|βΙοοd αηd Fɩɾε - Quando os pulmões de Johanna Bennett pararam de funcionar, o coração de Johanna Baratheon bateu pela primeira vez. Renascida em um mundo novo e com a bênção dos deuses valirianos, ela têm de se adaptar nesta nova realidade em que o...
O cheiro nos aposentos do herdeiro era insuportável, era uma mistura de suor, de sangue e de podridão. Baelon estava deitado imóvel enquanto respirava com dificuldade, rodeado de vários meistres e curandeiros de Essos que tentavam perceber a causa da barriga extremamente inflamada do príncipe herdeiro.
Johanna e Daemon entraram nos aposentos reais sem se importar com o cheiro que preenchia o quarto. Eles lentamente aproximaram-se de Baelon, pedindo privacidade para todos Daemon pegou na mão de seu pai.
- "Pai?" – chamou Daemon com pequenas lágrimas nos olhos, mas sem permitir que elas caíssem – "Pai? Sou eu, seu filho."
Baelon com um pequeno gemido virou a sua cabeça em direção a Daemon e estendeu a mão agarrando a parte de trás do pescoço dele sem forças: - "Daemon." – Baelon clamou com dificuldade – "Filho, não devias estar aqui. A ver-me morrer."
- " Pai. Por favor, eu quero te apresentar duas pessoas antes de ..." – Daemon calou-se no meio da sua frase, sentindo o seu peito apertar.
Johanna lentamente aproximou-se e sentou-se na cama permitindo que Baelon visse os seus netos. Um soluço saiu da boca de Baelon quando viu uma menina com os cabelos loiros como a sua Alyssa e um menino com heterocromia: um olho violeta e outro azul nos braços de sua sobrinha.
- "Tio, esta é a pequena Alyssa como a sua avó." – apresentou Johanna com a voz embargada do choro – "E este menino é Baelon, como o avô"
Baelon pegou na mãozinha de Alyssa e na de Baelon com bastante custo e deu um sorriso cheio de dor: - "Olá, queridos. Sou o seu avô Baelon."
Johanna deixou sair mais um soluço e passou as crianças para Daemon que tentava a todo o custo não deixar cair nenhuma lágrima. Ela com bastante cuidado pousou a sua cabeça no peito de Baelon e chorou.
- "Me perdoa, tio. Me perdoa." – ela sussurrava com dificuldade – "Por favor, me perdoa. Eu não podia te salvar. Eu posso mudar algumas coisas, mas algumas tem de acontecer." – Johanna falava com força sentindo a mão de Baelon nos seus cabelos negros – "Mas eu lhe garanto tio, que Balerion te reunirá novamente com a tia Alyssa, com Aegon e Aemon."
Baelon fez com que ela olhava para os seus olhos violetas: - "Querida, não tens de desculpar. Eu percebo completamente, mas alegra-me saber que irei novamente reunir-me com a minha Alyssa, com Aegon, poderei ver novamente Aemon, Viserra e Daella.
Daemon entregou os seus filhos para uma criada e deitou-se do outro lado da cama do seu pai e aconchegou-se ao seu corpo ignorando o cheiro que o rodeava.
- "Pai. Por favor..." – Daemon sussurrou baixinho sentindo as forças do seu pai irem embora.
- "Apenas me promete, querida, que cuidarás de Daemon, vais apoiá-lo e ser a razão na vida dele, e cuida da tua mãe, diz-lhe que eu estarei a cuidar dela no reino de Balerion." – Baelon falou com dificuldade antes de virar para o seu filho mais novo – "Cuida da Johanna e dos meus netos, eu sei que te recentes do teu irmão e das suas atitudes mas cuida de Viserys também. Tenho orgulho do homem que estás a te tornar, Daemon. Eu te amo, filho"
Johanna agarrou-se a Baelon sem machucá-lo ou apertar: - "Eu prometo, tio. Eu prometo." ." – então ela inclinou-se um pouco até ao seu ouvido – "Eu o vingarei, tio Baelon."
- "Eu também te amo, pai."
Baelon olhou uma última vez para o seu filho mais novo, que veio visitá-lo diferente de Viserys e olhou para a sua sobrinha com um sorriso no rosto. Ele fechou os olhos, sabendo que a Casa Targaryen estava nas mãos certas.
Daemon e Johanna sentiram Baelon perder as forças dos seus membros e parar de respirar, quando olharam para o seu rosto, ele estava com um pequeno sorriso calmo no rosto.
Daemon sentou-se com rapidez abanando a cabeça em negação, ele sacudiu o corpo do pai sem vida enquanto gritava pro ele. Johanna soluçou mais alto e acompanhava os gritos de Daemon, sentindo-se culpada pela morte de seu tio e pelo sofrimento de Daemon.
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A família Targaryen, Velaryon e Baratheon olhavam para a pira funerária com lágrimas. Jaehaerys abraçava Alysanne que chorava silenciosamente com a morte do seu oitavo filho. Vaella segurava com força a mão de Aethan e de Jocelyn, sua pele estava mais pálida do que habitual, seus olhos eram rodeados pro olheiras enormes e seu rosto continha um vasto vestígio de lágrimas.
Viserys deixava pequenas lágrimas caírem enquanto mantinha a sua mão fortemente apertada à da Aemma, que tinha também uma aparência bastante doente. Rhaenyra segurava o vestido da mãe com força, enquanto escondia-se para ninguém ver as suas lágrimas.
Rhaenys e Corlys estavam atrás de Daemon e Johanna dando-lhe apoio, o casal estava abraçado e como os restantes choravam deixando as lágrimas caírem silenciosamente.
Caraxes que estava no enorme pátio, soltou um rosnado triste sentindo a tristeza do seu cavaleiro. Daemon olhou para o seu dragão sem nenhuma emoção no rosto, Johanna então apertou os braços que rodeavam o seu corpo com força fazendo Daemon olhar para ela.
Com um aceno encorajador que Johanna lhe deu, Daemon encarou Caraxes que deu mais um passo antes de atear fogo na pira funerário onde o corpo de Baelon queimava como um verdadeiro Targaryen.
Revisado(1068 palavras)
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01. Olá meus amores, desde já peço desculpas pelo enorme salto no tempo e pelo capítulo pequeno.
Foi um dos capítulos que me custou mais a escrever, chorei do início ao fim dele.
02. Eu não me lembro se no livro mencionaram como foi a morte de Baelon (eu sei que no livro fala da barriga estourada mas estou a referir-me a detalhes concretos), modifiquei um pouco para correspondeu a um veneno.
03. Próximo capítulo teremos o Grande Conselho e temos três reivindicação ao Trono de Ferro: Rhaenys, Viserys e Daemon.
04. Preciso de ajuda a escolher um personagem para Viserys no Ato II, recuso-me a usar o maravilhoso Paddy Considine num personagem de 28 anos.
