Giovanna
a semana tinha passado rapidinho, eu consegui meu trabalho no salão da rocinha de volta, o que foi pura sorte, já que fui expulsa pelo por brigar com a filha da dona, que me enchia os nervos, sempre que me via na rua.
hoje iria ter uma festa em um condomínio na sul, quem me chamou pra ir foi a Arielly, eu estava mal falando com ela, pelo fato da dona do salão puxar meu saco o dia inteiro, e me deixar até tarde aqui.
nesse momento era 22 horas de uma sexta feira e essa mulher ainda estava aberta, me diz quem vem pra salão essas horas, ela tá querendo é bater ponto.
Vn: bora -falou grosso e eu olhei pra cima, vendo que ele estava mexendo nas coisas da mesa
Gio: ela não me liberou.
Vn: problema filha, tenho que piar pra um bagulho agora e não tem ninguém pra te buscar, teu irmão já foi e nem me esperou, filho da mãe.
Katia: pode ir já, não tenho mais cliente marcada e amanhã eu irei viajar, retornarei na terça feira -falou enquanto arrumava algo na bolsa- aproveite a pouca feiras que lhe dei
eu iria até agradecer, mas essa vagabunda não merecia escutar nada de mim, peguei minha bolsa e sai, subindo na garupa do Vn.
ele estava extremamente cheiroso, a eu do passado ficaria louca por estar perto dele, na moto dele e até segurando nele, eu era apaixonadissima, mas cesou quando ele ficou com uma menina na minha frente, ele sabia que eu gostava muito dele e mesmo assim ficava com outras, eu era conhecida como "a irmã do meu irmão".
ele cuidava super de mim quando eu era novinha, sempre soube quando os meninos ficavam de maldade comigo, afinal ele era amigos deles e escutava tudo, me defendeu desde sempre, mas ele nunca me olhou como eu o olhava e isso me machucava muito, mas hoje em dia é melhor assim e eu até aceitei o fato de escanteio.
Vn: a gente vai encostar na sul, qualquer bagulho manda mensagem po.
apenas confirmei e ia entrar em casa, mas vi o Davi, ele era meu vizinho e foi sim, uma das minhas paixões de adolescente, ele era bem quietinho, mas hoje em dia bebe, se droga, os caralho tudo.
Dv: continua largando tarde é ? -falou parando na minha frente e eu assenti- me da um toque que eu te busco da próxima vez e te levo pra comer, se você quiser claro
Vn: ela não quer não parceiro, mete o pé vai , entra Giovanna
Gio: eu posso muito bem responder por mim, jae? -falei olhando pra ele e ele continuou olhando pro cara- talvez eu aceite, mas contanto que você não comente com seus amigos né, você sabe, fofoca demais com meu nome não rola gato
Vn: não rola nem você sair com ele, quem dirá fofoca com seu nome -falou atrás de mim e eu respirei fundo, sabendo que iria começar tudo de novo- ai parceiro, você vai vazar que ela é mulher de ta em casa jae? você vai procurar outra, essa aqui não é pro seu bico
Dv: engraçado que você não come e não deixa ninguém comer né, Vn ?
Vn: como é? -falou querendo ir pra cima dele, mas eu estava na frente e ele esbarrou em mim- repete aí vai, quero ver mermo
Dv: você não come, e não deixa ninguém aproveitar.
ele empurrou o Dv com força e passou por mim, dando um murro em seu rosto, que fez ele cair no chão e continuou dando murros.
tentei puxar o braço dele e ver que o Davi estava com o rosto sangrando, mas ainda conseguiu revidar, parece que foi pior pelo fato do Vinicius continuar.
Gio: vinicius caralho, para com isso -gritei vendo ele sair de cima do Davi e eu tentei balançar ele, mas o Vn me puxou.
Vn: ele praticamente te chamou de marmita e você continua se preocupando com o cara? puta que pariu Giovanna
Gio: você bateu nele caralho, não precisava fazer isso, eu sei me virar sozinha -gritei vendo ele me olhar- agora ele tá sangrando porra, qual seu problema ?
fui pra perto do Davi e vi que ele tava respirando, liguei pra emergência e ouvi um barulho de moto ligando e indo embora, chamei pela emergência e a ambulância chegou um tempo depois, perguntou se eu queria ir e eu disse que não, apenas falei o nome dele, idade e a rua da mãe dele, juntamente do número.
