A luta entre deuses e humanos termina com a vitória da humanidade. Agora, é hora de definir qual será a relação entre ambas as raças, visando ao máximo a paz. Para tal, é decidido que as almas dos perdedores das rodadas da grande disputa sejam trazi...
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A DEFINIÇÃO DE TEMPO ERA A MESMA tanto para os homens quanto para os deuses. Todavia, a concepção de como ele passava, se 'arrastando' ou 'voando', era o ponto em que o conceito sofria ramificações. O que para um humano o período de mil anos é um longuíssimo espaço de tempo, para os deuses era um tempo curto como um dia mortal.
Em outros casos o tempo poderia passar diferente para cada pessoa por diversos fatores: uma vida monótona onde os minutos se tornavam horas ou uma vida agitada e de tantas responsabilidades que faziam as horas do dia se reduzirem em um quarto do seu total.
A concepção da passagem do tempo no fim é diferente para cada ser.
Qin facilmente diria que o tempo que vagou por Niflheim tinha durado horas. Mas na verdade, para aqueles que aguardavam sua volta no salão, à espera não chegou nem a marca de meia hora, na verdade nem a metade desse tempo.
Ele ficou em Niflheim por apenas 5 minutos.
Claro que esse fato demorou a chegar nos ouvidos do rei dos homens. Quando viu que estava de volta a Valhala depois de cumprir sua missão, ele resolveu relaxar seu corpo por alguns segundos e acabou perdendo a consciência por conta da exaustão da sua mente.
Ele acabou desmaiando nos braços do deus do submundo. O que não levou a consequências ruins já que estava seguro, mas o chinês adoraria ver e se divertir com as expressões e sons que se limitaram a monossílabas das pessoas ao verem eles retornarem daquela forma tão próxima.
Um pouco relutante, Hades deixou o humano aos cuidados das valquírias que, prontamente, mesmo preocupadas com o estado de Qin, mantinham um olhar hostil em sua direção enquanto ofereciam assistência ao humano. Afinal, o que Hades fazia com seu rival do Ragnarok em seus braços?
O deus do submundo não se importava com os olhares cheios de curiosidade. Tinha assuntos emergentes a tratar antes de se recolher para um bom descanso ao lado de Qin. Seus olhos foram para Zeus em que numa conversa silenciosa transmitia a felicidade de ver seu irmão caçula bem, mas uma tristeza se alastrando aos poucos ao não ver os seus outros dois irmãos.
"Senhor Hades."
Ao virar sua atenção na direção daquela voz baixa mas consistente, não pode conter seus lábios de que levantassem em um sorriso contido.
"Beelzebub, como vai?"
"Eu vou bem, só não posso dizer o mesmo do senhor." Os olhos fundos marcados por olheiras arroxeadas do demônio analisavam cada sinal de dano sofrido que se destacava na pele clara do seu benfeitor. "Permita-me dizer, o senhor está em estado deplorável."
Os machucados, consequentes da ilusão, não sumiram como era esperado. Na verdade a dor estava presente em quase todas as partes do corpo divino.
Hades abriu de vez o seu sorriso. Era bem engraçado para ele a forma como Beelzebub mostrava sua preocupação.
