🔥:— Ei, seu idiota, desse jeito não vai conquistar minha irmã. Ela nunca veio a essa cidade e você ainda se recusa a acompanhá-la nos pontos turísticos? Você está maluco?
— Isso são horas de ligar? Aqui são 00:30!
— Desculpa se acordei a bela adormecida, mas na Itália já são 7 da manhã, princesinho. — O sarcasmo na voz dele é quase palpável, acompanhado de um sorriso que parece escarnecer.
— Caramba, Lucas, você é insuportável! Seu rato de academia. Ela te contou?
— Não, faz tempo que não nos falamos, mas temos olhos e ouvidos próximos dela para protegê-la.
— Espera, tem outra ligação. — Desligo na cara dele, irritado com a intromissão.
— Senhor, a senhorita Ferrari sumiu do hotel. — Um dos seguranças fala com a voz trêmula, o nervosismo estampado em seu rosto.
— Como diabos vocês perderam minha mulher de vista? Era para ela estar dormindo no quarto enquanto vocês vigiavam a porta!
— Ela desceu o elevador para comprar sorvete e a perdemos no saguão.
— Porra! Já que vou descer o elevador.
Visto uma camisa rapidamente e saio do quarto. Alguns seguranças estão na porta, mas sigo direto para o elevador, onde um deles mostra as câmeras do hotel.
— Senhor, tudo indica que ela não saiu do hotel, pois não há vestígios dela saindo nem pela frente nem pelos fundos.
— Vasculhem tudo e todos nessa merda de prédio. — Pego minha arma, o dedo no gatilho, a raiva pulsando nas veias. — Se alguém tocou em um fio de cabelo dela, vai pagar por isso.
— Sim, senhor! Estamos verificando os antecedentes criminais de todos aqui. Vamos começar a vasculhar o prédio. — O elevador para no saguão e as portas se abrem.
— Achamos a senhorita! — Um dos seguranças exclama.
— Avisem o chef.
— Já estou aqui, onde ela está?
— Na sala à esquerda, senhor! — Já entro preparado para o que quer que tenha acontecido.
Ao passar pelas portas, me deparo com uma poça de sangue no chão. Me aproximo, o coração disparado, e vejo o corpo sem vida jogado ali.
— Carolina? — Chamo, me aproximando dela, que está com o vestido manchado de sangue.
— Oi. — Ela murmura baixinho, os olhos fixos no corpo no chão, a voz cheia de terror e confusão.
— O que aconteceu aqui? — Pego sua mão e sinto que está fria. Ela respira fundo, um esforço visível, e me olha, os olhos vermelhos de lágrimas.
— Ele queria consumar o casamento. — Sua voz é apenas um sussurro, cheia de dor. — Alegou que tinha o direito de se casar comigo para ter as ações da empresa do meu pai.
— Por que os mafiosos são assim? — Ela pergunta, buscando uma resposta que não tenho.
— Porra, não sei! Quer acordá-lo e perguntar? — A frustração em minha voz revela o quanto isso me exaspera.
— Haha, que engraçado! — Ela ri de forma amarga.
— Ele te forçou? — O tom de preocupação toma conta de mim.
— Ele tentou, mas eu me defendi e saí correndo para chamar os seguranças, estava desarmada. Então... ele puxou meu cabelo e me derrubou no chão, ficando em cima de mim. Tentei me defender, mas não consegui...
— Desgraçado! — Sinto a raiva e a impotência subirem. — Vou acabar com o corpo dele e todos que estiverem envolvidos nisso. — Ela continua a falar, a raiva dela também visível.
— Por sorte, o Osman chegou e atirou na cabeça dele. — Ela enxuga as lágrimas do rosto, mas o medo ainda é palpável.
— Shiu, calma! Já passou... vamos sair daqui para você tomar um banho. — Levo-a para seu quarto, a necessidade de protegê-la transparecendo em cada movimento.
Enquanto ela toma banho, fico do lado de fora da suíte, o peso da situação me esmagando.
— Rodrigo, você se importaria de dormir aqui? Não estou confortável em ficar sozinha. — A vulnerabilidade na voz dela me atinge profundamente.
— Fico, vou mandar alguém trazer um colchão para cá. — Entro na suíte, analisando o ambiente.
— Não precisa, a cama cabe quatro de nós. — Ela diz, um desafio escondido em seu tom.
— Acho melhor não, Carol. — Sinto que essa intimidade pode ser arriscada, mas o desejo de protegê-la é maior.
— Não vou fazer nada! Só não quero ficar sozinha. — A sinceridade em sua voz me quebra.
— Faz alguns dias que estou sem dormir direito, sempre em alerta desde o incidente do shopping. — Uma parte de mim se pergunta se ela também teme que algo aconteça entre nós. — Não tenho medo de você fazer nada, tenho medo de eu não aguentar ficar ao seu lado sem você. — Penso comigo, um peso emocional que me sufoca.
— Que porra aconteceu no shopping? Alguém te machucou? — O desespero na minha voz é evidente.
— Nada demais, mas tinha um carro me perseguindo na rodovia de volta para casa e não era meus seguranças. — Ela diz, o medo voltando ao seu olhar.
— Droga, Carol! Como eu fico? Preocupado com você.
— Vou dormir aqui. Amanhã nós resolvemos o que faremos sobre isso e sobre essa proposta do Antônio.
— O que você vai fazer?
— Amanhã nós conversaremos! — A incerteza na sua voz ecoa, mas estou determinado a protegê-la e encontrar uma solução.
Espero que tenham gostado 😌
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Minha Riqueza
RomanceCarolina, Criada para ser uma dos herdeiros Ferrari, forjou seu caminho para se tornar uma empresária respeitada sem ajudas dos pais. No entanto, os vestígios de um passado tumultuado continuam a influenciar suas escolhas. Uma história de amor inte...