Capítulo 32

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Luana

Eu estava me sentindo tão mal que nem conseguia pensar em nada além do que aconteceu, eu realmente não esperava aquilo da menina que eu considerava minha melhor amiga, minha dupla e minha confidente. O Diego eu não podia esperar nada mesmo, a gente ficou e foi legal, se ele não quis mais eu não podia fazer nada né? No fundo eu ainda gostava dele, acabei me apegando mas nem foi esse o ponto, e sim a "traição" da Nathalia comigo, sem falar do resto do grupo que sabia também.

Assim que eu saí daquele quarto com lágrimas nos olhos fui reto em direção a porta sem nem olhar pra ninguém, mas assim que saí alguém segurou meu braço.

— Vai pra onde? — o Léo perguntou.

— Não sei — falei ainda chorando e ele me abraçou forte, relutei um pouco mas abracei ele de volta.

— Te levo pra outro lugar — ele disse limpando minhas lágrimas enquanto me olhava. Léo sempre demonstrou tanto carinho comigo e eu nunca dei importância pra isso, pra mim ele era só um pau amigo carente de atenção mesmo, mas era bem mais que isso.

— Pode ser — falei e fomos pra garagem pegar a moto, coloquei o capacete e me ajeitei em cima dela. Ele deu partida e eu nem sabia pra onde estávamos indo.

Fui viajando nos pensamentos no caminho e estava sentindo uma raiva absurda misturada com decepção, não iria passar tão rápido.

Paramos em uma casa bem bonita por sinal, descemos da moto e ele pegou minha mão enquanto eu olhava pra casa.

— De quem é? — andamos até a porta e ele pegou uma chave em cima da porta.

— Do meu irmão, eu morava com ele antes de me mudar — destrancou a porta e abriu — Ele tá viajando a trabalho, volta na quarta.

— Uau — falei vendo a casa por dentro — Queria uma casa dessas.

— Vem morar comigo, faço meu irmão vazar — ele disse e eu ri, ele trancou a porta e eu deixei o capacete em cima da mesa.

— Bem no dia do teu aniversário eu quis fazer show né? — falei e fomos andando até o sofá da sala.

— Que show Lua, tu tá no teu direito de ficar chateada — ele sentou e eu sentei do seu lado.

— Por que ninguém me disse nada?

— Vocês nem tavam ficando mais e ninguém queria se meter nisso, sei lá — falou me olhando — Nunca te vi sofrer por macho nenhum, qual foi?

— Fiquei assim pela falta de consideração da Nathalia, a gente mora junto cara, e falei dele pra ela tantas vezes — olhei pras minhas mãos.

— Isso aí foi vacilo mesmo, ela devia ter falado mas uma hora isso ia acontecer — falou e senti ele mexendo no meu cabelo — O que vai fazer agora?

— Não faço ideia — me encostei no sofá e o olhei.

— Que fim de noite hein — ele disse e eu ri, mas toda vez que eu lembrava me dava uma vontade de chorar — Vem cá — ele me puxou fazendo eu deitar no seu peito e ficamos assim uns minutos, ele acariciava minha cabeça e eu estava ficando mais calma.

— Obrigada por ser tão bom comigo, Léo — falei e ele beijou minha cabeça — Eu precisava de uma pessoa assim na minha vida — olhei pra ele que me olhava também — Desculpa por todas as vezes que fui babaca.

— Tô acostumado já — ele riu e eu dei um sorrisinho. Voltei a deitar no seu peito e ficamos ali quietos.

Eu podia estar sofrendo agora mas nunca deixei nada barato, fez comigo agora vai ter volta.

Era pra serOnde histórias criam vida. Descubra agora