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Já apertaram na playlist?

Sem curtidas e comentários? sem capítulo próxima semana!

Esse capítulo contém cenas +18 e possíveis gatilhos.

Betado por:Mave_scarr💜

Boa leitura!


Solidão, Jimin não se lembrava de um dia que não se sentisse sozinho no mundo. Era uma criança quando toda a tragédia aconteceu e não sabia exatamente o que estava sentindo. Lembrava sim da sessão de desespero que sentiu ao ver a casa onde morava sendo invadida e homens levando sua irmã à força.

Seu tio não fez a menor questão de mentir para as crianças, se lembrava muito bem das falas: Sua irmã está sendo levada para eu não levar um tiro na cabeça. Ou: Ela vai ser um brinquedo em troca do meu sossego.

A história com seu tio era mais profunda e suja do que gostaria que fosse.

No dia seguinte, quando sua irmã foi levada, seu tio passou a alisar seu corpo, e Jimin, uma criança que não sabia a intenção do homem ao apalpar sua bunda ou elogiar seu corpo. Porra, era uma criança de apenas seis anos! Como alguém podia ser tão nojento e ver em uma criança uma forma de se “aliviar”?

Não fazia sentido.

Jimin se incomodava pelos toques inapropriados, e, até os treze anos, seu tio abusava dele com esses toques em seu corpo. Introduziu seu dedo nas partes de Jimin com a mentira que era para higiene do garoto, mandava-o lhe tocar, mesmo Jimin dizendo não querer. Mas, aos treze anos, Jimin se apaixonou pela primeira vez, e para surpresa do próprio Jimin, foi por um garoto. Era tudo muito novo. O menino era seu colega na escola e morava na mesma rua de sua casa, iam juntos para escola e estudavam na mesma sala. Um dia, voltando para casa, resolveu tomar atitude e beijar o amigo, esse que não negou e retribuiu. Mas, as fofocas correm rapidamente, e naquele mesmo dia, quando seu tio chegou em casa, ele foi abusado para “parar de ser bixinha” um pouco contraditório, não? Como um homem abusa sexualmente de um garoto para lhe ensinar a ser homem? Jimin tentou procurar por resposta e por ajuda, mas todos lhe viraram as costas. E, com quinze anos, cansado de tudo aquilo, tentou matar o próprio tio.

Jimin mentiu para Jeon quando disse que aos quinze foi morar na rua, não foi exatamente assim. Para Jeon, não encaixava no relatório que tinha recebido da vida de Jimin dos quinze até os dezessete anos. Ele não tinha nenhum registro, de escola ou algo do tipo. Mas, esse foi o tempo que Jimin ficou internado em uma clínica psiquiátrica.

— Que inferno! Dor do caralho, hoje parece ainda pior.

— Quem sabe se você não tivesse dançado em um pole dance de madrugada, você não estaria com tanta dor, garoto teimoso. — Jeon tentava ser delicado ao carregar Jimin para o banheiro.

— Achou que eu ia deixar aquele desgraçado no meu lugar? Jamais! — quando Jimin foi posto em pé no chão, Jeon já foi ajudar a tirar sua roupa. — Certo, você já pode sair.

— Antes eu sei que mesmo com um pouco de dificuldade você ainda conseguia, mas hoje você nem tá conseguindo levantar o braço, Jimin. Eu quem vou lhe dar banho, eu faço suas vontades, porque eu sei que se não fizer, vou ter só dor de cabeça. Mas, hoje independente do que fale ou faça, vou dar banho em você. — Jimin apenas o encarou. — O que foi? Já o vi seminu. E, você não me parece alguém tímido.

E ele realmente não era. O problema para Jimin, era outro. Mas, dessa vez, ele apenas se calou e deixou o Don lhe despir. Fechou os olhos quando sua cueca foi retirada delicadamente de seu corpo, e esperou por alguma  reação do mafioso. Ou ele elogiaria ou só permaneceria calado. Mas, quando o Don ia abrir a boca para falar algo, notou que não era uma simples tatuagem que Jimin tinha, havia uma elevação ao pé de sua barriga, Jimin tentou cobrir uma cicatriz.

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