Era pra ser

Capítulo 2

Diego

Morei em BC quase a vida toda mas tinha muitos amigos em Itajai, incluindo o Léo que chamou uma galera pra passar a virada na casa dele de frente pra praia.

Arrumei minhas coisas numa mochila grande e fui de moto até lá. Quando vi aquela loirinha abrindo a porta pra mim... porra, tenho fraco em loiras, sou amarradão e não é pouco. Observei ela subindo as escadas e foi a vista mais bonita do meu dia, ainda tinha olho azul e piercing no nariz, ai papai.

— Tá em transe fi? — Léo me acordou dos pensamentos.

— Quase isso, tô apaixonado — falei e ele riu.

— Nathi não é pro teu bico maluco, bora subir — foi andando e eu fui atrás.

— Qualé? Ciúmes Leozinho?

— Que ciúme mano, Nathi é muito minha amiga, mas ela é muito menininha, não quero ninguém usando minha irmã — fui subindo as escadas atrás dele.

— Falando assim parece que sou um filho da puta.

— E não é? — riu e chegamos no quarto que estava o Marcelo e mais um cara.

— Mentira demais, cara — dei uma risada. Eu realmente era de boa com as minas, só namorei uma vez na vida e depois desse relacionamento mudei totalmente meu pensamento, nunca mais senti amor por alguém mas não curtia brincar com sentimentos de ninguém.

— E ai, mano — Marcelo me cumprimentou e me virei pro outro que eu não conhecia.

— E ai, Henrique — se apresentou me dando um toque.

— Fala ai, Diego. Quantos anos tu tem moleque? — ri o olhando, cara de novinho.

— Ah cara, toda hora isso — ele e os caras riram — 18.

— Eita porra, tô idoso — larguei a mochila num canto e dei uma olhada no quarto. Uma cama de casal e duas camas de solteiro, era bem espaçoso.

— Ele é irmão da Nathi, a loira — Leo comentou. — Fica de olho nesse ai Henrique.

— É foda ter irmã bonita, não tenho sossego — o moleque reclamou.

— Bonita é pouco cara, coitado de tu — falei dando uma risada.

— Tu fica na tua mano — ele disse rindo e eu fiz sinal de rendição, me fazendo de sonso. Eu que não ia deixar passar uma mina daquelas.

Ficamos por ali conversando e estava um calorão infernal, mesmo eu gostando de calor estava me sentindo sufocado com esses 40° de dezembro.

— Bora na piscina? — Marcelo disse levantando e todos topamos.

— Só vou chamar as madames e vamos — Leo disse — E acho que Ryan e Dora tão chegando aí — Rolei os olhos e bufei. Isadora e eu ficávamos diretão e eu tentava não vacilar na da mina, enquanto ela dava pra mim e mais metade da cidade, falando que iríamos namorar e os caralho, baita piranha. A última vez que nos vimos foi pra discutir e acabar com o que tínhamos, mas ô menina louca e insistente, demorou pra me deixar em paz.

Ryan e ela eram carne e unha, depois de tudo eu e ele nos estranhamos e peguei um nojo desse aí, mas nada contra.

Quando estávamos indo lá pros fundos a campainha tocou e eu já sabia que eram eles pela voz fina da Isadora gritando pelo Leo. Sempre deu em cima do Leo também quando ele vem pra cá, não deixa passar ninguém essa aí.

— Relaxa ai Diego — Marcelo disse enquanto tirava a camisa — Ignora essa garota.

— Meio difícil com ela pulando em cima de mim — falei e logo me atirei na piscina, ele veio atrás.