Minha Riqueza

21

Eu saí de casa com a cabeça fervendo de ideias. Aquele desgraçado... como ele conseguiu tocar na minha irmã e desaparecer como se nada tivesse acontecido? Isso não ia ficar assim.

Enquanto andava em direção ao centro de treinamento, só conseguia pensar em vingança. Reuni alguns soldados de confiança. Eles precisavam entender que isso era prioridade.

— Quero que vocês vejam se tem alguma pista sobre dois caras altos na noite de três anos atrás. Investigação completa, convidados, câmeras, tudo. — Eu dei a data e o local do ocorrido, esperando que alguma coisa surgisse.

— Sim, senhor! — responderam em uníssono, firmes, já saindo para executar a missão.

Voltei para casa de madrugada. O silêncio era inquietante. Encontrei minha mãe na cozinha, chorando baixinho, desolada. Meu pai estava lá, tentando acalmá-la, mas ele mesmo parecia à beira de um ataque.

— Eu deixei minha bebê sozinha na hora que ela mais precisou, Antônio! — Mamãe soluçava no peito do meu pai. — Será quantas noites ela chorou, acreditando que a abandonamos?

Ela estava devastada, e isso só alimentava minha raiva. Como deixamos isso acontecer?

— Malditos sejam! — meu pai murmurou, os olhos cheios de fúria. — Vou vasculhar cada canto dessa maldita terra até descobrir quem fez isso! Roubaram três anos da nossa vida com a Carol! Eles vão pagar.

Eu entrei na cozinha, sentindo o peso das palavras de meu pai.

— Não me deixem de fora, pai! Eu vou arrancar cada pedaço de pele daqueles desgraçados. Com as minhas próprias mãos, se for preciso!

Meu pai olhou para mim, assentindo. Ele sabia que eu falava sério.

— O que vai acontecer com ela agora, amor? — Minha mãe olhava para meu pai, desesperada. — Como vamos proteger nossa filha? Ninguém pode tirá-la de nós!

— Ninguém vai tirar Carolina de nós, mas... — Ele fez uma pausa, pensativo. — Existe outra forma de vingança... sangue por casamento. O marido dela pode se vingar em nosso nome. Mas não podemos nos juntar a uma família de bastardos.

Minha mãe franziu o cenho, contrariada.

— E ela nem tem namorado, Antônio! — Minha mãe parecia perdida. — E mesmo que tivesse, duvido que fosse alguém da máfia. Ele não teria coragem pra isso!

— Ainda há tempo — respondeu meu pai, com um suspiro. — Mas temos que agir rápido. Eu vou falar com o conselho. Vou garantir que nada tire a Carol de nós.

Antes que pudéssemos falar mais, Carolina entrou na cozinha, os braços cruzados, já desconfiada.

— O que está acontecendo aqui? — Ela nos olhou, claramente percebendo que algo estava sendo discutido sem ela.

— Nada, minha pequena — meu pai disse, tentando soar despreocupado, beijando a testa dela.

Ela não se convenceu.

— Vocês estão incomodados, né? Amanhã eu vou embora. Não quero causar mais problemas.

— De jeito nenhum! — exclamei. — Você vai ficar conosco.

— Mas Isabella não me quer aqui. E tenho minha empresa para cuidar.

— Isabella vai ter que aceitar. E sua empresa pode esperar — retruquei, cruzando os braços, olhando diretamente para ela.

Ela hesitou, mas acabou concordando.

— Vou ficar até o casamento. Depois, eu vou embora.

Não gostei do tom definitivo na voz dela, mas ao menos teríamos algum tempo. Isso já era algo.

— Vamos sair amanhã, maninha? — perguntei, tentando quebrar o gelo. — Tem muita coisa que mudou nos nossos negócios. Agora temos até uns negócios honestos!

Ela riu levemente, e o clima na sala pareceu ficar um pouco mais leve.

— Fiquei sabendo de alguns deles. Estou gostando do que ouvi. Talvez até dê uma olhada mais de perto.

— Então está combinado — disse minha mãe, suavizando a voz. — O Marco vai te levar para sair. Nada de fugas, hein?

— Nem pense em fugir de nós! — acrescentou meu pai, meio sério, meio brincando.

Carol deu um sorriso de canto.

— Quero conversar com Isabella antes de qualquer coisa. Ela precisa saber que eu não estou aqui por inveja. Não quero causar problemas.

— Ela vai entender, meu amor — respondeu minha mãe, com carinho. — Somos uma família

Como foi o jantar?

— Foi bom, apenas negócios...

— pensei que era algum namoradinho - meu pai brinca

— nada disso, papai! - ela rir

Lembra que estou ocupada me esquivando dos homens que o senhor fez questão de por na minha cola? Sem tempo para namoro!

Quem é o noivo dela? - corta o assunto sem dar chance do meu pai responder

—Capo da Suíça, ele toda família vai vir pra festa de noivado da bela- meu pai fala enquanto subia as escadas.

— ah, acho que não o conheço!

— conhece, sim! Lembra do garoto loiro franzido que sempre estava cortejando a bela nas festa quando jovens? - falo tentando a fazer lembrar

—lembrei! Aquele que socou outro por cortejar-la e ainda o ajudei chutando as partes do amigo do imbecil - ela rir

Isabella tinha 17 anos, falou para ele nunca mais fazer isso! E não iria namorar com ele enquanto explodisse por besteira- nessa eu dou uma risada nasal

—Ele prometeu e disse que voltaria depois de 7 anos e que seria o melhor capo que vai existir para casar com ela - meu pai entra na conversa se acabando de rir

— minha irmã querida... - coloco as mãos em conta de seus ombros

— o que essa alma bondosa quer? - ela revira os olhos com deboche

— tenho uns caras bacanas para te apresentar...

— hum... certeza que são bons como tu disse? Nem soube escolher tua noiva e já quer escolher um cunhado

— Isso são águas passadas... tem um em questão que você vai gostar... barbudo, forte, ombros largos, olhos castanhos, tem presença de comando, por onde passa chama atenção e o importante... vai ser líder da máfia

— tem certeza que não está apaixonado por ele? Para fazer uma descrição dessa...- ela pisca para mim

— eu não sou gay, se não me engano esse é o tipo de uma certa baixinha que tá bem aqui do meu lado

— já que ele chama atenção, deixa para outras...

— tá bom! Depois me passar um dossiê sobre ele...- ela fala enquanto paramos em frente seu quarto

— é filha do teu pai mesmo! - brinco sorrindo e dando boa noite

Prontos para mais um capítulo?

Meus amores, estão gostando da leitura?

Querem que eu coloque mais imagens?