pessoal é com vocês, não é?

-comigo, mãe. E por falar nisso, onde está Lessandra?

-na casa do namorado.

-e ela está namorando?

-tu agora só quer saber de estudar – Edilson solta a piada, batendo com o cotovelo em Eliana e ambos começam a rir e por mais que Welleson tente, não consegue segurar a risada.

O fim de semana passou mais rápido do que ele gostaria, principalmente quando ele chamou Cybelle para procurarem alguma festa no sábado à noite e andaram o centro todo da cidade tentando entrar em alguma, mas por ser menor de idade, não permitiram a entrada.

Teve que aguentar abstinência de dança e álcool, ao mesmo tempo em que a melhor amiga passou horas e o domingo caçoando dele.

Por sorte, ele precisava estudar para uma prova de Patricia que aconteceria na terça, então ele não ficou muito a par do que a amiga dizia.