Carolina, Criada para ser uma dos herdeiros Ferrari, forjou seu caminho para se tornar uma empresária respeitada sem ajudas dos pais. No entanto, os vestígios de um passado tumultuado continuam a influenciar suas escolhas. Uma história de amor inte...
Nem sempre gostei de eventos, sempre sou obrigada a comparecer só pelas aparências, dei uma volta pela cidade de Chicago e ela não me pareceu tão bela como dizem, agora estou me arrumando para o bendito jantar beneficente onde serei leiloada, o anfitrião será um novo sócio do Felipe mais do Rodrigo, me colocaram nessa jogada nem sei o porque...
Escolhi um vestido vermelho para a tal ocasião, depois de ontem o Rodrigo dormiu comigo, não aconteceu nada pelo menos (isso me conforta) eu resolvi colocar uma adaga escondida por de baixo do meu vestido.
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— Você está deslumbrante. Preparada para me ver ganhar essa aposta? — Rodrigo me diz, com um sorriso de quem já se considera vitorioso.
— Você está confiante, hein! — Respondo, arqueando uma sobrancelha.
— Mentalidade é tudo, minha cara. — Ele retruca. — O "coach mafioso" entrou em ação!
Hoje terei a honra de acompanhar a digníssima Carolina Ferrari.
— Ah, não me venha com graça. Vamos logo antes que eu me arrependa disso. Não é todo dia que estou à venda. — Ele abre a porta do carro para mim com uma reverência exagerada.
— E com humor, graças a Deus! Se um dia nos casarmos, nossas discussões serão memoráveis. — Ele me lança um sorriso e uma piscadela brincalhona.
— Não se anime só porque dormimos juntos. Casamento está fora de questão. — Tento manter o tom firme, mas ele apenas ri.
— Nunca diga nunca, Carolina. A vida está cheia de surpresas.
— E você já revelou sua missão secreta, hein? Só você mesmo para me convencer disso.
Silêncio se instala no carro, e minha curiosidade rompe o intervalo.
— Por que o nome Rodrigo? Não é muito típico da sua família turca.
— Boa pergunta. Antes de eu nascer, meu pai teve um amigo de faculdade chamado Rodrigo. Eles estudavam juntos e, durante uma emboscada, ele salvou a vida do meu pai, mas acabou sendo atingido. Meu pai quis homenageá-lo dando meu nome em sua memória. Rodrigo Yaman Sartori, ao seu dispor.
— Interessante. Seu pai parece ser um homem íntegro. Tive poucas oportunidades de vê-lo, mas lembro quando sua mãe nos visitava.
— Ele realmente é. E aqui estamos. — Rodrigo sinaliza, enquanto o carro estaciona.
— Que comecem os jogos. — Dou um sorriso, encarando a entrada do evento, onde a elite desfila com elegância.
— Amém. — Ele retribui com um sorriso.
Acomodo-me entre os convidados enquanto observo os demais candidatos que serão leiloados. É estranho me imaginar no palco, mas respiro fundo.
"É só um jantar, Carolina. Apenas um jantar com sua presença, nada mais", repito a mim mesma, num esforço para manter a compostura.
