A noite do casamento, com sua mistura de música, risadas e danças. Carolina se afastava discretamente da festa, os passos lentos, como se cada um carregasse o peso de mil pensamentos. Ao vê-la se distanciar, senti um impulso maior do que eu de segui-la, como um cão fiel que não sabe se afastar de seu dono, mesmo que esteja machucado.
Ela parou, olhou para o lado e suspirou. Um suspiro que parecia carregar tudo o que ela tentava esconder do mundo.
— O que faz me seguindo, senhor Rodrigo? — disse, a voz baixa, quase cortante. — Certificando-se de que sua esposa não esteja lhe traindo?
Me aproximei com cautela. — Estou cumprindo minha promessa, te protegendo.
Ela desviou o olhar, respirando fundo antes de dizer: — Vamos acabar com isso por aqui. Já deixei claro que não quero nada com você. E esta é a última vez que vou dizer. — Sua voz tremeu. — Acho que não estou bem hoje. Ontem eu estava, mas hoje... tudo está desmoronando.
Fiquei em silêncio por um momento, tentando encontrar as palavras certas. — Escuta, Carol...
— silêncio! — Ela quase gritou. — Por favor! Por um momento, pensei que ficaria bem. Até tinha esquecido... mas eu sinto que não consigo dar conta de mim mesma. Me desculpa.
Vai pegar alguma outra mulher nessa festa!
— E com isso, virou-se para sair.Antes que pudesse ir, as palavras saíram de mim em um apelo que eu nem sabia estar guardando. — Você não pode lutar comigo ao seu lado? — Ela parou, sem olhar para trás. — Seja lá o que for sua luta, nós podemos lutar juntos.
Ela fungou, balançando a cabeça em negação. — Eu não quero... Por que eu te envolveria nisso? Seria cruel.
— O que seria cruel é eu não estar ao seu lado nas suas dificuldades e dores. — Finalmente, ela se virou, os olhos carregados de mágoa e cansaço.
— Eu já estou indo, senhor Rodrigo.
— ao final da festa um de meus seguranças viram Carolina indo para um dos apartamentos no centro da cidade, pedi para vigiar já que ela não estava sendo acompanhada por seus seguranças
— chef, é um apartamentos no nome da senhorita, porém mora uma outra mulher lá.
— obrigado! Compra alguns girassóis e me traga em alguns minutos!
—sim senhor!
X
X
X
XHoras depois estava eu em frente ao apartamento com flores nas mãos, dois buquê e uma caixa de doces pois tinha a mulher e uma adolescente no apartamento, entrei no elevador que subia lentamente e bati na porta onde abriu uma mulher magra com cabelos pretos, e por sinal seus olhos estavam vermelhos parecia que estava a chorar, no seu pescoço estava com aquele negócio que os médico usam para ouvir respiração ( acho que é estetoscópios) - ela me analisa de baixo para cima tentando decifrar algo
—Boa noite! O que o senhor deseja?
—meu nome é Rodrigo, vim ver a Carolina, ela esta aí? -Ela arqueou uma sobrancelha.
— Sei quem é você. Veio ver a Lina, claro. — Seus olhos estreitaram.
—você trata as pessoas que nem ela! - entrego um buquê de flores
—tive que aprender, se não morreria! E o que eu faço com isso? - faz uma careta se referindo as flores
—pessoas normais colocam em vasos com água - ela sorriu amargo
—pessoas normais não recebem visitas de um mafioso no meio da noite!
—tem razão! Posso entrar?

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Minha Riqueza
RomansaCarolina, Criada para ser uma dos herdeiros Ferrari, forjou seu caminho para se tornar uma empresária respeitada sem ajudas dos pais. No entanto, os vestígios de um passado tumultuado continuam a influenciar suas escolhas. Uma história de amor inte...