CAPÍTULO 29

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Arielly

estava com maior tédio do mundo, estávamos num restaurante todos juntos, Kayke estava no mesmo restaurante e uma mesa a frente, ele bebia o vinho de sua taça enquanto me olhava, tava quase indo lá para matar ele engasgado.

Brandão: o casamento de vocês é para Janeiro mesmo?

Heitor: sim senhor, sua filha que decidiu sobre isso e como ela sempre está certa, eu concordei sem nenhum receio, ela sempre faz as melhores escolhas

olhei para ele vendo que aquilo era total mentira , que ele tinha decidido sobre isso tudo sozinho, que me avisou em cima da hora e eu não pude retrucar em nada.

bebi um gole do meu vinho e eu já estava na minha terceira taça, sempre que saiu com eles, e sempre gole de vinho para aturar a chatice da Marta.

vi o Kayke levantar e vir na direção que a gente tava, neguei rapido e meu pai percebeu, enquanto olhava pra onde eu estava olhando, ele passou por nós mas foi questão de segundos pra meu pai falar algo.

Brandão: este né aquele seu amigo? Patrick né -falou e eu dei de ombros- Patrick

Kayke virou olhando pra ele e deu um sorriso de lado enquanto vinha na nossa direção, revirei os olhos e ele apertou a mão do meu pai.

Terror: não tinha lhe visto coronel, como esta?

Brandao: estou ótimo, não sabia que você frequentava este restaurante, ótimo gosto você tem, fiquei impressionado

Terror: pelo visto o senhor tem o mesmo, atendimento aqui é ótimo, comida também

Brandão: está sozinho? sente conosco, estamos em um jantar de comemoração ao casamento da minha filha, esta mais perto do que longe

ele me olhou com um sorriso e sentou na cadeira que estava vazia ao meu lado, já que estava ocupada pelo Heitor, mas ele resolveu fazer o tal brinde em pé.

Heitor: me desculpe, mas acho que lhe conheço de algum lugar

Terror: nunca te vi na vida, você é algo da família do coronel?

Heitor: sou marido da Arielly, prazer.

Terror: interessante.

Heitor me olhou e eu dei de ombros, ele sentou na cadeira que tinha ao lado do meu pai e continuaram conversando algo qualquer.

senti uma mão na minha perna que estava coberta por um vestido longo de fenda, olhei na hora e vi a mão do Kayke, tinha uma tatuagem subindo para o braço e eu adorava essa tatuagem dele, junto a todas as outras do corpo.

vi ele afastar a fenda do vestido e ter contato com minha perna por completo, ele conversava normalmente com meu pai enquanto descia sua mão sobre meu corpo, ele subiu novamente e encostou na minha calcinha, eu estava incomodada por estar completamente arrepiada com apenas um toque desse homem.

me arrumei na cadeira enquanto ele continuava com a mão ali e não fez mais nada, apenas deixou e voltou a mão para minha coxa, apertando ela.

[...]

Arielly: quero saber como você convenceu meu pai de deixar você me levar

Terror: teu coroa acredita em vários bagulhos, meti um sério dizendo que tinha uns bagulhos do teu interesse na minha empresa e é isso parceira.

A gente tava num hotel, em angra dos reis, bonito inventou para meu pai que iria me mostrar algo do interesse de ambos.

Terror: meti um serinho dizendo que ia te mostrar uma empresa de estilista, ele disse que você sempre gostou desse bagulho, olha so que coincidência né

ri daquilo e olhei a vista de tinha para praia, estava a noite, 23:30.

Arielly: não sabia que você tinha apê em angra

Terror: não sabe de muitas coisas sobre mim parceira, e não vai ser eu que vou te contar, tem fofoqueiro demais pra isso por aí

vi ele acender um baseado, ele tava sem camisa e apenas com um calção que ele arrumou não sei onde, esse homem conseguia ser bonito de qualquer maneira, isso me impressionava de um jeito.

ele negou com a cabeça e foi pra dentro de algum cômodo, aqui era real uma "casa", tinha cozinha, juntamente de uma sala pequena e a cama, eu achei útil demais.

senti meu celular vibrar e vi uma mensagem do Heitor, "está gostando da empresa? tô morrendo de saudades de você", Ignorei deixando de lado e continuei olhando a vista do apartamento.

Fixava triste por mentir pra ele assim, mas se meu pai descobrisse que eu quero terminar ou pensasse que eu quero, ele iria me expulsar de casa ou até mesmo algo pior, tinha medo disso tudo.

Terror: não falou com a Giovanna mais não? -falou e eu neguei- deveria, ela nao mentiu por que quis, mentiu porque era necessário, ela não queria dizer que o irmão dela tava envolvido com coisa errada e tá certa, e papo de que nem eu sabia que tu tava por aqui ainda, descobri sozinho e não briguei com ela por isso

Ignorei ele e senti algo nas minhas costas, olhei pra trás vendo que ele tinha jogado uma almofada e eu joguei nele de volta, vendo ele sorrir de lado.

[...]

Acordei e não tinha ninguém no ape , pensei em ligar mas meu celular tava descarregado, coloquei pra carregar num carregador que tinha ali, tentei ligar ele mas tava em 0.

Hoje era o dia que eu pegava turno duplo a noite, mas iria folgar no domingo, então eu estava tranquila em relação a isto, não iria reclamar por nada.

Vi a porta abrir e vi o Kayke com várias coisas na mão, ele me olhou e fez cara feia, ridículo.

Terror: comprei uns bagulho pra tu comer, inclusive, teu pai ligou várias vezes e quando fui atender, teu celular descarregou. Se liga e fala que tava na casa de alguem , enrola ele aí.

Arielly: ele vai achar que eu tava com você, isso sim

Terror: e não tava? -falou enquanto vinha pra cima de mim, senti ele encostar a boca na minha mas desceu beijando meu pescoço e puxando o lençol- levanta e vai comer, agora!

Fingi que nem tinha escutado, mas ele me levantou e me levou pra mesa, tinha iogurte e pão de queijo, amava, comi junto com ele enquanto deixava meu celular carregar e terminava de ter minhas horas de paz.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora