CAPÍTULO 17

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Terror

fiquei olhando o jp cumprimentar a mina todo sem jeito, parecia um virgem que nunca tinha visto uma mulher e olha que esse maluco vivia fodendo por aí.

Gio: que caralho você tá fazendo aqui -falou me puxando e eu vi uns retratos na cômoda, mas ela me balançou e eu olhei pra ela de novo

Terror: qual foi filha, se liga, meu parceiro me chamou e eu vim

ela ficou me olhando desconfiada e eu continuei com a merma cara, até ela sair de perto de mim, voltei a olhar pra as fotos e vi uma do Coronel, minha expressão mudou na hora, sabia que tava na casa do cara e qualquer movimento podia ser morte na certa.

Brandão: gostou das minhas fotos ? -falou e eu olhei pra ele de lado, assentindo- essa foi quando me tornei coronel, você tem interesse rapaz?

Terror: talvez -murmurei vendo ele me olhar sorridente- não acho que eu me acostume lá dentro, mas tenho vontade de seguir, ouço falar muito do senhor, o melhor coronel do Rio de Janeiro, que salvou muitas pessoas

Brandão: pois é , pensão que essa vida é fácil, mas eu lutei muito para chegar onde cheguei e dar o melhor para as minhas filhas, já conhece elas?

neguei e ele disse que iria me apresentar, disse que gostou muito do meu interesse em querer seguir a mesma carreira que ele e disse que se via em mim.

Brandão: filha esse é o -falou e me olhou- qual seu nome mesmo rapaz?

Terror: Richard -menti vendo ele sorrir e repetir meu nome.

me apresentou a mais velha dele, Fabi, comentei que era amigo do Jp e ela pareceu ter gostado, depois me apresentou a outra, Arielly, fiquei parado no tempo e lembrei do nome da merma menina que conhecia na infância, amiga da minha irmã, mãe dela era amiga da minha mãe, mas nunca mais ouvi falar dela.

Arielly: oi -falou e eu não falei nada

falei que tinha ir embora, ele ficou sem entender e eu sai do apartamento, pedindo o elevador rápido e entrei dentro dele, parecia que minha garganta tava sufocando sem nem fazer nada, sentia falta de ar e uma vontade de usar cocaína, eu tava tendo recaída.

parei na frente da moto e respirei fundo, outra recaída e eu estava perto da morte, já tive duas overdose por conta da cocaína, sempre que podia, passava longe, minha mãe se decepcionava sempre que eu pensava em usar.

Vn: Kayke -falou me encostando e eu empurrei ele- caralho, que foi porra, se liga, tá com o que

Terror: preciso ir pra casa -falei rápido e ele assentiu na hora- tô com vontade de usar de novo

ele entendeu e não falou nada, quando acontecia geralmente eu usava um pouco, não exagerava, mas usava pra desligar minha mente.

ele me levou pra casa e eu fui direto pro meu quarto, abri a gaveta e peguei o pino de cocaína que tinha dentro, tava quase sem nada, botei um pouco no dedo e cheirei, sentindo meu corpo se arrepiar e a energia subir pra minha mente, senti minha visão pesar na hora e deitei na cama com o impulso , fiquei olhando pro teto até fechar os olhos e não sentir mais nada.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora