Terror
abri o pino pra começar a carreira, mas vi a porta abrir rápido e o Talibã entrar, ele me olhou desconfiado e eu coloquei o pino no meu bolso.
Talibã: tá fazendo o que em porra, te mandei ir atrás dos bagulho e tu nada
Terror: já te falei que a mina era filha dele, tu quer que eu faça mais o que em, não tô te entendendo
Talibã: quero que você se envolva com ela e descubra mais coisa, sei lá, transa com ela, conquista pra chegar na casa dela e vê se tem algum escritório, algo que nos ajude
Terror: muito papo de moleque isso daí, já disse a tu que comigo não rola, mas eu vou tentar e quero aumento no meu salário só por conta disso.
Talibã: tu acha que tua mãe sabe de algum bagulho? -falou e eu olhei pra ele de lado- que ela sabe sobre meu cria e não quer falar, vou tentar bater um papo com ela, no dia do almoço eu tentei mas ela tava falando sobre altas coisas e eu viajei
Terror: tá viajando demais na mãe do parceiro
Talibã: fala pra ela que se ela der brecha, o pai ainda pega
olhei bem pra cara dele que saiu da salinha rindo e eu xinguei ele de todos os nomes, querendo liberdade com a coroa dos parceiros, que bagulho é esse, já basta quando eu era da escola e ela ia me buscar, escutava altas coisas dizendo que pegariam e tudo mais, já quebrei nego nessas brincadeira aí.
montei minha carreira e cheirei devagar e na maior paz que eu tinha, fiquei levinho.
[...]
Vn: tu fumou quantos hoje em, tá rindo do vento porra, to falando nem porra nenhuma.
Jp: acho que ele cheiro cocaína
olhei pra ele e acabei rindo, a gente tava na orla da praia e desceu todo mundo pra tomar banho.
Vn: ela é casada?
falou olhando pra um lado e eu olhei também, vendo a Arielly com um cara, eles tavam de mãos dadas enquanto ele falava algo com ela que ria, olhando para os lados.
Jp: eu falei que aquela aliança não era atoa
Terror: já falei parceiros, casada é melhor, e mais fácil
Jp: você quer ela né, já tô te vendo de tempos, maluco quando quer corre que nem cachorro
Vn: olha quem fala
Jp: olha quem fala você, brigou com a Giovanna e toda vez que passa com ela, fica olhando igual um besta
ele deu um murro no braço dele e eu neguei, vendo que a outra tava olhando pra gente enquanto o namorado dela pedia algo no mesmo quiosque que a gente estava.
ignorei e voltei q tomar minha cerveja, tava geral pilotando a moto e eu tava tentando ficar sóbrio o bastante pra voltar pra casa.
- essas pessoas que vem beber em orla de praia, deviam estar em bar de esquina, incomodando os banhista, já viu isso amor?
Jp: esse filho da puta tá falando da gente é ?
Vn: pode apostar que tá, aí parceiro, fala mais algo que tá meio difícil de ouvir sua voz, não sei se é o som ou você tá com medo de falar da gente
- caso vocês estão se doendo, talvez é porque são vocês mesmo que foram mencionados né, favelados são todos iguais
Terror: adoraria te mostrar como um favelado se comporta
empurrei ele vendo ele gritar na minha cara e dei um murro na cara dele, vendo ele ir pra trás e tropeçar, caindo no chão.
Arielly: para com isso
Terror: gostou? se quiser de novo é só falar
- filho da puta
olhei ele tentar se levantar e eu empurrei ele de novo, dando outro murro no seu rosto e sentindo minha mão arder, dei mais um e chutei sua barriga, vendo ele tossir e sair sangue de sua boca.
Terror: seu arrombado, próxima vez que eu te ver e tu falar merda, eu te mato, tá me ouvindo né, eu te mato.
vi ela se agachar junto dele e ajudar ele, ela ficou me olhando com um olhar de medo, mandei eles se foderem e sai andando, vendo que os cara tava tentando me tocar mas não tocaram.
Vn: tu espancou o cara, tá maluco é
Jp: maior merda, Terror, na pista ainda mano
Terror: ia ficar ouvindo ele chamar a gente de favelado calado é? ele mereceu e se achar que quer mais, vai apanhar de novo, pra aprender a tratar os outros bem, não é porque ele tem dinheiro, que tem o direito de desmerecer os mano da favela não
fui pra minha moto e subi nela, minha raiva subiu pra cabeça e se eu pudesse, espancava mais aquele otario, mas minha probabilidade de ser preso iria ser maior.