Arielly
ontem a noite acabei encontrando minha irmã, ela disse que tinha descido pra buscar um pedido que ela fez e ficamos conversando, ela perguntou pra onde eu tinha ido e acabei mentindo, falando que tinha ido numa boate e que acabei voltando logo por conta que derramaram bebida em mim.
neste momento estava chegando no batalhão do meu pai, era aula de tiro hoje e eu nunca perdia, mesmo não suportando a cara do Heitor.
Heitor: você nem me atendeu ontem, amor -falou abrindo a porta do meu carro e eu sai, sentindo seu beijo molhado- como você está?
Arielly: eu estava com dor de cabeça, me desculpa -menti sorrindo e ele assentiu, pegando na minha mão enquanto eu travava o carro.
a gente foi de mãos dadas pra dentro da sala de tiro e meu pai já estava lá, ele me tratava aqui igual todos, não é pelo fato de eu ser filha, que ele faria desigualdade.
Brandão: demoraram em -falou e eu olhei pra ele, vendo que já estava visivelmente irritado- Arielly, quero você lutando contra o Heitor, na próxima luta, tudo bem?
pois é , ele sempre fazia isso, parecia que queria ver o quanto eu aguentava contra os homens , tinha umas dez ou mais mulheres aqui, mas ele nunca me colocava contra elas.
Arielly: tudo bem, Coronel -falei e fui pro vestiário.
coloquei meu fardamento, prendi o cabelo e coloquei o chapéu, tava querendo somente a aula de tiro, não me enteressava nem um pouco sobre a aula de luta, sempre saiam várias pessoas machucadas.
Brandão: mira, destrava -gritou enquanto eu entrava na sala novamente- atirem
ouvi os disparos, sendo batimos nos alvos em nossa frente, ele fez a mesma coisa várias e várias vezes, quando chegou na minha vez, ele fez questão de gritar mais alto, o que me fez acertar no alvo amarelo, evitei olhar pra ele e continuei com minha aula.
[...]
tinha acabado a aula de luta nesse momento , ficou empatado nas primeiras vezes, 2 para cada um, até ele tomar o controle e ganhar de mim, meu pulso doía, junto da minha cabeça e o resto do corpo.
Heitor: amor -falou e eu evitei olhar pra trás andando pro carro, mas senti ele puxar meu braço- me desculpa, eu queria pegar leve com você, mas você está ótima, evoluiu muito
Arielly: meu pulso tá doendo -falei olhando pra ele- você pisou, eu mandei parar e você continuou, qual seu problema Heitor? eu tinha desistido daquela luta naquele momento e você continuou caralho
Heitor: ei, por que tá falando assim? -falou tentando me abraçar e eu empurrei ele- você sabe que se eu parasse, o Coronel iria brigar, você conhece ele, quantos caras você já fez isso, Arielly?
Arielly: possui uma grande diferença nisso, Heitor -falei abrindo a porta do carro- eu sou mulher, você não diz que mulheres são mais frágeis? ótimo, escute suas palavras e fique atento na próxima vez que lutar contra uma
Brandão: que isso filha -falou aparecendo atrás do Heitor e eu suspirei- não brigue com meu genro, ele estava fazendo apenas o que eu ensinei , e pelo visto ensinei muito bem, parabéns Heitor , ganhou de uma das melhores lutadoras
Heitor: muito obrigado -falou enquanto batia na mão do meu pai e eu revirei os olhos.
Brandão: quero você hoje lá em casa -falou apontando pra ele- às 20:00 horas, vamos jantar e ficar todos juntos, comemorar que vocês vão casar e aproveitar pra marcar a data né
Arielly: engraçado que você fala isso todo domingo -falei enquanto entrava no carro- que quer comemorar nosso casamento , único motivo pra um jantar em família, né papai?
ele ficou me olhando enquanto seu sorriso desmanchava, ele soltou o ar e eu fechei o carro, ligando ele e dando partida, diretamente para casa.