Chemotherapy pt. II

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Semanas depois...

Sessões depois da quimioterapia de Savannah, Robert estava parado no meio da sala de jantar, analisando o estado de Savannah. Estava pálida, os braços mais finos do que antes. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo desajeitado no alto da cabeça e os olhos tinham olheiras profundas.

- Prometi não buscar ajuda com a pessoa que mais me machucou nos últimos tempos, mas preciso que me acompanhe na próxima quimioterapia. - Savannah pediu, abaixando a cabeça. Céus, quem era aquela estranha em sua sala?

- Savie, é complicado... Eu tenho uma viagem para fazer amanhã de manhã. Preciso ir a Dublin.

- Então é assim que termina? Eu fico doente e você simplesmente me larga, sem um pingo de consideração?

- Nós estamos separados agora. Você escolheu assim. - lembrou. Estava se sentindo o pior dos homens - Me disse que não precisava da minha ajuda.

- Oh, me perdoe. Eu busquei ajuda no lugar errado. Com licença.

Savannah se internou no final do dia. Estava chateada com Robert, mas esqueceria aquilo. Se preocupava com Beatrice, a menina não queria falar e nem comer de tão triste que estava.

- Você precisa se acalmar para eu poder achar a sua veia. - June disse, tateando o braço de Savannah - Daniel vai vir aqui e terá que intervir.

- Deixe que venha, nada importa mais.

- Espero que sobreviva para que esse seu humor não se perca.

Cerca de meia hora depois Savannah já sentia os efeitos colaterais da quimioterapia. Suava frio e tinha um cobertor grosso em cima de si. Ainda não estava acostumada àquilo.

- Doutor, ela vai sobreviver? Não parece muito aceitável desse tratamento. - uma enfermeira comentou, anotando algo em uma prancheta.

- É apenas o começo, o organismo dela está sob alerta. Os remédios são muito fortes. - Daniel disse, observando Savannah se acalmar - Ela têm total controle do corpo, era de se esperar. Quando a sessão terminar, ajude-a com o banho e espere para alimentá-la.

- Sim, senhor.

Savannah olhou para Daniel pelo vidro, sorrindo. Lutava pela vida com força total. Horas depois do fim da sessão, uma enfermeira ajudava com o banho enquanto traziam o jantar dela.

- A senhora é uma das pacientes mais esforçadas que já passaram por esse hospital. - a enfermeira elogiou, colocando a mesa móvel com uma bandeja em frente a ela.

- Você acha? - Savannah abriu um sorriso enorme, agora animada com o elogio - Digo, eu pareço esforçada?

- Sim. Muitos pacientes se rendem logo no começo, mas a senhora tem força, tem garra... Enjoou pouco até agora. É um bom sinal.

Savannah sorriu, animada. Era bom saber que estava seguindo pelo caminho certo e melhor ainda: nada podia pará-la.

Strings - Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora