A luta entre deuses e humanos termina com a vitória da humanidade. Agora, é hora de definir qual será a relação entre ambas as raças, visando ao máximo a paz. Para tal, é decidido que as almas dos perdedores das rodadas da grande disputa sejam trazi...
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KOJIRO SASAKI NÃO ESPERAVA reencontrar o deus dos mares daquela maneira. Sendo sincera, também não pensará muito como seria o reencontrar, mas imaginava que não seria exatamente uma situação amigável. Até mesmo os deuses do submundo, ao oferecerem uma arma e um artefato divino para seu auxílio, sabiam o que provavelmente aconteceria.
Mas mesmo que rapidamente, usando sua habilidade de previsão para algo além de suas técnicas de luta, Kojiro, imaginando incontáveis cenários, nada chegava perto da realidade.
Um deus que não transmitia hostilidade - mas uma certa confusão - pensativo e totalmente nu.
Não é como se os deuses gregos fossem reconhecidos por serem recatados. Pensou o japonês desviando os olhos para qualquer coisa que não fosse o deus a sua frente. Mas está completamente desprovido de vestes... Era talvez um pouco de mais. Isso fazia o rosto do espadachim ganhar um rubor nas bochechas, o que deixava levemente constrangido.
Sasaki tinha apenas uma parte de seu rosto visível por trás da pilastra do salão principal no qual se escondeu rapidamente ao notar a presença de Poseidon.
"Não é como se eu pudesse dizer olá a quanto tempo? ... Ele arrancaria minha cabeça." Disse o homem para si mesmo suspirando com um sorriso idiota nos lábios.
"Eu arrancaria, verme."
A voz soou distante, mas Sasaki sentiu o seu corpo parar completamente.
Ao voltar seus olhos para sua direção, lentamente, notou Poseidon olhando diretamente para si autoritário e aparentemente com uma grande ausência de paciência em sua expressão carrancuda.
Sasaki rapidamente notou que o deus não tinha mais a aparência assustadora em seu rosto. Isso o deixou aliviado, o mau humor estampado no rosto divino era muito mais suportável que o sorriso faminto da sua forma de tritão.
Não era do feitio de Sasaki que a lei da natureza que observou durante anos em seus treinamentos fosse vivida na pele. Ele não gostaria de ser devorado por um grande predador.
Poseidon não olhava diretamente nos olhos do japonês, mas Kojiro podia sentir que o deus observava cada detalhe o julgando.
A sua expressão mal humorada dava indícios.
"Aproxime-se." A ordem de Poseidon soou mal aos ouvidos do japonês, tanto que fez uma careta. "Eu não vou matá-lo ainda."
Ainda... AINDA?
Sasaki soltou o ar da boca com incredulidade. Esse deus era um grande muleque!
Aproximando-se com cautela, Sasaki mantinha sua mão repousando no punhal da espada. Qualquer movimento com segundas intenções do deus, Kojiro o traria de volta para o mundo dos vivos da forma que o enviou para Niflheim: sem os dois braços para deixar de ser tão arrogante!
