𝐓𝐄𝐍; 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑜𝑛𝑜𝑠

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DESDE CIVILIZAÇÕES ANTIGAS, a humanidade em sua essência curiosa e necessitada buscava constantemente compreender sobre a natureza, a origem da vida e até mesmo sobre o seu próprio destino

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DESDE CIVILIZAÇÕES ANTIGAS, a humanidade em sua essência curiosa e necessitada buscava constantemente compreender sobre a natureza, a origem da vida e até mesmo sobre o seu próprio destino. Aos poucos, era revelado para os mortais pela própria benevolência divina a compreensão acerca de tais assuntos. A humanidade então se tornou fascinada por essas entidades poderosas e suas histórias.

As histórias mitológicas foram por muitos anos sendo transmitida de geração a geração, oralmente, o que levou muitos fatos sobre os deuses fossem ao longo do tempo sendo alterados ou totalmente esquecidos. Essa circunstância desfavorável não apenas corrompeu o conhecimento humano, mas também das divindades oriundas muitos séculos ou milênios depois dos acontecimentos narrados e transmitidos.

Kojiro Sasaki não tinha a noção de que o altar no qual estava em sua frente detinha nele um fragmento da história divina perdido no tempo, que nem ao menos os deuses mais jovens do panteão grego conheciam.

O altar que era de longe o mais bem preservado da construção onde estava, tinha painéis esculpidos em sua extensão. Sasaki deixou momentaneamente suas preocupações sobre o deus dos mares em segundo plano para entender os painéis. Ele sentia que aquele alta dizia muito sobre Poseidon.

Ele contornou a estrutura em busca de qual parte se iniciava a história contada pelo altar, quando a encontrou suspirou satisfeito se aproximando para entender o que a imagem produzida na pedra significava.

A primeira figura que se destacava era uma jovem, ela estava sentada no chão abraçando os joelhos. Ela estava totalmente sozinha.

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Em algum lugar do domínio do deus primitivo, Nereu, uma pequena e solitária criança de origem divina, tremia em uma gruta fria e escura. Estava próxima da beira do lago da gruta, justamente pelas águas serem cristalinas traziam um pouco de iluminação que não era consumida pela escuridão do lugar. A deusa que mal havia chegado em sua adolescência estava sentada e encolhida sobre si mesma, era possível ouvir seus lamentos se misturando com as lágrimas quentes derramadas sobre o rosto pequeno e delicado.

A filha negligenciada de Nereu, Anfitrite, tinha sido dada para casamento ao grande soberano dos mares, Poseidon. A menina lembrava perfeitamente das palavras sem nenhuma emoção e totalmente frias de seu pai a alguns dias atrás:

"Daqui a três dias, Poseidon virá a buscar. Prepare-se e não traga a desonra a tua família."

O deus primitivo nunca havia demonstrado interesse nela por ser a mais fraca entre suas irmãs, logo, vendo que suas expectativas não seriam atendidas, o deus amargurado em ter uma criança tão frágil a condenou a viver reclusa em seu quarto em um parte afastada de sua morada. Mesmo destinada à solidão, Anfitrite sempre fugia de seu aposento para observar em segredo sua família, sonhando que um dia também pudesse fazer novamente parte.

𝗡𝗜𝗙𝗟𝗛𝗘𝗜𝗠 ʳᵉᶜᵒʳᵈ ᵒᶠ ʳᵃᵍⁿᵃʳᵒᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora