Chaos pt. II

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Robert não procurou mais ninguém para conversar. Aguentou calado cada queda de Rebekah, apenas na companhia dos pais dela. E então, em um dia qualquer semanas antes do Natal, ela acordou. A primeira pessoa que ela viu foi Robert. Ele realmente esteve ali, o tempo todo. A recuperação foi lenta porém boa. Ela não lembrava do acidente nem de nada antes dele. Enquanto isso, Savannah tentava lidar com o fato de que entraria em recesso em poucos dias! Poderia acordar tarde e dormir tarde... Isso se Beatrice permitisse. A menina não tinha visto o pai ainda e perguntava bem pouco por ele. Estava se acostumando com a ausência dele. Savannah não sabia mais o que fazer em relação a isso e resolveu que não faria nada.

- Beatrice, eu estou esperando você terminar logo, filha. Não quero chegar atrasada dessa vez.

- Tudo bem, mamãe. Já estou pronta. - avisou, aparecendo na sala. Vestia uma calça jeans, uma blusa lilás e sapatilhas. O cabelo estava preso em uma trança lateral e a franja estava jogada para o lado.

Era o aniversário de June. Ela fez questão de convidar Savannah com uma semana de antecedência para que ela se acostumasse com o atraso que sempre tinha. Savannah vestia uma calça jeans preta, uma camisa azul tinta de caneta e saltos da mesma cor da camisa. O cabelos estava solto e partido ao meio com cachos nas pontas. A festa ia ser em uma casa de festas porque o apartamento dela era pequeno demais.

- Oh, você não se atrasou dessa vez. Boa menina! - June exclamou, exalando sarcasmo. Savannah ergueu as sobrancelhas e entregou uma caixa amarela a June - Obrigada.

- Parabéns, tia. Eu ia trazer um presente bem bonito, mas a mamãe disse que esse presente é meu e dela. - explicou, olhando para a mãe. June assentiu e deu passagem para as duas.

Dentro da casa de festas, Savannah reparou que Robert não estava ali. Provavelmente cuidando de Rebekah.

- Pare de pensar onde Robert está. Ele não me ligou o dia inteiro e nem meus pais. Só tenho meus amigos aqui.

- Seus pais são horríveis, isso já era de se esperar. Mas seu irmão... Bem, ele ainda não deu sinal de vida e Beatrice pergunta cada vez menos por ele. Não sei de mais nada. - deu de ombros - Pode brincar, filha. Não precisa ficar com vergonha.

- Tá bom, mamãe.

Beatrice saiu correndo ao ver outras crianças, deixando Savannah e June sozinhas conversando. De longe, pôde ver Beatrice ficar triste de repente e correr até ela.

- O que houve, meu amor?

- Por que todas as crianças estão com seus papais e o meu não fala mais comigo?

Silêncio. O cérebro de Savannah não sabia o que responder e ela sinceramente não tinha nenhuma resposta pronta.

- Vai ficar tudo bem, meu amor. - respondeu, respirando fundo. Era a única coisa que ela conseguia pensar para responder.

Strings - Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora