Capítulo 19

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Nathália

Já estava pronta, estava com uma saia jeans de lavagem clara e um cropped rosa escuro, coloquei um tênis e fiz a make que eu costumava fazer, estava bem menina moça.

Assim que os meninos saíram de casa Renan foi ao mercado comprar as coisas que faltavam e depois veio me buscar. Eu e Lua descemos juntas mas Renan chegou pouco antes dos nossos amigos, estava entrando no carro quando vi eles chegando.

— E aí, gatinho — falei dando um beijo em seu rosto.

— Fala aí vida, partiu? — assenti. — Queria ver a cara do teu irmão ali atrás.

— Ele acha que manda em alguma coisa — ri e ele deu partida enquanto o carro do Marcelo seguia caminho pro lado oposto — Comprou o que faltava?

— Sim, tudo certo. Teu drink de pitaya vai sair — disse sorrindo e virando a rua.

— E o fondue? — perguntei ainda o olhando e sorri.

— Vai também, tô só na vontade — ele disse e eu salivei só de pensar.

Em 8 minutos chegamos na casa e era até estranho estar ali sem ser pra ver meu irmão ou meus manos.

— Fica à vontade — ele disse assim que entramos, trancou a porta e foi indo pra cozinha largar as sacolas — Tarde pra jantar né? Perdão, Nathi.

— Imagina, eu comi uma coisinha antes mas daqui a pouco já vou estar querendo comer até as paredes — larguei minha bolsa num sofá e ele voltou da cozinha.

— Vou começar já, te apresentar meus dotes culinários — se fosse só esse dote que eu queria ver...

— Então tá, quero só ver — sorri de volta pra ele que chegava perto de mim.

— Tá demais, hein — me olhou de cima e baixo e pegou minha mão, me puxando devagar pra ele — Tava querendo muito essa boquinha de novo — a voz grave e baixa me deu arrepios.

— É mesmo? — mal terminei de falar e ele já grudou nossos lábios. Ele era um puta de um homão e me deixava com um tesao absurdo, mal nos conhecemos mas a química estava forte.

Não sabia ao certo a intenção dele, se montou todo esse date fofinho pra me comer e tchau ou ele queria me conhecer mesmo. Iria descobrir.

Nos pegamos um pouco demais e depois fomos pra cozinha pra ele começar os trabalhos, colocou uma música na jbl e assim que começou a cozinhar, foi preparar o drink pra mim.

Quando ele disse que iria fazer Fusilli com mignon gratinado superou minhas expectativas. Ele era um daqueles caras que exalava um ar elegante, sabe? As palavras que ele usava e o jeito que ele falava, me deixava mais interessada. Sabia cozinhar de tudo de acordo com ele, ainda quis fazer o drink que eu gosto e comida pra mim... acho que já posso me casar né? Foda-se que foram só duas ficadas.

— Que cheiro é esse, meu Deus — falei bebendo meu drink e sentindo o cheiro da comida enquanto ele estava no fogão, eu já estava delirando de vontade.

— Espero que tu curta loira, não sou profissional — falou.

— Certeza que eu vou, relaxa — falei porque como até pedra se deixar. Cheguei perto e me encostei no armário ao seu lado, quando ele me olhou desviei o olhar pro fogão.

— Mas e aí Nathi, a gente não conversa muito sobre vida pessoal né? Não sei nem que curso tu faz.

— Verdade né? Faço direito. E como é dar aula?

— Massa — ele deu um sorrisinho — Direito é maneiro também, meu irmão fazia.

— É, eu gosto muito — falei terminando minha taça — Ele já se formou?

Era pra serOnde histórias criam vida. Descubra agora