As complicações de ser um adolescente

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Na semana seguinte à eleição de representantes, iniciaram-se as primeiras provas do primeiro bimestre e por mais que Welleson tenha se esforçado bastante e conseguido muita ajuda de suas amigas e dos demais colegas de classe, ele não tirou boas notas nas maiorias das matérias.

Química e Física não eram surpresas que ele teria tirado bem menos que a média, mas ainda assim ele ficou triste por seu esforço não ter valido tanto.

Quando as notas foram reveladas, com ele já no seu segundo mês de aula, teve todo o apoio possível de Cristal e Marcela e claro, Cybelle, que sempre ia para a casa do amigo tentar ajudá-lo nas suas tarefas.

Mesmo que ela já não lembrasse também de muita coisa.

Não suficiente isso, o problema sobre seu trabalho começou a bater na porta.

Com um mês para sua licença remunerada acabar, ele precisava decidir como iria fazer para manter seu cargo e ao mesmo tempo não deixar seus alunos na mão. Mas ainda não estava totalmente pronto para iniciar com as aulas a distância.

Conforme os dias se passavam, o prazo ficava cada vez mais curto e ele dividia seu tempo entre surtar pela escola e pelo trabalho.

Quando seu supervisor finalmente o ligou para confirmar o que seria decidido, ele aceitou a proposta de ficar em ensino remoto e perguntou se seria possível enviar alguém para que fizesse alguma dinâmica ou algo parecido com os alunos, ao menos por um fim de semana, e ele mesmo pagaria os custos.

Dessa forma, o supervisor não via como não aceitar e assim, dentro de duas semanas, ele estaria indo finalmente reencontrar seus alunos, mesmo que eles não fossem o reconhecer.

Era terça-feira, quando o professor de educação física informou os alunos que iriam começar os testes para formação de grupos e times para os interclasses, disputas entre os colégios de tempo integral da polícia militar.

A maioria dos times seria mantido quando houvesse os jogos estaduais.

Welleson ficou animado com isso, pensando que esta finalmente seria sua chance de brilhar em alguma coisa, talvez fazendo isso pudesse decidir um novo futuro para sua vida, então, depois de quase dez minutos divagando sobre gloria, troféus e campeonatos, lembrou-se de que no final de tudo isso, ele iria voltar a ter vinte e sete anos.

-você ficou meio triste de repente – Cristal comentou enquanto eles almoçavam.

-não é nada... eu só... pensamentos pensantes, sabe?

-fico assim sempre – Marcela não parecia muito entretida no assunto, aproveitando o tempo para usar o celular – acho que é mal da nossa geração. Mamãe disse que é culpa da pandemia.

-ah com certeza é. Eu fiquei presa por muito tempo dentro de casa, você lembra, né Marcela? Meus pais eram totalmente paranoicos com a doença.

-meninas – ele praticamente cortou o assunto – vocês já pensaram o que querem ser quando crescer?

-a pergunta de um milhão de reais – Marcela pareceu se divertir – honestamente? Estou focando na faculdade de direto. Não importa se vai ser na federal ou não. Desde que eu não tenha que pagar, é claro. Mas dentre as opções que me sinto apta, direito com certeza é uma delas.

-a defensora das causas perdidas querendo ser advogada... que surpresa – Cristal brincou e foi empurrada pela amiga – eu não tenho muita certeza, sabe? – o rosto da garota parecia perdido em pensamentos.

-hum... qual a primeira coisa que vem em sua mente quando pensa em faculdade?

Cristal ficou uns segundos pensando, olhava para a comida, para mão, para os lados e então, quando percebeu a impaciência ao redor, finalmente respondeu:

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⏰ Última atualização: Jan 28 ⏰

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