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— Ei, seu idiota, desse jeito não vai conquistar minha irmã. Ela nunca veio a essa cidade e você ainda se recusa a acompanhá-la nos pontos turísticos? Você está maluco?

— Isso são horas de ligar? Aqui são 00:30!

— Desculpa se acordei a bela adormecida, mas na Itália já são 7 da manhã, princesinho. — O sarcasmo na voz dele é quase palpável, acompanhado de um sorriso que parece escarnecer.

— Caramba, Lucas, você é insuportável! Seu rato de academia. Ela te contou?

— Não, faz tempo que não nos falamos, mas temos olhos e ouvidos próximos dela para protegê-la.

— Espera, tem outra ligação. — Desligo na cara dele, irritado com a intromissão.

— Senhor, a senhorita Ferrari sumiu do hotel. — Um dos seguranças fala com a voz trêmula, o nervosismo estampado em seu rosto.

— Como diabos vocês perderam minha mulher de vista? Era para ela estar dormindo no quarto enquanto vocês vigiavam a porta!

— Ela desceu o elevador para comprar sorvete e a perdemos no saguão.

— Porra! Já que vou descer o elevador.

Visto uma camisa rapidamente e saio do quarto. Alguns seguranças estão na porta, mas sigo direto para o elevador, onde um deles mostra as câmeras do hotel.

— Senhor, tudo indica que ela não saiu do hotel, pois não há vestígios dela saindo nem pela frente nem pelos fundos.

— Vasculhem tudo e todos nessa merda de prédio. — Pego minha arma, o dedo no gatilho, a raiva pulsando nas veias. — Se alguém tocou em um fio de cabelo dela, vai pagar por isso.

— Sim, senhor! Estamos verificando os antecedentes criminais de todos aqui. Vamos começar a vasculhar o prédio. — O elevador para no saguão e as portas se abrem.

— Achamos a senhorita! — Um dos seguranças exclama.

— Avisem o chef.

— Já estou aqui, onde ela está?

— Na sala à esquerda, senhor! — Já entro preparado para o que quer que tenha acontecido.

Ao passar pelas portas, me deparo com uma poça de sangue no chão. Me aproximo, o coração disparado, e vejo o corpo sem vida jogado ali.

— Carolina? — Chamo, me aproximando dela, que está com o vestido manchado de sangue.

— Oi. — Ela murmura baixinho, os olhos fixos no corpo no chão, a voz cheia de terror e confusão.

— O que aconteceu aqui? — Pego sua mão e sinto que está fria. Ela respira fundo, um esforço visível, e me olha, os olhos vermelhos de lágrimas.

— Ele queria consumar o casamento. — Sua voz é apenas um sussurro, cheia de dor. — Alegou que tinha o direito de se casar comigo para ter as ações da empresa do meu pai.

— Por que os mafiosos são assim? — Ela pergunta, buscando uma resposta que não tenho.

— Porra, não sei! Quer acordá-lo e perguntar? — A frustração em minha voz revela o quanto isso me exaspera.

— Haha, que engraçado! — Ela ri de forma amarga.

— Ele te forçou? — O tom de preocupação toma conta de mim.

— Ele tentou, mas eu me defendi e saí correndo para chamar os seguranças, estava desarmada. Então... ele puxou meu cabelo e me derrubou no chão, ficando em cima de mim. Tentei me defender, mas não consegui...

— Desgraçado! — Sinto a raiva e a impotência subirem. — Vou acabar com o corpo dele e todos que estiverem envolvidos nisso. — Ela continua a falar, a raiva dela também visível.

— Por sorte, o Osman chegou e atirou na cabeça dele. — Ela enxuga as lágrimas do rosto, mas o medo ainda é palpável.

— Shiu, calma! Já passou... vamos sair daqui para você tomar um banho. — Levo-a para seu quarto, a necessidade de protegê-la transparecendo em cada movimento.

Enquanto ela toma banho, fico do lado de fora da suíte, o peso da situação me esmagando.

— Rodrigo, você se importaria de dormir aqui? Não estou confortável em ficar sozinha. — A vulnerabilidade na voz dela me atinge profundamente.

— Fico, vou mandar alguém trazer um colchão para cá. — Entro na suíte, analisando o ambiente.

— Não precisa, a cama cabe quatro de nós. — Ela diz, um desafio escondido em seu tom.

— Acho melhor não, Carol. — Sinto que essa intimidade pode ser arriscada, mas o desejo de protegê-la é maior.

— Não vou fazer nada! Só não quero ficar sozinha. — A sinceridade em sua voz me quebra.

— Faz alguns dias que estou sem dormir direito, sempre em alerta desde o incidente do shopping. — Uma parte de mim se pergunta se ela também teme que algo aconteça entre nós. — Não tenho medo de você fazer nada, tenho medo de eu não aguentar ficar ao seu lado sem você. — Penso comigo, um peso emocional que me sufoca.

— Que porra aconteceu no shopping? Alguém te machucou? — O desespero na minha voz é evidente.

— Nada demais, mas tinha um carro me perseguindo na rodovia de volta para casa e não era meus seguranças. — Ela diz, o medo voltando ao seu olhar.

— Droga, Carol! Como eu fico? Preocupado com você.

— Vou dormir aqui. Amanhã nós resolvemos o que faremos sobre isso e sobre essa proposta do Antônio.

— O que você vai fazer?

— Amanhã nós conversaremos! — A incerteza na sua voz ecoa, mas estou determinado a protegê-la e encontrar uma solução.




Espero que tenham gostado 😌

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