Bad News pt. I

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Robert andava de um lado para o outro preocupado com o desmaio repentino de Savannah. Tirando as cólicas insuportáveis, ela era saudável. Bom, isso somente o médico poderia dizer.

- O senhor é o esposo de Savannah Hale, não é? - o médico perguntou, checando a prancheta. Robert assentiu, passando uma mão no cabelo, nervoso. O médico suspirou, encarando Robert - Ela acordou, está esperando pelo senhor. Por favor, queira me acompanhar.

Robert quase atropelou alguns pacientes tamanho nervosismo. Ao chegar ao quarto onde Savannah estava, ele respirou aliviado, vendo-a acordada.

- Hey, o que houve? Eu estava lá e você apagou...

- Acho que foi o estresse. Rebekah me irritou hoje, eu não conseguia me livrar dela. - justificou, encolhida na cama do hospital. Sentia medo de alguma coisa - Me desculpe por te assustar. - pediu, agora encarando o médico - Eu estou bem, não estou?

- Bem, seus exames mostraram alterações cerebrais... Você tem um tumor, Savannah.

Silêncio. Por mais que estivessem separados, Robert não conseguia deixar de se preocupar. E aquilo era demais para ele.

- Desculpe, pode repetir? - Robert pediu, olhando para o chão. Savannah agora olhava para as mãos, atordoada.

- Os exames são muito claros, Mr. Hale. Tem o tamanho de um limão e está localizado no lóbulo parietal dela. Não é de fácil remoção por intervenção cirúrgica, mas com uma quimioterapia podemos começar a matar o tumor e então tentar a cirurgia. - o médico explicou, apreensivo.

- Agora eu quero saber... Quanto tempo de vida eu ainda tenho? - Savannah perguntou, erguendo a cabeça para encarar o médico.

- Savie! - Robert repreendeu, aflito. Doía só de pensar em habitar um mundo onde Savannah não existisse.

- Eu sempre soube que algumas pessoas morrem quando tem tumor. Eu quero saber quanto tempo eu tenho, preciso preparar minha filha.

- Não se preocupe, você não vai morrer. Precisamos ter o diagnóstico de uma biópsia para saber se é benigno ou maligno e então eu vou te indicar para um médico bastante conhecido em Chicago, se chama Daniel Hudson.

- Eu quero os contatos dele. Quero marcar uma consulta o mais rápido possível.

O médico assentiu, deixando Savannah e Robert à sós. Robert respirou pesadamente, ainda atordoado.

- Preciso ir embora. Não aguento esse cheiro de álcool, éter e derivados. - Savannah justificou, levantando da cama onde estava. Robert a segurou pelo braço, empurrando-a de volta para a cama.

- Você acha mesmo que eu vou deixar você sair daqui agora?

- Robert, você não têm nenhum direito sobre mim.

- Não tenho mesmo, mas olhe para você! Está doente e precisa de ajuda.

- Não é de você que vem essa ajuda. Não preciso de nada que venha de você. - respondeu, seca.

Savannah terminou de se vestir, ainda sem encarar Robert. Pegou a bolsa e saiu do quarto, prendendo o choro. Dessa vez ela não sabia se podia vencer aquilo sozinha.

Strings - Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora