Terror
cheguei em casa e vi a Giovanna, deitada de cabeça pra baixo no sofá, ela me viu e nem mexeu um fio de cabelo, Ignorei ela e subi direto pro banho.
Quando terminei, só ouvi os gritos da minha mãe e quando apareci, ela começou a me bater e eu não tava entendendo porra nenhuma.
Jessica: já mandei você avisar quando for sair Kayke, vai que você morre e eu não sei onde você tá metido?
Terror: quer que eu morra é? não tô entendendo legal dona Jessica
Ela me ignorou e disse que ia sair hoje de noite, que era pra os dois ficarem em casa e ajudar um ao outro. Olhei pra cara da Giovanna que parecia que não dormia fazia uns três dias.
Terror: papo de que Arielly vai falar contigo, eu acho, expliquei que a culpa não foi sua e ela parece uma morta, igual a tu
Gio: ela parece sentir saudades de mim? -falou e eu dei de ombros- você não sabe de nada também né? Talibã tava atrás de tu, desde ontem, mas você passou o dia fora e não atende o celular
Terror: atendo mermo não
Deixei ela sozinha e peguei minha moto, indo pra goma do cara, nunca me chama, quando chama é pra dizer lorota no pé do ouvido, chega dava raiva do cara, mas é chefe né, fazer o que?
Bati na porta várias vezes, até ele abrir, tava com uma cara de sono do caralho, tava somente de samba canção enquanto tava todo desarrumado.
Terror: me acionou e eu vim, azar o seu que tava dormindo né?
Talibã: te chamei ontem, filho da puta, tava aonde em ? Não atende a porra do celular nem nada
Terror: com a tua filha -falei me sentando no sofá e ele me olhou no puro ódio- na verdade a gente não sabe se é cria tua mermo né? Preciso de algumas provas ainda, acho que a irmã dela deve saber de algum bagulho, pedir pro mano Jp falar com ela, ou eu mermo falo
Talibã: pode crer que ela deve saber mermo, mas isso é papo pra você. Sai da minha casa e quando for pegar meu ape na sul, avisa porra, descobri que tava no meu de angra, tá moleza andar por aí né?
Terror: pode crer que tá
Sai da casa dele e fui direto pra boca, nos tinha um assalto em mente e tava terminando de organizar os bagulho, papo de que final de mês ia geral pra sul e fazer, madrugada e quando não tivesse movimento nenhum.
[...]
Vn: acho que eu quero a sua irmã -falou e eu olhei pra ele de lado-
Terror: se liga maluco, vem falar esses bagulho pra mim é? Problema é teu
Vn: achei que tu não ia gostar de eu dar ideia porra, mas ela é meio chata, curto mulher chata não, muito problema pra minha cabeça
Terror: só ignorar, faço isso com todas.
Vi um carro preto tentar subir e os cara barrar ele na entrada, quando o vidro abaixou, vi que era o maluco infiltrado da polícia, ele ajudava o talibã num bagulho aí, já que ele ainda tava sendo procurado e qualquer momento podia encostar cana na favela.