CAPÍTULO 35

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Arielly

Eu estava mandando mensagem pra Giovanna, perguntando se iríamos realmente para praia amanhã cedo e olhei de relance, vendo o bonitinho encostado na porta olhando pra mim. Ele tava com raiva desde que a gente chegou, eu doida pra transar já que minha menstruação tinha ido embora ontem e ele com raiva aí.

Arielly: que cara de bolado é essa? O que aconteceu em ?

Terror: tu deu o que pra aquele moleque lá ? -falou e eu olhei sem entender, vendo ele revirar os olhos e sair do quarto. Me liguei que foi mais cedo e acabei rindo, indo atrás dele- não to achando graça de bagulho nenhum

Arielly: mas eu estou! -falei vendo ele parar e me olhar sério, fechei meu sorriso na hora sentindo tudo em mim se arrepiar com o olhar dele- eu paguei a ele, eu cheguei de Uber mas falaram que o cara não podia subir, então pedi pra um deles me levar até você e ele me trouxe né, paguei por ele me trazer lindo

Terror: tu tá muito exposta vindo aqui -falou baixo mas não o bastante, consegui ouvir e olhei sem entender, vendo ele negar e respirar fundo- não quero você vindo pra cá , namoral mermo. Não é um lugar massa pra você ficar e não quero muito menos tu subindo com os cara que fica na entrada, eles poderiam te levar pra outro lugar, fazer algo contigo e eu não iria saber de porra nenhuma filha. Não faz mais isso, quer me encontrar? Tranquilo, nós marca um bagulho fora da comunidade e fora da sua casa, mas não vem pra cá, assim como eu não vou pra sua casa

Fiquei calada sem saber o que falar e chateada por ele falar que não me queria aqui. Pensei mil e umas coisas por conta disso e todas elas eram as piores possíveis para se pensar.

Arielly: eu trouxe umas coisas pra sua casa -falei vendo ele me olhar da cozinha e perguntar o que, fui correndo no quarto e abri a bolsa pegando a sacola e indo para sala- trouxe coisas de decorações, vi nas fotos que tava muito xoxa sabe?

Terror: eu tava tranquilo com meus bagulhos, eu nem durmo aqui filha, muito menos fico pra comer alguma coisa -falou enquanto tirava umas coisas da sacola que ele saiu pra comprar comida- mas pode colocar tuas coisas aí, caso a gente se separe, eu jogo tudo no mato ou queimo, e ainda mando foto pra você

Encarei ele vendo o "caso a gente se separe" , como se fôssemos um casal e já comecei a me iludir daí.

Arielly: que história é essa que você não dorme aqui? -falei vendo ele me encarar e respirar fundo- essa ideia de caso a gente se separe, somos um casal por acaso é? Não entendi isso direito, me explique por favor

Terror: filha, eu não tenho por que dormir aqui sozinho. Fico na casa de mãe e ela nem reclama comigo dormindo lá -falou colocando a sacola no lixo e vindo até mim, senti ele encostar a mão na minha cintura e fui pra trás no impulso sentindo meu corpo bater contra a cama- e em relação ao casal, não somos nada disso. Somos ótimos amigos que se ajudam na hora que dá né, cada um tem sua vida filha, tem seus esquemas e a porra toda aí

Fiquei encarando os olhos dele procurando não a ver verdade naquelas palavras, mas pareciam sinceras o bastante para o momento. Ele tinha os esquemas dele e eu os meus, mas o único problema é que além dele não existia ninguém e eu estava apenas sentindo alguma esperança sozinha. Sai do meu transe quando ele sorriu e me beijou, beijei ele de voltando enquanto passava os braços ao redor do seu pescoço, quando senti sua mão subir pra dentro do meu short, eu tirei vendo ele parar e me olhar.

Arielly: ainda to menstruada - menti vendo ele mudar a expressão- talvez vá embora hoje , ou amanhã

Terror: como tu vai pra praia então? - falou se arrumando em cima de mim e me olhando nos olhos

Arielly: caso ela não vá embora hoje, eu posso colocar um OB sabe, que coloca lá dentro e estanca o sangue pra ir pra praia ou piscina, essas coisas.

Vi ele fazer uma cara de nojo e sair de cima de mim, gargalhei com isso e vi o celular dele tocando, me arrumei na cama vendo quem era e era a Viviane. Vi que ela tinha ligado mais vezes e não tinha tocado antes, olhei ele vindo e pegando o celular pra ir atender fora do quarto. Fiquei encarando a porta enquanto ele tava lá e ele voltou depois de um tempo, pegando uma camisa no guarda roupa.

Arielly: o que aconteceu ? -falei depois de ver ele procurar algo e pegar a carteira junto da chave da moto-

Terror: Kauan tá no hospital, preciso ir pra ver ele -falou e eu fiquei encarando ele, ele ia sair do quarto mas parou e me olhou de lado- quer vir não?

Neguei e falei que iria fazer alguma coisa para comer, ele disse que qualquer coisa iria me ligar. Disse que não iria me deixar dormir sozinha e podia provavelmente só chegar tarde, apenas concordei e vi ele saindo de casa enquanto eu ia pra cozinha fazer algo para comer.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora