βΙοοd αηd Fɩɾε

Capítulo VIII

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Ano 99 D.C

Westeros, King's Landing – Fortaleza Vermelha

Os passos ecoavam pelos corredores vazios da Fortaleza, sombras das silhuetas dançavam pelas paredes escuras que apenas estavam iluminadas por umas tochas. Os passos pararam em frente à porta dos aposentos reais da Fortaleza de Maegor, o casal olhou para os guardas pedindo com um olhar para serem apresentados.

A porta foi aberta e eles lentamente entraram nos enormes aposentos. Jaehaerys olhou para os seus netos com um olhar de confuso, enquanto Alysanne ainda estava a tentar acorda completamente.

- Qual o motivo de nos acordarem a uma hora destas? – Jaehaerys perguntou mal-humorado.

Johanna abaixou o olhar para o chão deixando pequenas lágrimas cair do seu rosto: - Me perdoe, Vossa Alteza. Eu não sabia o que fazer, preciso falar com vocês.

Daemon pegou o rosto da mulher e limpou as pequenas lágrimas, enquanto a rodeava nos seus braços dando-lhe conforto. Ele olhou para o seu avô e avó, e olhou novamente para Johanna que tremia levemente.

- "Querida, porquê não contas o que sonhas-te ao avô e a avó?"

Jaehaerys endireitou-se repetidamente na cadeira, percebendo o desespero da sua neta mais nova e o que significava a fala de Daemon. Ele faz um gesto para ambos sentarem-se perto dele, enquanto olhava para Alysanne com atenção.

- "Eu... Eu tenho sonhos deste que me lembre." – Johanna começou lentamente sem encarar os mais velhos – "Sempre acontecia, mesmo que possa levar um dia, uma semana, um mês ou um ano. Apenas a mãe, o pai, Theo e Daemon que sabem, mas o que eu sonhei hoje..." – um pequeno suspiro saiu da boca da mais nova, ela então encarou os olhos do velho rei – "É a primeira vez, que eu sonho com a morte de um Targaryen. Eu acho que é por estar mais perto de vocês..."

- "O que aconteceu no teu sonho, minha querida?" – perguntou Alysanne calmamente.

-"A tia Gael, sentia-se sufocada com a prisão que você a está a manter."- Johanna falou baixinho – "Então ela conheceu um cantor viajante, na Corte. Ele seduzi-a, engravidou-a e abandonou-a. Tia Gael ficou devastada, esperou o nascimento de seu filho mas apenas nasceu um bebé natimorto, e ela não aguentou a dor e suicidou-se em Águas Negras no final do ano."

Alysanne ofegou enquanto agarrava o seu peito com dor. Sua amada filha morreria, tudo por sua culpa. Ela levantou-se rapidamente e jogou-se para a sua neta agarrando os seus ombros com cuidado.

- "Querida. O que fazemos para impedir?" – Alysanne pediu desesperada. Ela não aguentaria mais uma morte, ela já perdeu tantos, apenas lhe restava Baelon, Vaella, Vaegon com quem ela não falava, Maegelle, a sua Saera e Gael. Dos 14 filhos que ela teve, apenas 6 lhe restavam.

- "Eu não tenho a certeza, avó. Eu acho que a tia Gael, queria ser como nós. Ela já tem idade de casar e não lhe foi prometido ninguém, ela tem medo de ficar presa a senhora para sempre." – Johanna falou com cuidado, tentando abrir a mente de Alysanne – "Ela tem medo de ter o mesmo destino de Daella, Viserra ou Alyssa."

Daemon então pegou a mão da sua avó apertando-a calmamente fazendo a mais velha olhá-lo: - "Avó, porquê não damos a Gael o mesmo que cada um de nós têm? Um noivo valiriano?"

- " Baelon não se casara novamente. Você acha que a minha Gael sobreviveria com o irmão de Corlys? Ou um dos seus sobrinhos? Já basta a minha Rhaenys que se apaixonou por Corlys." – Alysanne exclamou alto enquanto balançava a cabeça em negação.