A luta entre deuses e humanos termina com a vitória da humanidade. Agora, é hora de definir qual será a relação entre ambas as raças, visando ao máximo a paz. Para tal, é decidido que as almas dos perdedores das rodadas da grande disputa sejam trazi...
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ASSIM QUE A ENTRADA DE POSEIDON foi anunciada por Heimdall, as divindades presentes tornaram-se incapazes de expressar qualquer reação além de um silêncio angustiante. Os deuses menores sentiram seus corpos erijicerem, apenas por ver um dos deuses mais poderoso e temível na arena do Ragnarok.
"E quem será? Quem será o imbecil a desafiar o mais temido dos deuses?"
A voz de Heimdall soou por toda arena em um tom dramático como era esperado, mas também sarcástico em referência ao representante dos homens que rivalizaria com Poseidon.
Sasaki Kojiro, mesmo tendo a sua apresentação feita com entusiasmo pela divindade nórdica, tinha seus sentidos apenas e exclusivamente presos em seu rival, cada mínimo detalhe das ações divinas sendo gravadas e processadas em sua mente.
Nossa... Será que aquele velho é nosso representante?
É impossível vencer assim!
Não apenas alguns, mas quase todos os sentados na arquibancada do lado dos humanos se sentiam extremamente furiosos de terem como representante alguém aparentemente fraco e velho.
Até os grandes espadachins do período Edo pareciam duvidosos, afinal era de conhecimento de todos que Kojiro Sasaki era nada mais que um perdedor, o perdedor da humanidade.
Mas mesmo assim, aquele que recebeu a cunha do perdedor da humanidade não deixou se intimidar, ele sabia que devia confiar no caminho da espada que havia ao longo dos últimos quatrocentos anos trilhado arduamente.
Assim como naquele momento, agora o espadachim precisava fazer exatamente o mesmo. Confia em suas capacidades.
O mar era revolto, as ondas batiam com brutalidade no barco. O céu estava com nuvens escuras e pesadas, bloqueando que qualquer feixe de luz solar passasse, o que o impedia de ver nada além da escuridão vinda daquelas águas enigmáticas.
Ele não conseguiria prever os movimentos de seu oponente. E isso, era assustador.
"Hm, essa é realmente uma situação daquelas." Como uma voz até bem humorada, o japonês se preocupou primeiramente em se sentar mais confortável o possível, não fazia bem a coluna se sentar de qualquer jeito.
Já que sua visão era incapaz de o guiar, os demais sentidos seriam. Fechou seus olhos e deixou que em um primeiro momento sua pele sentisse o vento frio pressionar suas vestes tradicionais japonesas para trás, depois seus ouvidos se dedicaram especificamente em captar o soado de Poseidon.
O som parecia perto, terrivelmente perto. Era como se estivesse bem abaixo de si. Seu corpo arrepiou em imaginar Poseidon aparecendo repentinamente, destruindo sua embarcação ao meio.
O território, ou a falta dele, deixava Kojiro Sasaki em uma grande desvantagem. Mesmo tendo uma espada lendária para o auxiliar, não adiantaria muito se seus ataques estivessem limitados no domínio da divindade.
