A luta entre deuses e humanos termina com a vitória da humanidade. Agora, é hora de definir qual será a relação entre ambas as raças, visando ao máximo a paz. Para tal, é decidido que as almas dos perdedores das rodadas da grande disputa sejam trazi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
NIFLHEIM NÃO ERA COMO OS RUMORES diziam. O domínio se estendia pelo horizonte quase infinitamente para comportar temporariamente as almas, que ficavam por um tempo determinado de maneira ainda era desconhecido, até serem devolvidas para o universo - ou devoradas pelo lugar - e não tem uma origem tão antiga a ponto de existir antes dos deuses primordiais.
Mas um ponto que se mantinha certo, mesmo depois do evento dramático que fora o retorno de Poseidon e revelações que o deus dos mares compartilhou com os deuses, era que: A sensação de ser uma alma inteira era um grande pecado.
Beelzebub sentiu seus pés afundarem na superfície formada por cinzas semelhantes a corpos incinerados, logo de certo modo macabro de se associar, macia de se pisar. Quando olhou mais atentamente o solo, pôde notar algo no mínimo interessante. No chão, havia várias pegadas que se cruzavam, indicando que certamente tanto os deuses quanto os humanos passaram em algum momento naquele mesmíssimo ponto. Mas, infelizmente, era a única das poucas coisas que podia ver; a neblina desde que chegara se mantinha espessa, impossibilitando-o de ver mais de dois metros à frente. Os fragmentos das almas eram brilhantes, como milhares de vagalumes que emitiam uma luz da cor verde.
Um suspiro escapou de seus lábios rachados, fazendo-o umedecê-los com a própria saliva para aliviar a aspereza. Sentiu falta de alguma ferramenta divina como a que usara na luta na arena de Valhalla, mas ignorando esse incômodo, convenceu-se de que manter as mãos nuas não causaria complicações futuras.
Os seus primeiros passos foram silenciosos e cautelosos, ao mesmo tempo que sua mente estava barulhenta ao processar aos poucos as palavras mordazes ditas por Amaterasu antes de atravessar o portal.
"Você quer ser livre, Beelzebub."
"Você pode assumir que a liberdade é fazer o que quer: morrer."
"Mas não é sobre o que você quer fazer, e sim ter a escolha, o controle do que quer fazer."
"Intrometida." Resmungou, sentindo sua cabeça doer um pouco apenas de lembrar da divindade. O demônio odiava que uma parte de si ainda analisasse o que a deusa japonesa havia lhe dito. Ele gostaria de rejeitar completamente cada frase dita, mas não conseguia.
