Já passava das 17:30 aqui em Chicago, estou ansiosa para conhecer a cidade, mas deve ser como qualquer outra por aí. Estou arrumada para jantar hoje no restaurante com o Rodrigo, parece que os papéis inverteram, ao invés dele esperar me arrumar é eu que estou esperando terminar uma ligação a trabalho.
Para hoje coloquei um vestido verde musgo e um salto nada chamativo, mas na verdade queria ir era de pijama, parece que estou precisando de uma férias de pelo menos 10 dias no paraíso de alguma ilha por aí.
• Nosso chefe pediu para a senhora ir indo ao restaurante; ele já chega lá — informou um dos seguranças, estendendo as mãos em direção à porta do hotel.— Tá bom, obrigada. — Respondi, já esperando isso. Certamente era assunto da máfia; sempre havia esse tipo de encontro quando meu pai estava envolvido.
Depois de um tempo na estrada, decidi quebrar o silêncio do carro. Estava acompanhada por dois seguranças, com mais quatro seguindo em um carro atrás de nós.
— Vocês trabalham há muito tempo com ele? — perguntei, tentando puxar conversa. — Parecem acostumados a escutar pessoas...
Os dois trocaram olhares, e um deles decidiu falar.
— Faz um tempo, senhorita Ferrari. Eu o conheço desde criança. Sobre a escuta, ele selecionou cada um pessoalmente só para lhe proteger, pois normalmente apenas eu o acompanho.
Fiquei surpresa; sempre pensei que ele fosse um desses mimados que andam cercados por um exército.
— Pensei que tudo isso era porque ele tinha rixa com alguém aqui... Eu gostaria de dar uma volta pela cidade; é minha primeira vez aqui. — Falei, sorrindo levemente para eles.
— Infelizmente, só podemos ir aos lugares que o Rodrigo mandar, senhorita.
Droga. Como eu ia escapar desse exército?
— É possível que apenas um de vocês me acompanhe lá dentro? Não quero chamar muita atenção por aqui. — Falei ao chegarmos ao restaurante.
— Não é uma boa ideia. O que podemos fazer é um de nós sentar com a senhorita enquanto o Rodrigo não chega, e os outros ficarão em uma mesa próxima, com visão da senhorita.
— Tá bom, como é seu nome? E por favor, me chame de Carol ou Carolina, me sinto mais confortável em ter você como amigo.
— Meu nome é Osman, senhorita Carolina. — Ele sorriu levemente enquanto descíamos do carro e entrávamos no restaurante.
— Muito bom saber seu nome, Osman. — Eu disse, acenando com a cabeça.
— Ele vai demorar muito? — perguntei.
— Não, chega em vinte minutos.
— Certo, então vou pedir o jantar. Sabe o que ele gosta? Para quando ele chegar já estar pronto.
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Minha Riqueza
RomanceCarolina, Criada para ser uma dos herdeiros Ferrari, forjou seu caminho para se tornar uma empresária respeitada sem ajudas dos pais. No entanto, os vestígios de um passado tumultuado continuam a influenciar suas escolhas. Uma história de amor inte...