Revenge pt. IV

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fatos a saber sobre esse lado doentio/racional/autossuficiente de Savannah. Às vezes ela exagerava; às vezes ela acertava e muito raramente perdia totalmente o controle. Então, quando Rebekah acordou, amordaçada e amarrada a uma cadeira, pôde ver esse lado doentio de Savannah. A morena estava vestida em um vestido negro e justo com detalhes em renda nos ombros e sapatos negros. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e alguns fios caíam pelo rosto.

- Bom dia! Trouxe seu café da manhã bem reforçado. - Savannah disse, sorrindo abertamente. Rebekah ergueu as sobrancelhas, ultrajada com o olhar dela - Não me olhe assim, vou ser breve. Depois pode ir embora. - prometeu, sentando de frente para Rebekah - Quando eu tinha 18 anos e eu ainda estava na faculdade e namorava o Robert a distância, duas coisas me aconteceram. Primeiro meu pai. Vincent Riley era uma pessoa maravilhosa, um pai maravilhoso. Tinha ciúmes das filhas mas isso é normal, claro. Ele tinha problemas cardíacos, não podia se estressar. Eu não estava lá quando aconteceu, minha mãe me ligou aos prantos de madrugada dizendo que meu pai havia morrido. Eu comecei a arrumar as malas, tentava ligar para o Robert, ele adorava o meu pai. Mas ele não atendia e eu sentia que ele estava do outro lado do telefone, apenas me ignorando. Então... Ele resolveu me ligar, fez uma videochamada. Acho que estava tomando coragem. - deu de ombros, respirando fundo - E então ele também se foi. Desistiu de mim para ficar com você. Puxa, ele gostava mesmo de você, eu pude sentir no tom de voz dele. Mas quando ele soube do meu pai, ele foi para Chicago também, mas não havia nada. Nenhum sentimento ainda. Antes de terminar a faculdade e nós ainda estávamos separados, eu vi uma foto sua com ele. Estavam em Massachussetts aos beijos, vi em um jornal. Ele realmente gostava de você. Então vamos fazer um trato. Eu deixo o Robert para você. Se quiser, eu redijo um contrato e você assina, tendo total acesso a ele. Ele vai ser seu. - Rebekah franziu o cenho, desconfiada. Savannah revirou os olhos e tirou a mordaça da boca de Rebekah - Eu não tenho porquê mentir.

- Por que está fazendo isso? Digo, ele é o grande amor da sua vida.

- Porque entre eu e você, ele escolheu você. Duas vezes. Quando você ama alguém e se apaixona por outra, se escolhe a segunda pessoa porque você não ama a primeira pessoa de fato para se apaixonar novamente. Vou te soltar e você pode ir embora sem olhar para trás. Tudo bem? - Rebekah assentiu, ainda desconfiada.

Assim que ficou livre, Rebekah foi embora sem olhar para trás. Estava se sentindo estranha com a confissão de Savannah e não prestou atenção que o carro ganhava velocidade em uma estrada movimentada. Primeiro a 100km/h, depois a 200km/h e então... 220km/h. Ela tentou o freio, mas não funcionava... E então havia um caminhão e depois... A escuridão. Savannah vinha logo atrás, sem esboçar uma reação sequer. Usava luvas de couro enquanto apertava o volante e ultrapassava o acidente. Os carros ao redor pararam para observar o acidente enquanto ela seguia tranquilamente. Com um sorriso preso no canto dos lábios.

Strings - Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora